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A vacina é um privilégio?
2 de Agosto de 2021No passado dia 4 de Fevereiro publiquei o post “A vacina é um privilégio?”
Só um leitor comentou, afirmando: “Julgo que isso poderá ser facilmente desmontado pelo facto da Vacina não ser obrigatória.”
No post escrevi:
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De acordo com notícias recentes, sabemos que a vacina tem sido um privilégio de alguns dirigentes de cargos públicos, a quem a ética nada diz. Adiante.
A minha primeira questão é: os vacinados podem regressar à vida normal, mais cedo que os restantes cidadãos? Isto é: podem viajar, ir ao cinema, teatro, concertos? Podem ir a restaurantes? Se sim, isso não vai criar divisão nas diversas sociedades, provocando uma exigência “oculta” de vacinação?
Podem os vacinados ser mais felizes e recuperar mais cedo as liberdades entretanto suspensas? Estas reflexões/questões podem parecer pertencer a um filme de ficção. Mas quantas vezes não vimos já a ficção transformar-se em realidade?
Pensem nisto.”
Passados 6 meses, apeteceu-me recordar o que escrevi e acrescentar: somos todos livres de forma igual? Ou há uns mais livres do que outros?
Orientem-se
26 de Maio de 2021Ocorreram novas confusões relacionadas com a resposta à pandemia de Covid-19 e que começaram com o secretário de Estado da Saúde a anunciar que haveria uma aceleração da vacinação na região de Lisboa na faixa dos maiores de 30 e 40 anos. A task force liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo confirmava pouco depois ao Observador que Lisboa, afinal, não vai ser exceção: a vacinação nessas faixas etárias arranca ao mesmo tempo em todo o país. Já não evitou o protesto de Rui Moreira que considerou de imediato “inaceitável” que houvesse uma exceção para a região de Lisboa. Ainda sobre Lisboa, o jornal Público noticia que mais de 5 mil empresas do concelho optaram por não recorrera ao programa de testes gratuitos do município.
NOTA: chegará o dia em que governantes e o VALM Melo vão medir forças. Vamos depois ver como se comporta o Costa.
Estado de emergência prescreveu
28 de Abril de 2021Covid-19: Estado de emergência declarado 15 vezes termina na sexta-feira, ao fim de 173 dias consecutivos.
O estado de emergência, que foi declarado 15 vezes pelo Presidente da República, vai terminar na sexta-feira, 30 de abril. O último dia sem emergência foi 173 dias atrás, a 8 de de novembro.
Se não o fizeram antes, já podem desinstalar essa app que terá sido um grande negócio para alguns do costume.
NERBE contra critérios de desconfinamento
20 de Abril de 2021“Em face das medidas anunciadas pelo governo, relativamente à terceira fase de desconfinamento e, devido à gravidade das mesmas, vem a Direção do NERBE/AEBAL, manifestar a sua profunda indignação sobre a medidas previstas para três concelhos do distrito de Beja, nomeadamente Moura, Barrancos e Odemira, que não passam para a terceira fase de desconfinamento, que se iniciou no dia 19.
É incompreensível que Moura, com 17 casos, e Barrancos com 4 casos, não possam passar à terceira fase, o que permitiria às nossas empresas dos referidos Concelhos, voltarem a respirar alguma normalidade.
O critério utilizado penaliza os concelhos de menor população e de maior área geográfica, como são os casos da maioria dos nossos concelhos, não conseguimos encontrar uma única explicação que justifique um critério cego, igual para todo o País e que, na fórmula de cálculo não inclua uma variável, que tenha em conta a dimensão do concelho.
Também no concelho de Odemira, apesar do número de incidências ser bastante maior, é preciso não esquecer que grande parte está localizado na população migrante e que, estes mesmos migrantes, que são mais de vinte mil, não contam para o cálculo da população existente.
Mais uma vez, uma fórmula mal elaborada implica que o concelho retroceda para a fase um, o que obsta a que os empresários desse concelho possam abrir e voltar a ter as receitas de que tanto precisam para manter os seus postos de trabalhos e continuarem em atividade.
Estas situações são extremamente penalizadoras para as nossas empresas, que aguardam por dias melhores. Para mais, é altamente discriminatória, para com as empresas de quase todo o País.
