Viveiro eleitoral
12 de Julho de 2025
Foto: PS/Beja
Destaco comentário de leitor:
“Mais recrutamentos internos: Paulo Arsénio transforma os serviços municipais em viveiro eleitoral
A confirmação de mais recrutamentos internos é mais uma evidência clara do que se tem tornado regra nesta fase terminal do projeto de Paulo Arsénio: a ausência total de apoio político externo obriga-o a recorrer aos próprios quadros do universo municipal, câmara e não só, reforçando a perceção de que Paulo Arsénio está a usar os recursos humanos do universo municipal como último recurso para manter de pé uma candidatura já fragilizada e politicamente esvaziada.
Esta prática, além de demonstrar um preocupante isolamento político, levanta sérias dúvidas sobre a separação entre funções administrativas e ambições eleitorais. Quando funcionários públicos e trabalhadores de empresas participadas são convidados, ou pressionados, a integrar listas de um executivo em funções, misturam-se perigosamente os limites entre o poder político e a estrutura técnica, com implicações sérias para a ética e a transparência democrática.
Mais do que um sinal de força, estes recrutamentos expõem o contrário: um presidente incapaz de mobilizar militância, sem apoio interno no PS, sem confiança nas freguesias e agora dependente de quem trabalha sob sua autoridade direta ou indireta.
É legítimo perguntar: que margem têm esses funcionários ou trabalhadores para recusar, quando o convite parte de quem influencia ou decide sobre os seus percursos profissionais? E que tipo de autonomia terão enquanto candidatos, se forem eleitos?
Beja não pode continuar a ser governada por um poder que confunde o município com o seu aparelho pessoal. Esta instrumentalização das estruturas públicas para fins eleitorais é um sinal claro do fim de um ciclo — e da urgência de mudança.”









