Bom fim de semana
17 de Fevereiro de 2017
foto: nino veron

foto: nino veron

“Eu compreendo a dificuldade em que se encontra o eleitorado clássico da CDU ao ver que desta vez a coisa vai ser séria, adivinha-se mesmo muito séria pois o Paulo Arsénio não vai deixar de se rodear de gente reconhecida, insuspeita e competente , que vai apresentar seguramente um programa eleitoral coerente para a cidade e o concelho, capaz de mobilizar muita gente , mesmo no eleitorado social-democrata do PSD… Eu vaticino, como muitos bejenses, uma derrota expressiva da CDU … da última vez ganharam penso que por 300 votos…só esses já perderam entre funcionários da câmara e votantes de Albernoa ( e não vale a pena agora em “recta final” dar papinhas e bolos às pessoas pois já toda a gente percebeu quem tem “mandado” , é o termo, na Autarquia…) ele que se cuide, se não gosta de ser contrariado vai ter que comprar pastilhas da azia, porque há muita gente nas hostes socialistas e independentes que apoiam o PS preparados para o confrontar…e diga-se de passagem, nem deve dar muito trabalho desmontar a argumentação de quem não conseguiu apresentar um programa eleitoral e centraliza , tanto quanto estou informado, todas as decisões… Não foi isto a que a CDU nos habituou e este executivo irá seguramente ser muito penalizado por isso…”
“Eu tenho alguma dificuldade em perceber o que é que este executivo tem para justificar uma vitória nas próximas eleições autárquicas…por favor na próxima campanha não vamos discutir outra vez as obras na cidade , festas , comes e bebes…a gestão corrente da Câmara qualquer pessoa faz, aliás a “coisa” funciona sozinha..tem Directores de Departamento , Chefes de Divisão etc etc…esses fazem funcionar a Câmara…há quem atenda os telefones , há Recursos Humanos e Área Financeira… mesmo que o Presidente e os vereadores não estivessem lá um mês , a “coisa” continuava a funcionar.
O que está em causa em Beja é o MODELO DE DESENVOLVIMENTO .
Queremos ser uma cidade europeia ou queremos estar, enquanto cidade, “fora” da Europa? Queremos harmonia ambiental, cultura e tecnologias “limpas” ou queremos nuvens de fumo carregado de azeite a multiplicarem-se no céu do Concelho? Queremos uma aposta num Turismo de qualidade ( temos excelentes condições como sabemos, mas são promovidos por empresas PRIVADAS como o Vila Galé ou a Herdade dos Grous , entre outros) ou queremos continuar a atender, falando um português espanholado os turistas que se sentam à mesa dos nossos restaurantes em busca de “qualidade”(porque baixos preços para eles já nós temos…)… queremos ouvir só nós o Cante ou queremos torná-lo da dimensão do Fado, estudá-lo,promovê-lo e compará-lo com outros “cantes”( mediterrânicos por exemplo…) promovendo a nossa cultura entre os nossos parceiros comunitários e extra-comunitários como já se fez com património material como os vinhos ou os azeites de qualidade…enfim…muito haverá a dizer…mas com este executivo, bem, pelo que sinto, vejo e ouço, acho que a contagem decrescente já está iniciada…”

Escreve Pedro Correia no Delito:
Ouço por vezes falar em “ideologias” na política portuguesa. Há até uns sábios que se assumem como guardiães dos respectivos templos.
Mas que ideologias, afinal?
O CDS reivindicou-se sempre como partido “do centro”. C de centro, aliás. Mas esteve sempre à direita do centro, contrariando aliás a vontade de um restrito núcleo dos seus fundadores.
O PCP só seria comunista se fosse um partido revolucionário. Mas é um partido institucionalista, com base social no funcionalismo público a nível nacional e local. Nada tem de revolucionário.
O PSD nunca foi social-democrata. Foi – e é – um partido liberal, conservador, com matizes populistas nas suas adjacências regionais.
O PS meteu o socialismo na gaveta ainda na década de 70. Teve sempre uma matriz dominante – a da social-democracia clássica, com erupções sociais-cristãs sobretudo no consulado de António Guterres.
O Bloco de Esquerda é vagamente “socialista” mas contemporizador com a UE capitalista, da qual não quer dissociar-se. Burguês até à medula, com representação residual junto dos segmentos mais pobres da sociedade.
O PEV é tão ecologista como eu sou evangélico, xintoísta ou libertário. Eterna muleta do PCP, sempre foi muito mais vermelho que verde.
Esqueçamos portanto as etiquetas. Dizem-nos muito pouco ou quase nada dos partidos portugueses.
Vocês não percam isto. Aquilo que as televisões não mostram. Digite Amém e compartilhe.
(via Nuno Gouveia)

São amores dobrados?
De uma coisa estou certo: se Marcelo se sentir muito incomodado com esta trapalhada, não há interesse nacional que salve Centeno.