Jun 08 2014

Beja – o PSD morreu?

Publicado por as 22:33 em A minha cidade

ppd beja

Esta fotografia, histórica, retrata um comício do PPD, no Pax Julia, em Abril de 1975. Estava então a decorrer em Portugal uma campanha eleitoral A mesa é composta por reconhecidas entidades social-democratas. Passaram alguns anos e hoje, em Beja, temos um PSD, quer a nível distrital quer concelhio, aliado ao PCP, algo que, então (1975), seria motivo para…… impensável.

Vamos então ao que interessa.

O PSD de Beja , seja a nível concelhio ou distrital, desapareceu. Mário Simões, na distrital, não faz hoje melhor que o seu antecessor. Ambos chegaram a deputados sem legitimação regional . O Zé Raúl foi deputado pelo círculo do Porto. O Simões foi em lugar do Moedas. Nada distingue a incompetência de ambos.

Todos podem reler aquilo que escrevi sobre José Raul dos Santos. Parece-me que tudo o que escrevi, se aplica a Mário Simões.
Relativamente à concelhia bejense, parece-me que Caeiro, deixa o Partido entregue à aliança PC/AnaRosa/FernandaCaimoto

Aproveito a ocasião para perguntar:

Já se fez reflexão sobre este “Manifesto“?

Fico à espera do vosso contributo

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23 Resposta a “Beja – o PSD morreu?”

  1. CARREIRO diz:

    Mario Simões conseguiu reduzir o PSD a um partido residual no Distrito de Beja quando obteve a MAIOR DERROTA de sempre em autárquicas , sendo a votação para as Europeias outro fiasco. Se tivesse alguma seriedade intelectual , humildade democrática e lealdade com militantes , de imediato teria colocado o lugar á disposição , mas de facto atributos desses são coisa que o Sr. Simões desconhece.
    Vem agora querer armar uma ” Golpada da treta ” para se perpetuar por mais uns meses. No entanto ele que não se esqueça que a fruta cai de madura .

  2. Dália diz:

    E que tal o sr. ir à merda e meter essa politiquice de algibeira no olho do seu respectivo traseiro??? Que vergonha, que mau carácter, que traição à sua própria causa, que baixo que você é!!! Consegue que sintam nojo de si…

  3. João Espinho diz:

    @dália – ehhehhh Dê a cara e o nome. Talvez assim tenha autoridade para me mandar à merda. Caso contrário terei que a mandar praticar onanismo com grilos. Entendeu?

  4. gonzaguinha diz:

    dália— será melhor queixar-se na Rua da Ancha , chorando no ombro do querido parceiro de coligação Ramalho e da D. Jesus ( Presidente da Junta do Salvador).

  5. Maria Guerra diz:

    Impensável mesmo que em 1975 o PPD se aliasse sob qualquer forma ao PCP.
    Se o PSD morreu? Com as pessoas que tem agora, realmente, é melhor estar morto. Até por uma questão de respeito e consideração para com os fundadores e defensores.
    O PSD foi completamente assaltado por escória, que venda a alma ao diabo e se prostitui, sem olhar a meios. É uma verdadeira vergonha; os actores desta cena fazem lembrar os fantasmas esqueléticos dos Piratas das Caraíbas – horríveis e despojados de qualquer sentimento, princípio ou valor.
    Como é que o Alentejo pode estar melhor, se quem o representa politicamente, neste caso do PSD, são estas tristes figuras: Raúl dos Santos, Carlos Moedas e o seu substituto Mário Simões – deputados do partido do governo. O Moedinhas utilizou Beja para seu próprio proveito e de um PSD interesseiro e despojado de escrúpulos; sendo secretário de estado adjunto do primeiro ministro, nada fez por esta cidade e região, seja em que aspecto for, isolando e estigmatizando o Alentejo.
    Realmente a concelhia bejense do PSD está entregue a uma aliança, que com certeza em 1975, seria mesmo IMPENSÁVEL!!!
    O contributo da Dália está de acordo com o perfil actual do PSD; por mais que queiram esconder-se ou serem indiferentes, é impossível, a azia supera e transforma-se em má educação e má formação.

  6. JR diz:

    ” O que faz falta é avisar a malta ” …

    Que saudades do PPD e que atraso mental em prol de meia dúzia do atual PSD em que certos personagens só pensam neles e nos lobys a que servem cegamente pensando no dia de amanhã, sem olhar a meios para atingir fins, como é exemplo esta coligação local e distrital com os comunistas.

