Jul 27 2020
Isto está tudo ligado

Em editorial de 10 de julho do Diário do Alentejo (DA), Luís Godinho, director e simultaneamente líder da propaganda socialista, escrevia: “Seria incompreensível que numa ocasião tão significativa como esta – em que se desenha o próximo ciclo de fundos comunitários – o Baixo Alentejo não conseguisse apresentar um, ou mais, candidatos à presidência da CCDRA.” O mote estava dado.
Na edição seguinte do DA, o recém-eleito presidente da Federação socialista do Baixo-Alentejo é peremptório: “Já tenho vindo a trabalhar, inclusive com o atual presidente da federação, numa solução nova que implica um candidato a apresentar pelo PS do Baixo Alentejo à Ccdra. Não pode ser doutra forma. Mas que hipocrisia seria a minha se na pergunta anterior lhe respondo que nos falta liderança e afirmação e depois deixamos cair a oportunidade e o momento de afirmar a nossa região no sítio das decisões. É evidente que vamos ter um candidato e espero que possa ser vencedor.”
Em 24 de Julho, no Correio Alentejo, diz Nelson Brito: “Não temos razões para nos sentirmos menorizados em relação ao resto do Alentejo – bem pelo contrário! Actualmente, é no Baixo Alentejo que o PS tem maior
expressão, seja no número de presidentes de câmara, vereadores e presidentes de junta eleitos, seja no número de eleitos do PS nas várias assembleias municipais, que terão direito a voto no colégio eleitoral que elegerá o presidente da CCDR. Este é o tempo do Baixo-Alentejo! Não se trata de um capricho, mas sim da obrigação que temos para com a afirmação do Baixo Alentejo no actual contexto, que atrás referi. É nossa obrigação defender que o próximo presidente da CCDR seja um baixo-alentejano, porque é justo que o seja, porque é oportuno que o seja e porque tenho a certeza que os baixo-alentejanos não esperam outra coisa de nós.”
Pronto, a máquina está a funcionar, as contas estão feitas, resta agora saber o mais importante: conseguirá Nelson Brito reunir o consenso necessário entre todos os autarcas socialistas do Baixo-Alentejo? E, já agora, só uma curiosidade: a desistência de Hélder Guerreiro não tem nada a ver com isto, pois não?


27 de Julho de 2020 às 12:29
Na minha interpretação, há já bastante tempo que se entende que os órgãos das CCDR’s possam ser o embrião no processo de regionalização. Não me espanta pois que a tática se desenvolva nesse sentido, agora que sabemos existir essa intenção da parte do Governo.
27 de Julho de 2020 às 13:58
Claro que a desistência de Hélder Guerreiro faz parte de uma negociata entre ele, Pedro Carmo e o eleito Presidente da Federação do Baixo-Alentejo.
Só que do outro lado terão como adversários o Capoulas Santos e o Zorrinho.
27 de Julho de 2020 às 14:39
Rita: Uma dupla de peso, com grande bagagem…
27 de Julho de 2020 às 17:46
Dr. Munhoz Frade. Tenrinhos e pipis como estes 3 membros do PS do Baixo Alentejo são comidos diariamente pelo Dr. Capoulas e pelo Dr. Zorrinho. Será interessante ver os inúmeros golpes de rins até final de Setembro.
29 de Julho de 2020 às 12:59
Para o próximo ano teremos uma campanha bastante animada e colorida!…Com a estruturação da candidatura independente (em sentido figurado!) de que se fala, vislumbra-se um período engraçado e galhofeiro!…Com actores muito “interessantes”!
29 de Julho de 2020 às 22:57
@Verissimo M. Queremos mais informação, já vi que está informado sobre o que se passa na arena política. Essa é de zonas mineiras ou da capital?
30 de Julho de 2020 às 10:11
É mesmo da capital e do exterior ao mesmo tempo!…Com a malta do Beja merece+ e da Plataforma Alentejo muito envolvida na criação de uma lista!…Vamos lá ver se não falta coragem!Aguardam-se desenvolvimentos nos próximos meses!