João Rocha, feroz dinossauro comunista, que tem levado toda a vida a viver à custa da política, zangou-se com o PCP e concorreu como independente, com o único objectivo de roubar votos ao seu antigo partido. Conseguiu,entregando a Câmara de Serpa ao PS (maioria absoluta). Com uma inexpressiva votação (ficou atrás do PSD), pergunta-se: que ocultos interesses tem João Rocha?

Nunca pensei ainda ser vivo quando Beja decidisse acabar com as hegemonias comunistas e socialistas. Foi hoje o dia. Começa um novo ciclo. Desejo que se enterre o passado e não se voltem a cometer os erros desse mesmo passado.
Vamos respirar fundo, que a noite foi de emoções.
O meu pai, que foi fundador do PPD, estaria hoje imensamente feliz.

Apesar de a poll ainda estar aberta, é este o resultado apurado dos votos de leitores do blog.
Vale o que vale e não passa de um incentivo à participação de quem visita o Praça da República.
Hoje é um dia que, estupidamente, alguém se lembrou de intitular de reflexão, obrigando ao silêncio, como se este dia pesasse alguma coisa nas decisões dos eleitores.
Quanto aos resultados da poll, enfim, antevejo que, em nada, coincidam com os que vamos ter na noite de Domingo.
E termino com um apelo: vá votar, não deixe que os outros decidam por si.

Ou não passa de uma divagação da campanha socialista?

Espero que os espertinhos não venham, de novo, adulterar esta Poll. Obrigado.

Sem comentários. O espelho do desespero.

Na rubrica “Desta Rua vejo o meu País”*, a TVI emitiu ontem, 07 de outubro de 2025, uma reportagem gravada na Rua Cap João Francisco de Sousa, onde se puseram a nu algumas verdades do estado a que a cidade chegou. Alguns amigos meus insurgiram-se contra o que ali foi retratado. Seguramente desiludidos com algumas das coisas que se passam nesta cidade, estes meus amigos ainda são daqueles bejenses que acreditam num futuro risonho para a nossa urbe. Mais do que optimistas, eles querem acreditar que Beja merece mais. E defendem a nossa cidade sempre que alguém “destapa” a realidade.
A reportagem centrou-se numa só rua. Havia muito mais a mostrar, mostrar as coisas boas e bonitas de Beja.
Mas aquela Rua é um espelho do estado a que a cidade chegou.
Culpados? Somos todos nós, bejenses, que nos estamos a “borrifar”, que, por interesses diversos, evitamos exposição pública, evitamos exteriorizar os nossos lamentos. A chatice, neste caso, foi que a reportagem foi para o ar a poucos dias das eleições autárquicas, mais parecendo uma “encomenda” das forças do mal. Compreendo-os. Porém, a nossa cidade sofre de um grande mal: a ausência de intervenção cívica. Vejam-se as forças políticas concorrentes às autárquicas. São todas partidarizadas. Não há um único movimento independente de cidadãos. Estamos dependentes de aparelhos partidários como se esta fosse a única forma de fazer política.
Quem aqui me vai lendo, e este blog já tem 22 anos, sabe que sou um inconformado, muitas vezes parecendo um rebelde.
Com o decorrer dos anos vou ficando mais pessimista, e hoje já manifesto publicamente, à mesa do café, aquilo que me vai na alma. E que é: Beja não tem futuro!
Desculpem-me os meus amigos optimistas. A luta pode continuar mas, infelizmente, sem resultados.
No próximo Domingo vamos votar. Aguardemos que todos, mas todos, cumpram com o seu dever cívico.

* Para promover o programa a TVI escreve:
“A cinco dias das autárquicas, conhecemos a Rua Capitão João Francisco de Sousa, no coração de Beja, o maior distrito do país, mas também o que tem menos habitantes por quilómetro quadrado. Um retrato do despovoamento e do abandono sentidos no interior do Alentejo.”

Como será a composição da próxima AM?
21 eleitos, que nas anteriores autárquicas ficaram assim distribuídos:

A quem é que o CH vai ‘roubar’ votos? Será o PS capaz de aguentar a sua estrela maior?
Vamos aguardar.

Paulo Arsénio:

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Em 2017, com maioria absoluta (4 mandatos), Paulo Arsénio conquistou a presidência da Câmara de Beja. Cedo se percebeu de uma aliciante incapacidade para transformar a cidade e o concelho. Não sou eu que o digo, são os resultados eleitorais de 2021, que lhe dão a vitória mas lhe roubam a maioria absoluta. 4 anos se passaram e nada foi feito, não podendo ser atribuídas culpas a uma fraca oposição.
Foram 4 anos sem nada de substancial, exceptuando os extensos delírios publicados na sua página pessoal no Facebook.
É agora recandidato a mais 4 anos. E é este facto que fez soar alertas em diversos sectores concelhios. Mais 4 anos? Para quê?
Obviamente que Paulo Arsénio já percebeu que a luta não está a ser fácil e que o objectivo de renovação de mandato não depende daquilo que os seus indefectíveis apoiantes despejam, diariamente, nas redes sociais e artigos de opinião. Os seus aliciantes azedumes não são mobilizadores de uma parte muito significativa do eleitorado.
No próximo Domingo os eleitores vão escolher entre a continuidade do marasmo ou a tentativa de um novo rumo.
Eu vou votar.

Caro Paulo Arsénio, seguramente andou distraído nestes últimos anos. Adjectivar de ‘canalhice’ fica-lhe mal. Sabe quantos canalhas, para ser simpático, engrossam a sua bolha, repleta de arsenetes cegos e que se fazem passar por seus amigos, só para usufruir das vantagens de serem ‘amigos’ do presidente?
Com a sua experiência política já deveria ter percebido que, em política, não há amigos. Se perder as eleições, o que espero venha a acontecer, vai ver quantos/quantas se vão abraçar aos vencedores. Na sua lista tem bons exemplos disso.
Desejo-lhe saúde e ponderação. E que, para o ano, o veja a festejar o tri do Sporting.