  7. FUNDADOR JSD/BEJA diz:

    Caros Companheiros e Camaradas

    Ao ver esta fotografia fico perfeitamente arrepiado ao ser atravessado por tantas recordações e ao mesmo tempo por uma grande revolta interior ao constatar o que se passa , em Beja , no Partido que foi erigido com tanto esforço , dedicação e sacrifício.
    Recordo com grande afecto aqueles companheiros do PPD que já desapareceram do mundo dos vivos.
    A partir de Setem/1974 , e durante algum tempo , a JSD/PPD transformou-se no centro da minha vida , tendo sempre marcado presença nas grandes batalhas da nossa sobrevivência e da nossa afirmação em BEJA.
    Lutamos , muitas vezes fisicamente , para que a JSD/PPD conseguissem respirar e ter vida no nosso Alentejo , quando sistematicamente eramos perseguidos pelo PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES e por essa gentinha da Extrema Esquerda.
    A perseguição do PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES tanto se verificava nas Escolas , nas Empresas como os nossos Pais muitas vezes eram questionados por causa das opções politicas dos Filhos.Para aqueles que desconhecem o que foi a Reforma Agrária posso resumir em poucas palavras o que se passou : Roubo organizado pelo PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES de propriedades agrícolas , gados , máquinas colheitas , etc.

    MEUS CAROS SOCIAIS-DEMOCRATAS
    Esquecer e esconder a história da JSD/PPD em Beja , a luta pela nossa afirmação , pela possibilidade de termos liberdade, não pode ser hipotecada por meia dúzia de pseudo-sociais democratas que dormem e comem com o PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES.
    Para não os cansar não quero aqui inumerar as diferenças ideológicas que nos separam totalmente do PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES.
    No entanto penso que de uma forma radical devem ser cortadas todas as amarras entre o PSD de Beja e o PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES.

    Caro João Espinho , muitas vezes penso qual a razão desta inconcebível aliança e chego sempre á mesma conclusão , a estrutura do PSD em Beja é controlada por indivíduos que vieram quer da Extrema Esquerda e do PCP e que continuam a servir aquelas causas não tendo nada a ver com a Social-Democracia.

  8. enxoe diz:

    João

    Se te lembras este comicio,onde em 1ºplano está um grande amigo bejense,infelizmente já falecido,o Damião,pessoa íntegra ao lado do Marcelo R Sousa,foi aquele onde houve graves incidentes e que tiveram que fugir para o telhado ate os conseguirem “safar” de la.Ainda há dias o Marcelo fez referencia a isso.

  9. FUNDADOR JSD/BEJA diz:

    ENXOE– o Sr. Damião Silva Rodrigues , que recordo com saudade , foi um dos grandes responsáveis pela implantação do PPD em Beja.
    Foi um lutador incessante e um grande operacional numa época em que nós fazíamos tudo.

  10. Tira Borbotos diz:

    Porque não formam vocês um outro PSD em Beja se estão assim tão descontentes com essa gente, ou então, corram com eles…

  11. Afonso Chaves diz:

    Como lembro do JJE nesse púlpito!
    Nessa altura ser-se do PPD era coisa de coragem.
    Como me recordo da hostilidade – até física – dos tipos do PCP e do resto da esquerdice.
    Infelizmente chegamos à triste realidade de ter um grupo de «meninos» que andam a brincar à política, sem que tenham a menor noção da responsabilidade cívica das funções que ocupam.
    Será que esse Simões não se enxerga? Que pode saber esse tipo se nunca fez nada de útil na vida?
    Ouvem-se coisas sobre esse tipo que me deixam com vontade de vomitar.
    Que fez este senhor para honrar todos os que enfrentamos os comunistas, socialistas e esquerdistas?
    Veja-se os resultados eleitorais. Uma miséria.
    É tempo de mudar antes que extinga o nosso PPD.

  12. Joana Amaral diz:

    Senhor Afonso Chaves

    «…Nessa altura ser-se do PPD era coisa de coragem.
    Como me recordo da hostilidade – até física – dos tipos do PCP e do resto da esquerdice…»

    Que dirão os militantes do PCP que durante mais de 50 anos foram perseguidos, presos e torturados pelo Estado Novo???

    Será que que a história só se lembra de uma parte da estória?

    Tenha vergonha…

  13. aldeano diz:

    adorava ver o Costa unir a esquerda para ver esta bandidagem corrupta comportar-se, uma campanha com PC e PS contra PSD era lindo.

  14. Alvaro Santos diz:

    @aldeano— nunca o PC saberá respeitar compromissos com outras forças politicas , pois são incapazes de estarem de corpo inteiro em democracia.

