Ago 02 2021

As fake news de Paulo Arsénio

Publicado por as 11:30 em A minha cidade

NOTA: Este post foi escrito em 22 de Maio de 2019. Nunca o publiquei. Faço-o agora. Sem acrescentar uma linha.

A propósito dos festejos de adeptos de um clube, no passado fim de semana, junto à estátua do Bandeirante, em Beja, o Presidente da Câmara fez um extenso post, como é seu hábito, na sua página pessoal do Facebook.
Paulo Arsénio deu-lhe o título: As “fake news” das redes sociais. E falou sobre boatos postos a circular naquela rede social, que o davam como responsável pelo corte das ruas de acesso ao Bandeirante. Estes boatos, que calculo tenham sido feitos em comentários no FB, são Fake News para Paulo Arsénio.
Deve haver alguma confusão nos espíritos sobre as tais fake news.

É que, após algumas buscas, não encontrei nenhum grupo organizado, não encontrei qualquer notícia, que pudesse ser amplificada nas redes sociais, que visassem a actuação do Presidente (ou respectivo executivo), que se referissem, minimamente, ao que é relatado no post presidencial. Não sei se alguém fez um post a dizer “o presidente mandou cortar o trânsito…..”. Se alguém o fez, e está identificado, deve ser denunciado por tal. Porém, se a coisa apareceu num comentário do estilo “foi o tipo, que é do Sporting, que mandou encerrar as ruas…”, não é uma fake new, é uma mentira, é uma tentativa de criar boato para atingir o presidente. Há séculos que há boatos. Em Beja poderia ter sido à mesa do café, numa banca do mercado ou, noutros tempos, na meia-laranja, fonte de zuns-zuns e intrigas, algumas bem desagradáveis. Agora confunde-se a quadrilhice com fake news, confundindo-se a árvore com a floresta.
Neste caso alguns ainda tiveram a humildade de pedir desculpas. Nas fake news ninguém pede desculpas. As notícias falsas nascem de grupos organizados, com objectivos bem definidos. Os criadores de fake news, e Portugal já conhece alguns, pretendem influenciar resultados eleitorais, derrubar governos, branquear crimes e irregularidades.
Paulo Arsénio, repito-o, anda a alimentar o Facebook com as suas constantes e extensas investidas, sem que se percebam as razões da exaustiva utilização desta ferramenta para falar disto ou daquilo.
Eu quase diria que, sem Facebook, Paulo Arsénio não existiria.
Fica a questão: sem Facebook Paulo Arsénio teria chegado a presidente de câmara?

Share

2 Resposta a “As fake news de Paulo Arsénio”

  1. Dolmancé diz:

    Mas eu estive lá e estava fechado ao trânsito.
    Quem deu ordem para fechar isso não sei.
    Mas por acaso até achei bem estar fechado; assim deu para estar lá com o meu pequeno, um pouco mais seguro, sem o perigo dos “aceleras”, que já se si são um perigo e depois com umas “bejecas” à mistura ainda mais perigosos se tornam.
    Agora o facto de concordar estar fechado ou não são opiniões e a minha é de que é melhor fechar.
    A malta vai a pé e festeja com mais segurança.
    Carrega Benfica! (sempre com fair-play, Espinho :))

  2. João Espinho diz:

    @dolmancé – aberto ou fechado, deu para um se desencaliptrar do Bandeirante.

Deixe Uma Resposta