Queremos querer que, as decisões para além de seguirem critérios, como não podia deixar de ser, sigam critérios justos, equitativos e que tratem situações distintas, de forma também distinta, uma vez, que o nosso território e o nosso Alentejo são tão diferentes de outras zonas do País. Salienta-se que, depois das fórmulas e dos critérios deve imperar o bom senso, porque é isso que nos distingue. Ter a capacidade de ler os números e tomar decisões com base nesses mesmos números, mas, com o bom senso necessário para não prejudicar toda a atividade económica de um concelho, numa fase em que as nossas empresas atravessam graves constrangimentos.
Também não podemos concordar, com as regras de encerramento dos restaurantes ao fim de semana às 13H00, porque para além de não encontrarmos nenhuma relação entre as infeções e os horários, impossibilita que, do ponto de vista económico, justifique abrir estas unidades ao fim-de-semana. Bastaria que o horário de fecho fosse às 15H00, para que os nossos restaurantes pudessem, pelo menos, trabalhar no horário do almoço.
Esperamos que, à semelhança do que tem acontecido em decisões anteriores, o Governo venha rapidamente reconhecer e emendar estes erros que tanto prejudicam as nossas empresas.
Beja 19 de Abril de 2021
O Presidente da Direção
Filipe Fialho Pombeiro”
Beja – Profissionais de saúde não merecem respeito?
19 de Abril de 2021Lamentamos ter de vir novamente a público com o problema da Vacinação dos Profissionais de Saúde em Beja.
É uma situação completamente surreal, incompreensível, pois após vários contactos com as entidades responsáveis pela vacinação (Locais, Regionais e, por fim, Nacionais) não obtivemos qualquer resposta. Se alguma houve, foi pelas entidades Regionais (ARSA), com promessas de que iriam resolver brevemente a situação, de forma vaga e inconsequente.
Decidimos expor o assunto em carta ao Sr. Presidente da República, Ministra da Saúde e Coordenador da Task Force para a Vacinação.
Curiosamente não obtivemos qualquer resposta.
Iniciando-se a segunda fase da vacinação, vemos com muita apreensão a nossa situação. Será que os responsáveis políticos pela vacinação (os donos das vacinas) se esqueceram de nós? Ou será que estamos a ser vítimas de alguma perseguição ou represália?
Certo é que os vacinados indevidamente, muitos deles logo em Dezembro, estão vacinados e protegidos. Enquanto que outros Profissionais de Saúde, no activo ou não, foram vacinados e praticamente todos a trabalhar sob regime não presencial, os profissionais de saúde privados não o foram, nem tampouco contactados, estando todos em regime presencial. É normal que estes se sintam discriminados, abandonados e revoltados.
A conclusão a que chegamos é a de que quem cumpre é castigado e penalizado e quem prevarica é recompensado. É o País e a Justiça que temos.
A carta:
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Beja, 5 de Abril de 2021
Representamos um grupo de profissionais de saúde privados da cidade de Beja, nomeadamente Centro de Radiologia de Beja, Centro de Imagiologia do Baixo Alentejo, Clínica Médica José Barriga e LACLIBE (Laboratório de análises clínicas de Beja).
No dia 27 de Janeiro, fizemos uma exposição à ULSBA com o objetivo de sermos considerados profissionais de saúde prioritários no plano de Vacinação contra a COVID-19, como consta no Plano de Prioridades, critério 2 (Resiliência do Estado). No dia 12 de Fevereiro, recebemos a informação da ARSA de que a vacinação para os privados estaria para breve, mas sem datas previstas.
Após 45 dias de espera, voltámos a enviar vários e-mails e fizemos telefonemas para a Administração Regional de Saúde do Alentejo, procurando saber em que fase estaria o processo de vacinação dos profissionais das Entidades de Saúde que representamos; no entanto as respostas foram sempre evasivas e remetidas para o Portal da Saúde.
É necessário ressalvar que estas quatro entidades foram, praticamente, as únicas em consulta diária e presencial em período de pandemia. Será que não merecem mais consideração e respeito por parte das entidades oficiais?
