Resultados da procura de "ciganos"

Out 15 2017

Beja e a integração de ciganos

Publicado por em A minha cidade

foto: Público

Escreve leitor/a:

“É importante que de forma clara, se avalie o ponto de partida e herança deixada neste e noutros municípios, bem assim como na CIMBAL, e ainda noutros órgãos que agora vêem novas direcções tomarem posse, tal e como por exemplo na Cáritas Diocesana de Beja. É importante auditar contas de forma séria. Ainda no que se refere à Câmara de Beja na auditoria a efectuar, deve auditar-se as contas da área social e de toda a relação com o Bairro das pedreiras, tentar compreender o que nunca foi pago, tal como a água e porquê???

A gestão desse espaço e da relação com a comunidade cigana que tomou conta da cidade de Beja (onde ainda esta semana chegaram a acampar em pleno parque de merendas), é algo que muitos aguardam com enorme expectativa. Pois para haver direitos tem de haver deveres. A área social do anterior executivo nada fez neste domínio, aliás deixou atrair para Beja centenas de pessoas de etnia cigana, sem um mínimo de condições, a viverem num gueto, contrariando qualquer gestão moderna neste domínio de integração e acompanhamento real pela área social, onde a Segurança social é conivente e também tem fechado os olhos!

Outra das expectativas é a de qual será a postura do novo presidente, se a de um mero presidente de concelho, ou se a de um presidente de uma capital de Distrito, o que não é a mesma coisa!

Todos esperam pela segunda opção, para a qual importa um grande trabalho em rede, de articulação, visão e estratégia

Assim, os interesses instalados e dependências politico-partidárias e outras, assim o permitam!

Um voto de confiança para o Paulo Arsénio, e para a difícil missão de unir todo o concelho e distrito e de iniciar um novo ciclo de Desenvolvimento, há muitos anos aguardado!”

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Ago 09 2017

Ciganos – uma jogada de mestre

Beja – Vinte famílias ciganas foram notificadas para abandonar o local onde se encontram, caso contrário estarão sujeitas a uma “intervenção coerciva”.

O Bloco de Esquerda já veio a público acusar a autarquia de praticar “actos de discriminação contra a comunidade cigana”, intimando-as a levantarem as tendas até 10 de Agosto.

Vamos por partes.
Houve um tempo em que o PCP gostava da comunidade cigana (dariam alguns votos?) tendo sido num mandato comunista (2000) que foi criado um parque nómada, que se transformou em Bairro das Pedreiras, onde foram alojadas várias dezenas de famílias de etnia cigana.
Os anos foram correndo e o Bairro foi crescendo. Dizem que hoje é um gueto.
João Rocha assumiu a presidência da Câmara em 2013 e, desde então, desconhece-se que o autarca tenha tomado alguma medida para aliviar a carga negativa com que é visto o referido Bairro.
Chegados a 2017, e quando falta pouco mais de um mês para as eleições autárquicas, João Rocha determina que algumas dessas famílias devem “levantar tenda”.
Ora bem: JR, que já cá anda há muitos anos e dificilmente se deixa enrolar, arriscou uma jogada de mestre, dando a entender que quer limpar o Bairro ou, in extremis, “limpar a cidade”. Pura ilusão.

JR precisa de votos e sabe onde é que os pode ir buscar. Sendo Beja uma sociedade muito conservadora, é precisamente no eleitorado mais conservador (não politicamente) que JR quer entrar. Ouviremos dizer “finalmente alguém a acabar com esta pouca vergonha”. E na hora de decidir onde colocar a cruzinha, esta “limpeza” pode pesar.
João Rocha já terá percebido que as festas e foguetes não lhe vão aumentar a votação. Assim, é preciso ir buscar votos onde eles são improváveis.
Parece uma jogada de alto risco mas, estou em crer, nada vai acontecer. Tudo continuará na mesma e, na cabeça de alguns bejenses, ficará porém a ideia de ter havido uma efectiva intenção de expulsar famílias ciganas do Bairro das Pedreiras.
Amanhã cá estaremos para ver como se vão desenrolar os acontecimentos.

foto: Jornal Público

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Nov 28 2016

Beja e os ciganos

Publicado por em A minha cidade

beja-seculo-21.jpg
foto: joão espinho

O tema é antigo. Basta dar uma olhadela ao que aqui se escreveu.

Agora, Carlos Dias no Público: Comunidade cigana de Beja constrói barracas para ter acesso ao RSI

A integração das minorias étnicas no Alentejo continua a revelar-se dolorosa. Persiste o desfasamento entre objectivos e regras sociais que as instituições públicas pretendem aplicar e os valores e modos de vida das famílias ciganas.

Leia aqui o artigo.

