Jun 23 2008

Descubra as diferenças

Publicado por as 8:29 em A minha cidade

A CDU de Beja distribuiu recentemente um boletim que pretende ser uma prestação de contas do trabalho realizado pelo executivo da Câmara Municipal de Beja em 2006 e 2007.
Folheando o boletim, verifico que poucas são as diferenças com o habitual Boletim Municipal: a escolha cromática, as fotografias, o grafismo, o editorial, etc… Nada parece distingui-los. Quase que se poderia dizer que este folheto partidário foi elaborado na CMB. Mas não o digo, pois parece-me, isso sim, que o Boletim Municipal é que é elaborado numa qualquer estrutura do PCP local.
Também não?
Pronto, então são os meus olhos que vêem mal.
Mas não tão mal para perceber que, entre o que foi feito e o que foi prometido, há um enorme fosso.
Um fosso visível na última página deste novo boletim, onde se diz que “estamos a construir A CIDADE E O CONCELHO QUE QUEREMOS“. Assim, em maiúsculas, vermelhas. Para que ninguém se iluda!

Share

18 Resposta a “Descubra as diferenças”

  1. mais um anónimo diz:

    Sem sombra de dúvidas!… Ele é uma mistura de Câmara Municipal com Partido Comunista e uma pitada de Verdes, numa espécie de CDU de Beja cada vez mais pró-Estalinista. Cuidemo-nos.

    A propósito já viram a reportagem da TVBeja sobre o buzinão!?… Olha quem eles são: os tais da espontaneidade!!! Haja paciência… e, by the way, estiveram lá 8 carros. UAU

    http://www.tvbeja.com/index.php?menu=1&vid=1218

  2. pontapé na lógica diz:

    Não sendo eu de Beja, mas considerando-a como “minha 2ª casa”, pergunto-me:

    Mas o que fez o PCP pela cidade nos últimos anos?

    Relativamente ao sector terciário, principal sector de empregabilidade no Alentejo, não souberam fazer por manter serviços públicos na cidade – migraram para Évora com a sua cumplicidade -, nem contribuíram para dinamizar o comércio local – que simplesmente morreu.

    A política de desenvolvimento empresarial resumiu-se à criação de um parque industrial em que nenhuma indústria existe. De resto, um vazio total de ideias, salteado pela apresentação periódica de investimentos fantasma (ultimamente com origem na China), ou pela colagem a ideias e trabalho de outros (como no caso do aeroporto comercial, Alqueva, etc.). Só um mentecapto pode assumir isto como uma estratégia de desenvolvimento.

    Em termos de ordenamento do território, basta entrar em Beja vindos de Castro Verde, e é aquilo que se vê. Quem entra por Aljustrel, não fica melhor impressionado . E o que dizer do impacto estético quando se vem de Serpa…? Há que agradar aos construtores, sabe-se, principais financiadores dos devaneios municipais.

    A política cultural é pobre (em todos os sentidos) e clientelista (em mais sentidos ainda).

    Não souberam, nem sabem, dialogar com as instituições de ensino superior da cidade – verdadeiro, e quase que único, motor de “desenvolvimento” da cidade na última década e meia.

    E o trânsito, meus senhores, o trânsito? A maioria das pessoas das Freguesias e Concelhos limítrofes nem se atreve sequer a passar do “Modelo”, tal a barafunda em que a cidade foi mergulhada por via do genial e criativo planeamento urbano de mobilidade realizado pela autarquia.

    Enquanto capital regional, a influência de Beja finou-se por completo. Beja, hoje, não é exemplo para nada!

    Em suma, Beja é uma cidade a precisar de uma REVOLUÇÃO! Palavra “tão querida”àqueles que eficientemente contribuíram para fazer dela aquilo que é hoje: UMA CIDADE PROVINCIANA, EM QUASE TODOS OS SENTIDOS NEGATIVOS QUE A PALAVRA POSSA CONTER.

    E, meus caros, deixem lá o esfalfado discurso “dos sucessivos governos” que não é ele que explica o aburguesamento preguiçoso e conservador a V. Exªs sucumbiram.

  3. João Espinho diz:

    @mais anónimo – também vi essa reportagem e fartei-me de rir. Boa reportagem é a do Congresso. O tal da pluralidade. É ver as caras que aparecem…

  4. João Espinho diz:

    @pontapé – subscrevo na íntegra. Podiam-se acrescentar mais alguns pormenores. Ficam para depois.

  5. Patricia diz:

    + 1 anónimo: só consegui contar 6 carros!

  6. João Espinho diz:

    @patricia – acho que não chegavam a 20, apesar do Diário do Alentejo falar em várias dezenas.

  7. Hugo diz:

    @pontapé na lógica – também eu subscrevo as suas palavras na totalidade e ao ler a malfadada descrição do que se tem passado na cidade nos últimos anos só se pode concluir que é de propósito, o executivo está a “construir” uma cidade e um concelho tão debilitado que as outras forças politicas terão até medo de pensar em assumir as rédeas da cidade e assim estes “iluminados” que lá estão vão mantendo a sua carreira politica, com todos os benefícios a que isso obriga, que era outro assunto (mordomias dos funcionários da câmara) para mais uma dúzia de linhas.