    Joana Amaral — foi por causa desses 50 anos de ditadura fascista que o seu PC quis impor a Portugal e aos Portugueses uma ditadura Social-Fascista ?
    É a desculpa que arranjam para a m…… que o PC fez no pós 25A

  15. do contra diz:

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  16. Rato dos Pomares diz:

    O Joana Amaral. Acontece que houve muita gente perseguida antes do 25 de Abril de 1974 (e não só comunistas, está bem? Ocorria-lhe que isso pudesse ter acontecido?). Mas não sei se sabe, nessa altura (antes do dito), Portugal vivia sob uma ditadura, ou seja, o tal do ditador perseguia quem queria. A perseguição a que se refere o Sr. Afonso Chaves aconteceu, em Beja (e não só em Beja) depois do tal do 25 de Abril, o tal 25 da liberdade (ideológica, de expressão, de organização, entre outras). Tinha a noção disso?

  17. Tira Borbotos diz:

    @aldeano- Também gostaria de ver, gostaria de ver alguns destes artistas que por aqui se manifestam a apelar aos seus santinhos…

  18. ALVARO SANTOS diz:

    Joana Amaral— o RATO DOS POMARES oferece-lhe ainda uma resposta mais completa do que a minha — a luta contra o Salazarismo não é exclusiva dos seus queridos camaradas do PCP.
    Já agora existiam muitos desses , que você designa como perseguidos e torturados , que tinham uma outra tarefa , eram Bufos da PIDE recebendo dai algumas benesses. Muitas vezes denunciando antifascistas que pertenciam a outras forças que não o PCP.
    Nas universidades , antes do 25-Abril, existia um ódio visceral entre o MRPP e o PCP , unicamente porque muitas vezes a UEC preferia colaborar com a PIDE a participar nas lutas lideradas pelo MRPP.

  19. Aldeao diz:

    O PSD começou a desaparecer em Beja quando em 2009 apresentou uma lista fraquíssima para a CMB, para estender a passadeira rosa ao PS. Foi uma vitória de Pirro! Quanto ao verão quente de 1975, o que é comparar esses incidentes com o incêndio de sedes do PC no Norte e até o assassinato de militantes da esquerda (não vale a pena recordar sítios e nomes)?

  20. Joana Amaral diz:

    Senhores Alvaro Santos e Rato dos Pomares.

    Lembram-se da primeira greve geral depois do 25 de abril??

    Foi no dia 12 de fevereiro de 1982… tinha apenas 12 anos e recordo aquele dia como se fosse hoje!!

    Estava em Ervidel com os meus pais numa concentração contra o fim da Reforma Agrária junto à UCP, quando de rompante surgiram 50 ou 60 soldados da GNR a cavalo (vindos propositadamente de Aljustrel), que sem dizerem uma única palavra começaram a carregar na população à bastonada. Não olhando sequer às mulheres e crianças que ali estavam (eu incluída)!

    Era primeiro ministro de Portugal Francisco Pinto Balsemão da vossa bem conhecida Aliança Democrática.

    Nesse tempo tinham passado apenas 8 anos sobre o 25 de abril…

    Como vêem as perseguições politicas após a revolução não são exclusivas do PPD nem dos partidos de direita.

    Atrocidades no passado todos cometeram, no presente apenas cometem alguns (PSD/CDS).

  21. Rato dos Pomares diz:

    Joana Amaral. Peço-lhe encarecidamente que leia novamente o que escrevi e que me indique qual é a passagem na qual eu defendo cargas policiais a cavalo (a pé, de burro, de trotinete…) sobre quem quer que seja. Permita-me que lhe recorde que foi a Joana que pretendeu justificar a coacção e a violência exercida sobre outras forças políticas, por comunistas, depois do 25 de Abril de 1974, com a violência sofrida por comunistas, antes do 25 de Abril de 1974.
    Aldeão… quer parecer-me que o argumento que apresenta tende para a falácia. É que se continuamos assim, a justificar a violência (de uns) com a violência (de outros), daqui a nada estamos a relatar ocorrências, de qualidade equiparável, dirigidas ora pelo Adolfo ora pelo José.
    Em relação à morte do PSD em Beja… será muito anterior. Começa no dia em que o partido admite ser dirigido por “agentes” (ia chamar-lhes sobas mas não o faço, para não ferir susceptibilidades) da economia local que, por interesse próprio (obviamente) e óbvia inaptidão política, assente em esquemas provincianos de qualidade estratégica comprovadamente medíocre, permitem que o PSD (/direita) seja (quase exclusivamente) conotado com as elites (da academia, dos serviços, económicas). Ou o meu caro acha que as vitórias do PSD (/direita) “no norte” lhe são dadas pela burguesia pelo clero e pela nobreza?. É o povo meu caro. Os trabalhadores. O mesmo povo trabalhador (igualmente explorado antes do 25 de Abril de 1974) que no norte derivou para da direita, derivou para a esquerda no sul. E não me venha dizer que é por influência da Nossa Senhora de Fátima ou pela falta dela. É que no sul foi muito fácil ao “povo trabalhador” conservar a aversão tinha à direita. A direita (democrática) deu-lhe todos os pretextos e argumentos para que assim fosse… ou continuasse a ser. Mas é a minha opinião. Admito que possa estar enganado.

