“Vou aproveitar para comentar aquela que será provavelmente a notícia do dia em Beja e arredores.
A palavra de ordem é “a Praça da República volta a ser como antigamente”.
Quem me conhece sabe que tenho um gosto especial por abordar os problemas de forma diferente. Gosto de observar, gosto de analisar e gosto de experimentar soluções até que as mesmas se mostrem erradas. Muitas vezes defendo aquilo que a maioria considera o absurdo. Mas eu sou assim, embora esta característica seja vista por alguns como uma qualidade de “arrogância”. Na vida, das coisas que mais prazer me dá é pensar por mim mesmo.
Sim, devo reconhecer que é uma atitude corajosa do Presidente da Câmara “apagar” o trabalho do Programa Polis realizado na Praça da República, mas eu atrevo-me a realizar uma observação diferente.
Não sei quantos milhões de euros foram gastos na Praça da República no âmbito do Programa Polis, mas fazer para desfazer parece-me à partida, contra-lógico.
Embora seja verdade que a “cidade” sempre reagiu negativamente perante 2 projectos do Programa Polis, nomeadamente o Parque Subterrâneo da Av. Miguel Fernandes e a Praça da República, também não é menos verdade que a Câmara Municipal não teve em tempo algum a capacidade de criar um plano ambicioso que relançasse o Centro Histórico onde tirasse proveito destas obras.
O estado a que chegou o nosso Centro Histórico é visível para todo e qualquer Bejense e não Bejense.
Habitação Jovem no Centro Histórico? Ideias para o rejuvenescimento e promoção do Centro Histórico?
Vamos continuar a “empenhar” dinheiro a mudar as pedras de sítio enquanto as paredes das casas vão continuar a ruir.
É preciso fazer muito mais do que tomar medidas “avulsas”. Beja precisa de muito, muito mais.
Disto isto, e estabelecendo que desta breve análise já passaram pelo Autarquia Bejense vários Presidentes, tendo até por breves instantes alterado a cor política dominante, sou capaz de afirmar que talvez o maior problema de Beja seja a falta de visão, falta de capacidade de planeamento e a pouca criatividade.
Em relação à relocalização dos serviços da autarquia, acho um erro grosseiro. Os mesmos estão a funcionar em pleno com todas as condições, com facilidade de acesso numa antiga escola.
Isto foi apenas uma muito breve reflexão. Uma reflexão de alguém que gosta de pensar por si e que continua a gostar de Beja.”
Livro para assinalar os 40 anos do 25 de Novembro.
“Este livro pretende contribuir para a compreensão da história do que foi o 25 de Novembro como indispensável para a consolidação da democracia. Graças ao seu horizonte amplo de cariz multidisciplinar, esta obra é um instrumento único e muito pertinente para a promoção de um debate plural. Como referem os seus coordenadores, «entre as datas com significado, o 25 de Novembro de 1975 é uma das que mais rapidamente alguns querem apagar». Ora, «estas duas datas históricas – 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975 – não podem ser observadas e avaliadas separadamente».
Uma machadada no legado de Carreira Marques.
Interessante vai ser a reacção daqueles que, há dez anos, aplaudiram fervorosamente a destruição da Praça da República. Agora estarão ao lado do Sr. Rocha no regresso à forma antiga. Aguardo pelo projecto.
Deixo uma sugestão:
Aproveite-se esta fúria para destruir o Arco dos Prazeres. Ficaremos com uma majestosa Praça do Império, apinhada de gentes.
Viva Beja!
NOTA: A ideia de destruir o Arco dos Prazeres não é um disparate meu. Já houve essa proposta, não sei se nos finais da década de 1960 se no princípio da de 1970. Houve esse projecto. Não sei se ardeu, mas sei que na altura foi considerado demasiadamente arrojado. A intenção era a de tornar mais acessível e transitável a Praça da República.
“A Santa Casa da Misericórdia de Beja, enquanto eu estiver à frente dos seus destinos, será uma entidade totalmente apartidária. Embora tenha nos seus Orgãos Sociais, pessoas com filiação politica e até participação activa, dentro dos seus espaços políticos próprios. Mas fazem-no enquanto cidadãos e não na qualidade de Irmãos.
A escolha do antigo Hospital, pareceu-nos uma excelente escolha, pois estamos muito interessados em participar no projecto global e coerente que neste momento se está a desenvolver no centro histórico e com varias participações, onde o nosso edificio será devolvido à cidade, não só com as suas valências actuais ( igreja, museu da farmácia, enfermaria, jardins ) mas com outras que estão a ser estudadas e planeadas. Será um dos edifícios incontornáveis e chave, para esse projecto global, em que, o investimento de adaptação, decorrerá com verbas nossas ou por nós conseguidas.