  8. Sanctum diz:

    sou nascido e crescido em beja. por isso continuo a achar que temos (têm) o que merecemos (merecem). Por isso é que sai. e vejo muitos desses defensores do proletariado aqui em Albufeira.

  9. joão diz:

    Senhor pontapé na lógica, na verdade o seu discurso releva de um grande desconhecimento da realidade e de constantes pontapés na lógica. Senão vejamos: 1- O senhor limita-se a divagar em frases soltas e vagas que querendo dizer muito acabam por não dizer nada ou muito pouco. Vidé”Mas o que fez o PCP pela cidade nos últimos anos?” Isto demonstra má fé ou ignorância; porque, nos últimos anos até se fizeram muitas coisas na cidade. Entre elas poder-lhe-ia mencionar as obras do Pólis, que incidiram em grandes espaços da cidade, numa autêntica renovação urbana e requalificação de espaços públicos, equipamentos culturais, etc… 2-“…não souberam fazer por manter serviços públicos na cidade – migraram para Évora com a sua cumplicidade …” Quem lê este naco de prosa até deve pensar que a deslocalização dos vários serviços públicos da cidade que se verificou na última década teve a ver com governos da CDU. Foram os governos do PS e do PSD, sectores políticos onde o senhor, com toda a lógica, se deve movimentar, que trataram de desviar para Èvora esses serviços públicos, com a conivência dos deputados e líderes regionais dos respectivos partidos. Dizer-se que teve a cumplicidade da CDU ou do PCP, para além de ser uma mentira é acima de tudo uma calúnia… 3- Acerca do desenvolvimento e da criação de empresas, penso que essa ideia tola de que cabe às autarquias criar empresas ou substituir-se á iniciativa privada, demonstra um desconhecimento atroz da realidade empresarial bejense, da tradição empresarial, da capacidade empresarial da classe em Beja. Mas afinal o senhor deve ser apologista do liberalismo económico e da tese que o mercado resolve as coisas…e que ao estado cabe apenas aquelas coisas que dão chatisses e não dão lucros. Agora quer que a câmara faça o trabalho que os incipientes empresários locais não fazem porque não sabem ou não querem?????? Acha que a câmara não deve apoiar e fazer força para que os chamados projectos estruturantes vinguem???? Acha que a câmara tem culpa do parque industrial ou empresarial estar ás moscas? Não é isso revelador da inércia dos empresários bejenses? 4- Acerca do ordenamento do território não concretiza nada, deixa tudo subentendido, vago, difuso, concretize para lhe responder á letra!!!!!5- Acerca do trânsito acho que lhe fazia falta conhecer os problemas de trânsito de outras cidades. Tudo aquilo que diz são lugares comuns, ideias soltas. Sabe que o problema do trânsito em Beja tem mais a ver com questões de cidadania e do uso racional do carro do que outra coisa????? O preço dos combustiveis vai, alterar isso. Pode deixar…. 6 -Há muita coisa a criticar no trabalho autárquico. É pena que o desconhecimento dos problemas o leve a não saber pegar nas verdadeiras questões e lançar apenas umas bocas sem crédito. Perdeu uma excelente oportunidade de criticar com conhecimento e apresentando propostas, mas isso dá trabalho. Por isso, perdeu, em minha opinião, uma excelente oportunidade de estar calado….

    nota do editor do blog: para que conste, este/a que aqui assina joão, é o mesmo que noutro local assina pedro, mas que a gente sabe que é a voz do dono, isto é, do Município bejense. A esquizofrenia ataca os mais desprevenidos.

  10. franciscus diz:

    @ joão diz
    Para mim a melhor parte da letra ( ó q saudade) é aquela em que diz: “perdeu uma excelente oportunidade de ESTAR CALADO… porra, há sempre aqueles teimosos q ….. …

  11. pontapé na lógica diz:

    @ joão

    Para quem me acusa de não concretizar, deixe que lhe diga que é muito pouco referenciar unicamente as torpes obras do Pólis como grande feito da edilidade comunista de Beja na última década. Obras essas que, aliás, deveriam ser motivo de vergonha e não de regozijo (e agora não concretizo, só para o irritar).

    É evidente que não me quero dar ao trabalho de aprofundar as questões abordadas. E sabe porquê? Porque realmente dá trabalho e ninguém me paga para o fazer por outros (em que você, pela veemência com que defende a causa, sem utilizar parágrafos nem nada, eventualmente, se inclui). Limito-me, conscientemente, a fazer uma apreciação “assim ao de leve”, sem recorrer a bibliografia da especialidade, analisando a coisa apenas na óptica do cidadão/contribuinte/utilizador com olhos na cara. Mas, mesmo analisando a coisa “assim ao de leve”, uma coisa lhe afianço: a estroinice em Beja é tão grande e dura há tanto tempo que nem é necessário “escarafunchar” muito para que o “podre” apareça.