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Jul 14 2011

Correio do leitor – Ainda sobre os ciganos

Publicado por em A minha cidade

De leitora identificada, recebi a sequinte missiva:

“Hoje li isto, através do PRAÇA DA REPUBLICA e inevitavelmente pensei: “Ninguém quer os ciganos…”

“Só prejudicam a aprendizagem e o trabalho dos professores.” “Deveriam ser todos banidos. Não são educados.” “Não cumprem as regras.” “Não os queremos aqui.”

Estas devem ser algumas das frases que povoam as cabeças dos executivos que estão à frente dos agrupamentos escolares bejenses.
Pois é, mas fazer-lhes o quê??
Eu trabalho todos os dias com ciganos e para ciganos. E muitos pensam: Coitada!. Mas não pensem.
Os ciganos têm e precisam de ser trabalhados. A forma como o nosso sistema os tenta integrar é que não é a correta.
Continuamos a dar-lhe o Rendimento Social de Inserção (R.S.I.), quando na grande maioria dos casos eles têm um “mercado paralelo” que lhes dá rendimento, e o sistema não faz nada.
Queremos que os ciganos trabalhem, mas eles têm incutido que se trabalharem não recebem o R.S.I..
Queremos tê-los na escola, integra-los, incluí-los, mas esquecemos que na cultura deles a escola só faz falta para saber ler, e para ter o Rendimento. Por isso é necessário trabalhar com as familias, perceber que devido ao seu contexto sócio-cultural, os seus ritmos de aprendizagem e a sua conceção de escola é diferente da dos miúdos “lacorrilhos” (terminologia romani para os não-ciganos). São precisos técnicos e uma(s) equipa(s), não muito numerosas, poucos mas eficientes, para trabalhar no terreno.
Onde estão os técnicos? Não há. O sistema não tem. Não há dinheiro.

Por natureza, o cigano não gosta das nossas regras, aliás, quando as percebem, a primeira coisa que fazem é pensar na melhor forma de não as cumprir sem serem sancionados.
Por natureza, o cigano tem as suas regras, as suas leis. São muito próprias, são rigorosamente cumpridas.
Aquilo que para nós é falta de educação, para eles é normal.
Mudá-los e educá-los é o que todos nós gostaríamos. Torná-los mais parecidos a nós.
Se os tornarmos parecidos a nós, eles desaparecem. E esse é o desejo de tanta gente.

Eu acredito, e perdoem-me os executivos das escolas, que podemos educar na diferença. Mas é claro que a escola precisa de ajuda. A escola precisa de técnicos a trabalhar na integração. Infelizmente temos em Portugal uma escola muito mal tratada pelo Governo.
Não faz mal se tivermos uma turma só de ciganos, se o(a) professor(a) tiver a sensibilidade para trabalhar com eles, se também houver atividades em que esses meninos são incluidos com outros meninos lacorrilhos, se trabalharmos diariamente com os pais, se conseguirmos proporcionar um espaço lúdico-pedagógico para eles extra horário escolar, mesmo que tenhamos que estudar estudo do meio em cima de uma mesa de plástico de esplanada à porta deles no Bairro das Pedreiras, ou ensinar a subtração com o rosmaninho que nasce selvagem no campo.

Os resultados, nunca se verão de um dia para o outro. Mas vão acabar por acontecer.
É preciso vontade e interação entre entidades. Não são precisos muitos técnicos, mas os que estão têm que ser bons e com vontade de ferro, porque têm que ser capazes de fazer milagres. E em Beja há técnicos capazes de fazer milagres. Eu sei que há. Provavelmente o que pode não estar bem, é a comunicação e a interação entre entidades.

O problema é muito mais profundo do que distribuir ou concentrar os meninos em Santa Maria, agrupamento muito bem ministrado até agora (infelizmente), pela Prof.ª Domingas Velez, a quem tiro o chapéu. O problema, é o que fazer com eles. Os professores estão fartos deles, os funcionários já não os podem ver, os pais dos meninos querem é distância.
Parece-me um problema social.
É preciso um plano urgente de ação face a este problema. De várias entidades concertadas entre si, com uma equipa a trabalhar. Avaliar o trabalho feito e adaptar novos métodos.
Os ciganos têm que trabalhar. Têm que ser formados com as nossas regras, as nossas leis e os nossos principios, mas com respeito máximo pelo seu modo de vida.
Se para os ensinarmos a escrever temos que perceber melhor a realidade deles, então façamo-lo. Para isto é preciso vontade. É preciso haver quem queira desempenhar este papel, desembainhar a espada e travar esta luta. Não é uma luta contra os ciganos. Mas sim uma luta contra o verdadeiro problema.
Enquanto estiverem só a tratar das consequências, nunca agirão nas causas.”