Será que os responsáveis pela saúde na região não reconhecem o papel destas entidades na prestação de cuidados de saúde, por incompetência ou por ignorância? Ou será que haverá outras razões? Ideológicas? Outras?
Consideramos que esta atitude é completamente discriminatória e lesiva da boa harmonia entre prestadores de saúde pública e privada, colocando em risco a saúde dos utentes e tornando-se um problema para a saúde pública.
Assim, permitimo-nos desde já atribuir responsabilidades, éticas e morais, a quem de direito, pela eventual eclosão e possível desenvolvimento de um surto nestas instituições, com consequências imprevisíveis.
Tendo em conta que nos aproximamos do fim da primeira fase de vacinação, e início da segunda, lastimamos que vários grupos profissionais, incluindo farmacêuticos, juízes, professores, etc., estejam já em fase adiantada de vacinação. Quais as normas da DGS que justificam a vacinação destes profissionais em detrimento de profissionais de saúde em contacto direto e diário com doentes?
Deste modo, lamentamos termos de nos dirigir a Vossas Excelências em defesa de um direito constitucional, uma vez que, as normas da DGS sobre prioritários colocam-nos na 1ª fase do Plano de Vacinação (Resiliência do Estado), não discriminando profissionais de saúde públicos ou privados.
Será que Beja tem que pagar o preço da interioridade, sendo sempre nós os últimos dos últimos? Será que o processo de vacinação dos privados está a decorrer de igual forma nas três regiões do Alentejo? E no País?
Atenciosamente,
(ass O Representante, José Barriga, Médico,
Cédula Profissional 27136
Ver notícia no Atual (aqui)
Obrigado, senhor Presidente
16 de Abril de 2021Beja prossegue para a terceira fase de desconfinamento após correção da incidência
Tinha sido anunciado que Beja era um dos sete concelhos que não prosseguia para a terceira fase de desconfinamento devido a “duas avaliações sucessivas em situação de risco”. Mas após a retificação da indicência pela DGS, Beja avança no desconfinamento.
Fonte do ministério da Saúde confirmou à Lusa que Beja vai prosseguir para a terceira fase de desconfinamento, ao contrário do que na quinta-feira foi anunciado, depois de a Direção-Geral da Saúde (DGS) ter retificado a incidência cumulativa da covid-19 a 14 dias por 100 000 habitantes no concelho para o período de 31 de março a 13 de abril de 2021.
“A incidência cumulativa a 14 dias no período referido é assim de 107 casos por 100.000 habitantes”, abaixo do limite dos 120 casos por 100.000 habitantes, informou a DGS.
Julgo que a insistência de Paulo Arsénio junto das diversas entidades terá levado a este resultado. Obrigado, sr. Presidente!
Estado de emergência – o último?
15 de Abril de 2021A Assembleia da República deu luz verde à renovação do Estado de Emergência até ao final do mês, com praticamente todos os partidos a pedir que seja o último. O ministro da Administração Interna concorda, mas tudo depende da evolução da situação nos próximos 15 dias. O Presidente falou ao país para pedir “um último esforço” aos portugueses. O Governo decide esta quinta-feira se o país (ou parte) está em condições de iniciar mais uma fase do plano de desconfinamento
Devo confessar que deixei de prestar atenção aos debates na AR sobre a renovação dos estados de emergência. Confesso que ignoro as conversas a sós que o PR gosta de fazer após aqueles debates. Já não ligo aos mapas diários da DGS. Limito-me a perguntar ” quando é que saímos disto?”
Ningém sabe responder. Entre debates e comunicações oficiais, sei que somos cada vez mais cidadãos atados de pés e mãos. Estamos presos. Até quando? É que, provavelmente, já poucos poderão fazer um último esforço.
Para memória futura
29 de Março de 2021Beja – Mais uma obra
19 de Março de 2021A nova Bandeira Nacional
12 de Março de 2021Inveja
10 de Março de 2021
A inveja é um sentimento muito feio. Mas eu sinto inveja quando vejo imagens de Telavive (Israel), onde cidadãos já vacinados podem frequentar livremente as esplanadas, conviver uns com os outros, ultrapassando a ditadura sanitária que nos está a ser imposta há 1 ano. Desculpem, mas sinto mesmo inveja.