  22. Afonso Chaves diz:

    Acho que é preciso fazer um ponto de ordem!
    Afinal de contas o tema deste debate é “Beja – o PSD morreu?”!
    A propósito de algum desnorte que se tem vindo a fazer notar na liderança do PPD do distrito de Beja, surgiram aqui umas intervenções de teor colateral, que em nada servem para a discussão.
    Isso de fazer campeonatos esquerda-direita sobre quem foi mais hostilizado no tempo de Salazar e de Marcelo Caetano é matéria desviante do que aqui se questiona. Como se sabe, todos as pessoas, militantes ou não de partidos de qualquer partido, sempre que ousavam contra o regime anterior a 25 de Abril eram perseguidas e torturadas. Não há medalhas nem rankings neste domínio. Infelizmente a realidade deixou registos dessas hostilidades em diferentes formas e níveis, todos elas condenáveis.
    Em todo o caso, correndo o risco de alimentar a deriva que eu próprio denunciei anteriormente, permito-me deixar umas breves notas a esse propósito.
    Porém, há coisas inegáveis. Na base da revolta militar de 25 de Abril estiveram, entre outros motivos, o fim da guerra colonial, a conquista da liberdade, o fim daquela ditadura opressora e a garantia que Portugal teria um regime democrático sem ditaduras – de nenhuma espécie, aliás, configurado na própria autodeterminação dos povos das antigas colónias portuguesas. Estes foram, também, entre outros, os factores que determinaram a adesão dos portugueses à dita revolta e a configuraram como uma revolução com êxito.
    Acontece que, no entender de muita gente, designadamente algumas forças de esquerda, como o Partido Comunista, acabar com a ditadura de Salazar-Caetano significava inverter o sinal, isto é, implementar uma ditadura totalitária comunista. Dito de forma explícita, tratava-se apenas de mudar os ditadores. Como se constatou, infelizmente, esse foi o trilho que se assistiu em Portugal.
    E, as coisas descambaram mesmo! Assistiu-se à promoção e à manutenção de uma radicalização pública, onde os principais infantes eram o povo anónimo e o combustível eram as diminutas reservas financeiras e económicas de um país em total alteração estrutural, numa conjuntura sem tutoria democrática.
    A recuperação da democracia, como se sabe, foi uma tarefa especialmente dura. Desde logo, pela falta de cumprimento dos resultados eleitorais, onde, de forma radical, os partidos perdedores se colocaram em hostilidade primária, a quem legitimamente ocupava o poder.
    Hoje, Portugal está no contexto internacional no grupo dos países onde se vive em democracia, apesar das sequelas de tantas e tantas manobras antidemocráticas. Como se veio a verificar, com a queda do Muro de Berlim simbolizou-se a queda de uns quantos regimes ditatoriais. Apesar de estarmos a viver momentos especialmente complicados, sempre prefiro viver neste sistema que num sistema coreano. A título de ironia, permitam-me que diga: Mesmo quase sempre despenteado, ainda prefiro que andar assim do que com um corte estereotipado de um qualquer ditador.
    Por fim, deixo aqui umas palavras para o tema que aqui me trouxe. O “Beja – o PSD morreu?”. A minha resposta é inequívoca e muito clara: – O PSD em Beja não morreu, nem morrerá! O PSD em Beja apenas está com uma enxaqueca passageira, pois, quem lutou como muitos que ainda por cá andam, acompanhados pela memória de tantos que já nos deixaram, brevemente recuperará o bom caminho da liberdade, da organização e da sua matriz genética: – “Paz, Pão, Povo e Liberdade. Todos sempre unidos. No caminho da verdade”!

  23. HV diz:

    O PSD-Beja não morreu (infelizmente). Se tivesse morrido, todos nós poderíamos afirmar: Coitadinho morreu, mas era tão bonzinho. O que lhe aconteceu é bem pior, vendeu-se. Caiu nas mãos de meia dúzia de incompetentes que têm como objectivo a sua autopromoção sem vero interesse no bem estar e desenvolvimento da região que representam. Ainda mais infeliz é a constatação que esta atitude é praticada pela “quase” generalidade dos dirigentes SD. Esperemos que alguns dos militantes originais ainda tenham força e vontade de poder voltar a fazer deste, um partido com peso reconhecido a nível regional. E se puderem sigam à Direcção Nacional para não envergonhar mais os que de alguma forma contribuíram para lhes proporcionar o repasto que têm vindo a ruminar nos últimos três anos.

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