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Nov 22 2010

Sapos, ciganos e católicos

Publicado por em A minha cidade


foto: joão espinho

Leio as conclusões do 37.º Encontro Nacional da Pastoral dos Ciganos, realizado em Beja, e várias questões me surgem:
– Por que razão têm fracassado as políticas de integração da comunidade cigana?
– Este fracasso deve-se unicamente à intolerância, desconfiança e segregação por parte de algumas comunidades católicas ou é a sociedade em geral que não quer/não sabe integrar esta minoria étnica?

Para discussão.

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Dez 29 2006

MERCADO DOS CIGANOS/FEIRANTES

Publicado por em A minha cidade

mercambulantebeja.jpg
foto: joão espinho

Já por diversas vezes o assunto foi aqui abordado.
Informa agora a Câmara M. de Beja que “no decurso do mês de Janeiro procederá ao encerramento do mercado de venda ambulante, provisoriamente a funcionar nas imediações do Parque de Campismo. A venda ambulante passará a efectuar-se em local a designar oportunamente pela autarquia.”

Será que é desta que se encontra uma solução? Será que os feirantes e ciganos irão novamante mostrar a sua força às portas dos Paços do Concelho (como já o fizeram anteriormente) ? O PS não quer lançar um concurso de ideias para o mercado de venda ambulante?
Ficamos à espera para ver de que cor é o coelho que a CMB vai tirar da cartola.

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Jan 31 2006

O MERCADO DOS CIGANOS

Publicado por em A minha cidade

Há tempos escrevi o post PIOR QUE ERRAR, que mereceu as habituais críticas de quem só vê o que o dono lhe manda ver.
Também durante a campanha para as eleições autárquicas de Outubro passado, o candidato do PSD apresentou uma solução para a localização da “feira dos ciganos” – o Parque de Feiras e Exposições.
Estarão recordados da reacção dos candidatos da CDU, assim como das vozes do PCP que se levantaram contra esta proposta. Recordam-se?
Pois bem.
Perante a pressão dos feirantes, que foram recebidos pelo Presidente da Câmara, qual foi a decisão do executivo camarário? São capazes de adivinhar?

Então, tomem nota: a partir do próximo Sábado, e com periodicidade semanal, a Feira dos Ciganos estará no Parque de Feiras e Exposições de Beja.
Apesar de o vereador Ramalho (PCP) ter dito que uma decisão do executivo camarário (alteração de periodicidade) só poderia ser alterada por uma outra decisão desse órgão. Foi isso que aconteceu?
Cá me parece que o executivo quis sacudir a água do capote e chutou para canto.
A bem das pessoas, pois claro!

mercambulante.jpg
(actual recinto do mercado ambulante) – foto: joão espinho

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Ago 23 2023

A agenda de Paulo Arsénio

A procura de soluções para o Bairro das Pedreiras trouxe, ontem, à cidade de Beja, Ana Catarina Mendes, Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Marina Gonçalves, Ministra da Habitação, Isabel Rodrigues, Secretária de Estado da Igualdade e Migrações, e ainda, António Leite, Secretário de Estado da Educação. (ler aqui)
De acordo com a Ministra Ana Catarina Mendes, uma das principais responsáveis pela escolha de Arsénio na sua primeira candidatura À CMB, o presidente da Câmara de Beja não esteve presente por motivos de agenda. Já se percebeu que Arsénio evoca a agenda sempre que se quer manter longe de um evento. Curiosamente, por coincidência ou não, só a agenda de Arsénio pode esclarecer, foi publicado ontem um artigo no “Público” onde se pode ler que “o autarca de Beja critica visitas de membros do Governo às famílias ciganas:

Há em Paulo Arsénio uma agenda semi-oculta, que lhe provoca algumas indecisões. Por um lado ele precisa dos votos da comunidade cigana. Mas deve ter percebido que pode conquistar mais votos no sector liderado pelo partido do Ventura, a que se somam os daqueles que, habituados a votar em “ciganos”, não querem saber de “integração social” e odeiam a minoria étnica.
A agenda eleitoral de Arsénio irá ser, garanto-vos, uma caixa de surpresas. Sem ideias para o concelho, fará tudo para ir às migalhas que lhe possam garantir a reeleição (caso não haja surpresas).
Entretanto, com ou sem ciganos, a cidade vai morrendo. Resta saber quem dará a machadada final.