    E para concluir, porque você resolveu ligar outra vez a cassete, repito-me: «E, meus caros, deixem lá o esfalfado discurso “dos sucessivos governos” que não é ele que explica o aburguesamento preguiçoso e conservador a que V. Exªs sucumbiram.»

    PS – E acredite que digo o que digo cheio de tristeza. Ver Beja definhar às mãos de incompetentes – Sejam os de Lisboa, sejam aqueles que você tão ligeiramente defende – enche-me de mágoa.

  12. pedro diz:

    Afinal, esperava uma resposta substantiva áquilo que afirmei. Ficou-se pela vacuidade e pela crítica á pretensa ausência de parágrafos…É pouco ou quase nada para quem se apresenta como o demolidor implacável da autarquia….Acerca das obras do Pólis, apenas as designa de “torpes”. Menos que pouco: zero, é quanto vale a sua afirmação.Vamos discutir projecto a projecto. Não em termos políticos mas sim históricos,arquitectónicos e urbanisticos. Aceita o desafio? Para quem se arroga o conhecimento da cidade, afirmar que nos últimos dez anos apenas se fez o Pólis é uma tremenda ignorância ou uma premeditada má fé. Posso-lhe dar algumas dezenas de projectos e obras. Se me perguntar se concordo com as opcões que estão a ser feitas, digo-lhe que não concordo. Mas em muito mais desacordo estou com as que não se concretizam . Não estou nada, mesmo nada, satisfeito. Agora não confundo uma crítica séria e despida de preconceitos com um ramalhete de vulgaridades…Apenas uma questão de método. Acerca do bolsar do autor do blogue não me pronuncio porque a resposta não foi para ele e nem estou interessado em discutir o que quer que seja com ele…

  13. João Espinho diz:

    @pedro/joão/voz do dono – obviamente que você comigo não discute pois comigo não discute quem quer. Os seus comentários não se desviam um grau daquilo que é normal a quem trabalha nessa casa: admitem que nem tudo é perfeito na obra feita, mas cobardemente são incapazes de dar a cara e apontar o que está mal feito. É uma forma de estar na vida, essa, de ser anónimo e cobarde e incapaz de assinar o que se escreve ou diz. Uma questão de sobrevivência? Não o creio, até porque aí nessa casa nunca se saneou qualquer funcionário que não fosse da cor e que o manifestasse publicamente. Sabe disso, não sabe?
    Continue lá então a discutir as suas ideias jurássicas sobre a cidade que a malta aplaude e até pode ser que lhe venham a por o nome numa rua da aldeia.

    (nota: aqui só vem quem quer; obviamente que também só entra quem eu quero. entendidos?)

  14. pontapé na lógica diz:

    @João Pedro
    Apresento-me como cidadão/contribuinte/utilizador. Apenas isso! E repito: “É evidente que não me quero dar ao trabalho de aprofundar as questões abordadas. E sabe porquê? Porque realmente dá trabalho e ninguém me paga para o fazer por outros”.

    Mas, pelos vistos, a si há que lho pague. Diz você: “Posso-lhe dar algumas dezenas de projectos e obras”.

    Então se pode, força! Preencha os espaços em branco com as dezenas de projectos e obras a que se refere e elucide-nos acerca dos grandes feitos do município bejense:

    – Habitação:
    – Estímulo ao desenvolvimento empresarial:
    – Ordenamento do território:
    – Cultura e desporto:
    – Planeamento urbano e mobilidade:
    – Património:
    – Educação:
    – Acção Social:
    – Modernização e qualidade dos serviços municipais:
    – Turismo:
    – Juventude:
    – Saúde:
    – …

    Força, mas veja lá não se espalhe…

  15. pedro diz:

    Se vc não quer discutir porque lhe dá muito trabalho, também não me vou dar ao trabalho de lhe fazer o trabalho de casa. Acerca do sujeito que vomita qualquer coisa aí acima, não lhe respondo.

  16. João Espinho diz:

    @pedro – então vá lá, porte-se bem. Eu sei que você até está habituado às mordaças e a fazer calar quem não concorda com as suas cores. Sei que prefere cães de fila a gado rabujento. Mas faça lá um esforço, pegue no boletim de propaganda que o PCP editou recentemente para falar da obra feita dos seus patrões, vá até à última página e diga-me, com sinceridade: aquilo é um programa eleitoral, é um novo estilo de linguagem dos comunistas bejenses ou é um rol de vulgaridades para continuar a enganar os bejenses?
    Pronto, já vomitei mais um bocadinho e desculpe lá se lhe sujei o cartão que traz no bolso.

  17. pontapé na lógica diz:

    Não esperava outra coisa que não o seu silêncio. Cá na terra, os seus, também são como vossemecê – obtusos!

  18. Praça da República » Conversas da treta diz:

    […] propósito do boletim que aqui refiro, leia-se a última página e tente-se perceber do que se trata. É um programa eleitoral? É […]

Deixe Uma Resposta