Abr 17 2019
Oportunismo?
Apresentada pela CDU, a Assembleia Intermunicipal da CIMBAL aprovou dia 15/4 uma moção de solidariedade com o povo francês.
Por curiosidade, fui procurar no sítio da CIMBAL a moção de solidariedade com o povo moçambicano, por ocasião da catástrofe provocada pela passagem do ciclone Idai.
Procurei mas não encontrei. Alguém me pode dizer quando foi aprovada e por que força política foi apresentada? Obrigado.
17 de Abril de 2019 às 10:30
Gigantesca hipocrisia da CIMBAL e em particular do município de Beja. O nosso património, não é cuidado, deixando tudo abandono ou à sua sorte, e agora anda todo o mundo, incluído os municípios de uma das regiões mais pobres de Europa, preocupada com a catedral da cidade mais cara da Europa?
É estupidez pura!
19 de Abril de 2019 às 19:20
A Assembleia Intermunicipal da CIMBAL é constituída por 32 deputados de 13 municípios e de vários partidos, eleitos por voto secreto de entre os membros das Assembleias Municipais de cada um dos 13 concelhos que integram a CIMBAL.
Beja tem 4 deputados (2 do PS e 2 da CDU), Moura tem 4 deputados (2 do PS e 2 da CDU) e Serpa tem 4 deputados (2 da CDU, 1 do PS e 1 do PSD/CDS). Os restantes 10 municípios tem 2 deputados cada.
Foram eles que discutiram e aprovaram o conteúdo da dita moção, não sei se por unanimidade ou se por maioria, e não vou sequer discutir a oportunidade ou não da mesma.
Escrever-se aqui – como fez o Mais Beja – “o município de Beja” e “os municípios” como se fossem os municípios que tivessem votado a moção, é de quem não faz a menor ideia de quais são e de como funcionam os órgãos da CIMBAL e apenas se lembrou de mandar uma posta de pescada sem verificar antes o que ia escrever.
“Os municípios” votam sim mas no Conselho Intermunicipal através dos Presidentes de Câmara ou de quem legalmente os substitui nas reuniões mensais. Não nas Assembleias Intermunicipais.
Quantos à atenção a ter com o património e a sua preservação, compete ao Estado, às Câmaras Municipais, às Dioceses, às Misericórdias e demais proprietários zelarem pela conservação e manutenção daquele que lhes pertence ou que está à sua guarda.
Geralmente estas entidades fazem recuperação de património quando há fontes de financiamento (vulgo candidaturas) que o possibilitem devido aos custos muito elevados associados a estas intervenções.
Votos de uma Excelente Páscoa a todos os leitores do “Praça da República”.
20 de Abril de 2019 às 13:15
Luís, na imagem com texto que dá início a esta publicação surge o nome dos municípios que manifestam “a sua profunda solidariedade (…) Notre-Dame, em Paris”. Como tal, deduzo que foram os municípios mencionados.
Você diz: “Escrever-se aqui – como fez o Mais Beja – “o município de Beja” e “os municípios” como se fossem os municípios que tivessem votado a moção, é de quem não faz a menor ideia de quais são e de como funcionam os órgãos da CIMBAL”. Os deputados representaram quem? A associação de dadores de sangue? Ou a circunscrição territorial em que exerce a jurisdição?
Já que está tão preocupado, consegue arranjar a ata da reunião?
Relativamente à sua defesa em relação à CIMBAL, quer que lhe explique a atitude e todos os episódios da CIMBAL nos últimos anos face ao Museu Regional de Beja e ao estado deplorável em que chegou o edifício? Daí o meu comentário de “gigantesca hipocrisia da CIMBAL”.
Desculpas para as ruas andarem sujas, as estradas com buracos, prédios a cair, monumentos degradados, todos arranjam. Mas os políticos, presidentes de câmara, vereadores, oposição, presidentes de junta de freguesia, deputados de assembleias, etc, são eleitos e pagos para resolverem os problemas, não para arranjarem desculpas para não fazerem. Mais, quando vou a outras cidades do país, os monumentos estão reabilitados e abertos ao público. Porque na cidade que amo isso não acontece?
A culpa é dos outros. Nunca nossa, certo?