Aeroportus interruptus
30 de Junho de 2014
foto: joão espinho
Hugo Franco, jornalista do Expresso, contou aos seus leitores, este sábado, que Beja perdeu o único voo comercial que tinha a cidade do Baixo Alentejo por destino. Desde a sua inauguração, em 2011, a infra-estrutura recebeu uma média diária de seis (seis, repito) passageiros e registou o movimento de 245 aeronaves – ou seja, em média, a cada quatro dias aterrou ou decolou um voo comercial da pista alentejana.
O aeroporto foi-nos apresentado, aquando da sua inauguração, como uma alternativa ao de Lisboa para quem demandava o sul do país. Também como essencial ao desenvolvimento do turismo no Alentejo. Segundo um relatório do Tribunal de Contas, de 2010, custaria 79 milhões de euros, depois de derrapagens e de erros de construção. Mas como o novo equipamento estava a 178 quilómetros de Lisboa (menos de duas horas de viagem por rodovia) e a 148 de Faro (uma hora e trinta minutos), a iniciativa deu no que deu. Ou seja, no trânsito de seis passageiros por dia, o que é menos do que o movimento do aeródromo do Corvo (2000 passageiros no primeiro semestre de 2013), a mais pequena ilha dos Açores. (continue a ler aqui)