Por outro lado, na actual politica de dinamização do espaço, ímpar em Beja, é cada vez mais corrente, a disponibilização para várias e diferentes acções, mesmo sem a nossa intervenção directa, como foi este caso. Como exemplo, decorreu no mês de Outubro, no mesmo edificio, um dia totalmente dedicado à Saúde Mental….sem que isso signifique que……….”
É o nome que me ocorre chamar à acção de campanha eleitoral levada hoje a cabo pelo executivo camarário, que a intitulou por ” Beja para o futuro“.
Para além das trivialidades a que o Sr. Rocha nos vai habituando, “estruturar,trabalhar muitas áreas, tornar Beja um lugar apetecível e com qualidade de vida, etc, etc…”, estranha-se a escolha do local (Santa Casa da Misericórdia), estranha-se igualmente a composição da mesa (onde aparece um elemento do PEV/SCM misturado com o executivo) e igualmente se estranha a ocasião para a referida acção. A escassas horas da reunião da Assembleia Municipal, onde será votado o Orçamento para 2017 (o último deste mandato), parece de uma enorme deselegância (para não lhe chamar outra coisa) o anúncio daquilo que será o programa eleitoral autárquico do PCP em Beja. É preciso ter uma enorme “alma criativa” para levar a cabo esta palhaçada.
O Alentejo já não é só campos a perder de vista e praias quase virgens. Está a mexer e a mudar como nunca, e a culpa também é de gente inspirada, paciente e persistente, capaz de imprimir novos estilos de vida com os seus pequenos-grandes projectos .
Leia aqui a reportagem da VISÃO
A história já é entiga, mas o Celso resolveu trazê-la com novos detalhes:
“Bom, é altura de revelar. Corria o ano de 2010, recebi no meu local de trabalho um telefonema da polícia judiciária. Achei estranho, mas desde logo me dispus a cooperar sem ainda na altura saber de que assunto se tratava. Convocaram-me para ser ouvido no âmbito de um processo que tinham em mãos. Desloquei-me no dia seguinte às instalações da PSP em Beja, nas antigas instalações da Esquadra de Investigação Criminal, onde encontrei de serviço, o meu amigo Jaime Medeiros. Encontravam-se no local dois rapazes ainda novos, que simpaticamente se apresentaram como sendo da PJ de Faro. Convidaram-me para uma sala ao lado e posto isto, perguntaram-me se eu sabia qual a razão de estar ali. Não fazia a minima ideia. Em seguida, para minha estupefacção, lá me satisfizeram a curiosidade e revelaram-me que a minha presença estava relacionada com uma queixa apresentada contra mim, por alegada difamação. Mas por quem? Pela presidente da junta da freguesia de Albernoa ??!!!….. Ri-me. Perguntei onde tinha sido a difamação e qual o conteúdo da mesma. Parece que tinha sido um comentário que eu tinha feito no conhecido blog Bejense Praça da República, do João Espinho. O comentário tinha sido feito em Setembro de 2009.
O mesmo João Espinho, mais tarde telefonou-me a informar-me que a PJ, tinha pedido o conteúdo do meu comentário. A PJ fez o seu trabalho, trabalho este que questionei na altura se justificava virem dois agentes de Faro a Beja para ouvir-me dizer que não comentava absolutamente nada porque todo o processo era ridículo. Não tinham de concordar com a minha apreciação do mesmo, mas lá me disseram que eram obrigados a iniciar o processo porque a dita senhora ocupava um cargo público. Se fosse um particular, a queixa seguia para o cesto dos papéis. Enfim.
Posteriormente, numa assembleia de freguesia, questionei a senhora presidente sobre tal assunto e se o vagar que tinha só lhe dava para mover processos a quem não concordava com ela. Respondeu-me que não sabia do que é que eu estava a falar. MENTIU. Mentiu descaradamente. Todos ouviram e está gravado em áudio. Pelo facto do processo ser ridículo, meses mais tarde recebi o arquivamento do mesmo que fiz questão de entregar na junta de freguesia. Parece que a juíza que o analisou, também foi da minha opinião.
MORAL DA HISTÓRIA
Passados 6 anos, a senhora continua com excesso de vagar. Vagar inconsequente !”
O Salão Nobre do edifício do ex-Governo (sic!) recebe, esta tarde, às 18.00 horas, uma reunião da Assembleia Municipal de Beja.
Em discussão as Grandes Opções do Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Beja para o ano de 2017. (daqui)