Dez 13 2017
Aeroporto de Beja – o fim do marasmo?
foto: Jorge Diogo
“O Aeroporto de Beja “tem sabido encontrar o seu caminho (…) e contribuído para o momento particularmente favorável do sector aeronáutico em Portugal”. A ideia foi deixada, ontem, em Beja, pelo Secretário de Estado dos Transportes e Infra-estruturas na abertura do “Open Day- I Can Fly” promovido pelo Instituto Politécnico de Beja.
Guilherme de Oliveira Martins sublinhou que o projecto de construção de um hangar para manutenção de aeronaves no aeroporto de Beja, em 2018, é “estratégico” para o cluster aeronáutico de Beja.
O governante afirmou ainda que os desafios do sector colocam-se também ao nível da construção e manutenção de aviões.”
17 de Dezembro de 2017 às 17:44
Dejá vu
O aeroporto começa a revelar a sua importância e possibilidades de Desenvolvimento, onde finalmente e num novo ciclo que Beja vive, a articulação de esforços entre a ANA aeroportos, o IPBeja, a CMB, e empresas privadas, mostra ligeiros sinais de esperança.
Beja, bem que necessita de um milagre, pois as politicas de abandono do interior são visíveis e as consequências também. Beja tem assim de se valer dos seus activos, dos seus factores diferenciadores, e de ter a capacidade de juntar e alinhar a pouca massa critica existente na região. Muito do futuro pode desenvolver-se em torno desta infraestrutura, sendo a manutenção uma dessas valências, bem como a formação, não se deve contudo perder de vista a dimensão passageiros. Por isso e tal como um Deja vu, que tivemos em relação a Alqueva, em que todos diziam mal e ninguém acreditava, e que hoje se mostra fundamental, estou certa que o mesmo também se irá passar com o aeroporto, e de por esta via se abrirá uma porta ao turismo mundial para o sul da península, pois é o aeroporto que de 4 regiões ( Alentejo, algarve, Extremadura e andaluzia Espanhola), permite voos intercontinentais, e desta forma uma aposta em mercados emergentes, apostando em operações de cross selling. Por outro lado aviões de grande porte permitem a utilização dos seus porões para a comercialização de produtos agrícolas de valor acrescentado e fora da época.
Só falta mesmo vontade politica, e acima de tudo proatividade dos agentes da região, em serem eles a dar os passos neste sentido. Do governo espera-se a ligação ferroviaria eletrificada até Funcheira, com um terminal de carga e de passageiros no aeroporto, e a conclusão da autoestrada até ao Rosal de la frontera. É por isto que temos de nos bater para que Beja , o Alentejo e o País aproveitem esta oportunidade diferenciadora que se chama “aeroporto de Beja”!