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Abr 17 2023

Pedro Mafama junta cante alentejano e música cigana

“Estrada” é o título da nova canção de Pedro Mafama, artista apaixonado pelo cante alentejano que une, nesta sua mais recente criação, esta forma de expressão musical com as sonoridades de raiz cigana, através das prestações musicais do Grupo Coral do Sindicato dos Mineiros de Aljustrel e dos Ciganos d’Ouro. Carlos Marçalo, mineiro cantador, mostra-se agradado com a participação do grupo nesta experiência musical e com o resultado final, considerando, contudo, que o cante alentejano genuíno “tem de ser ouvido tal como ele é”, cantado a cappella.

Leia aqui um interessante artigo de José Serrano.
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Quero deixar aqui uma nota. Quando ouvi a canção pela primeira vez, estranhei. Depois voltei a ela, uma, duas, tantas vezes, que fiquei “agarrado”.
E pensei, não tarda que as gentes da região comecem a desancar neste projecto. Li alguns comentários nas redes sociais que confirmam os meus receios.
Agarrados às tradições, não percebem como o cante alentejano é rico, podendo adaptar-se, evoluir, revolucionar.
Mas tem sido sempre assim.
Recordo-me quando apareceu Mísia e a adjectivaram disto e mais aquilo, não sei se não lhe terão chamado “traidora do fado”. Para que conste, tenho uma boa meia dúzia de cd’s de Mísia, que regularmente ecoam no meu palácio. É reconhecida lá fora e, parece-me, quase ignorada no nosso país.
Querem outro exemplo? Rosalía. Começou por somar ao tradicional flamenco a música pop(ular) urbana. Sofreu as mais injustas críticas. Veja-se onde ela está hoje.
Por cá temos vários exemplos dos que tentam adicionar algo de novo à música tradicional . E eu gosto. Gosto especialmente de ouvir o cante alentejano, ou o fado, a derrubarem muros.

Ouçam o hino:

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Ago 29 2018

Alguém sabe explicar isto?

Publicado por em A minha cidade

A notícia tem um título apelativo: Beja recebe 50 refugiados da Eritreia

Pensei: a minha cidade a perder preconceitos, a adoptar políticas de integração e a olhar para um drama cada vez maior. Apesar de em Beja termos um caso de acentuado insucesso no que respeita a integração, vidé o caso dos ciganos e do Bairro das Pedreiras, julguei que se tivesse encontrado uma forma minimamente eficiente de acolher refugiados e de os integrar na nossa sociedade (fechada e preconceituosa).
Fui ler a notícia e tive uma enorme desilusão. Os refugiados vão para o Regimento de Infantaria e, ao que tudo indica, dali partirão para serem explorados em campos agrícolas.
Depois lê-se e não se acredita: “Em Beja, vai ser a Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) que vai gerir a operação.” Porém, o responsável da CVP diz ” não estar autorizado a falar sobre o assunto, confirmando apenas que a delegação de Beja foi convidada a participar na operação.” Ponto final!

Uma questão: qual é o envolvimento da Câmara Municipal de Beja neste suposto programa de integração? Que acções estão previstas pelo executivo municipal?
Leia a notícia aqui.

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Ago 25 2017

Trapalhadas

Publicado por em Autárquicas 2017

André Ventura, candidato do PSD à Câmara Municipal de Loures, disse o que se sabe sobre os ciganos. Também se sabe o que PS, PCP e BE disseram de André Ventura. O CDS rompeu a coligação/apoio ao candidato.
André Ventura e o PSD ficaram sózinhos.
Sózinhos?
Não!

A candidata socialista admite coligar-se a André Ventura e ao PSD. Disse a camarada socialista: “Acho que o André Ventura pode dar um bom vereador“. Obviamente que este jogo de cintura provocou reacções no próprio PS. O Bloco diz que a socialista leva a direita ao colo. O CDS questiona se António Costa não deveria retirar o apoio à candidata socialista.
Perante este pequeno tsunami em Loures, a candidata Sónia Paixão escreveu um “esclarecimento” na sua página do Facebook a garantir que afinal não pretende fazer qualquer coligação com André Ventura. E disse: “O título da notícia do Observador é abusivo na medida em que nunca expressei essa intenção”.

É uma táctica conhecida: quando tudo o resto falha, culpam-se os jornalistas. Mas não há abuso nenhum, nem equívoco: a candidata do PS disse mesmo aquilo.
Pronto!
Pronto? Não! Também o PCP, pela voz de Bernardino Soares, admite coligar-se com um “fascista”, “racista” e “xenófobo.
É a merda a que chegámos, onde deixou de haver coluna vertebral e a cintura baila ao sabor dos ventos.
Não se admirem quando o povo virar definitivamente as costas às urnas de voto.

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Ago 10 2017

Pós-verdade

Escrevia eu ontem aqui: “Parece uma jogada de alto risco mas, estou em crer, nada vai acontecer. Tudo continuará na mesma”
Será este um exemplo de pós-verdade criado por JR e pelos seus seguidores?

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