Mar 03 2018

Beja – algo está a mudar (2)

Publicado por as 18:54 em A minha cidade


Continuação do que aqui escrevi.

Durante a campanha eleitoral autárquica de Outubro passado, foi através das redes sociais que começámos a perceber que algo ia mudar.
O desastre da recandidatura de João Rocha estava bem espelhado na forma como os seus apoiantes comunicavam (ou tentavam comunicar) nas redes sociais. Tendo a Rádio Voz da Planície como único suporte e apoio nos órgãos de comunicação social, o Facebook foi a ferramenta que os comunistas encontraram para tentar inverter aquilo que era já evidente: a derrota nas urnas.
Desconheço se João Rocha usava aquela rede para comunicar. Mas assisti a “brilhantes” prestações de Vítor Picado, o rosto do regime que iria sucumbir nas eleições. Para mostrar “a obra feita”, Picado exultava nas suas prestações na rede. Reagia demonstrando a tal obra, ou com as que desejava vir a fazer caso o PCP ganhasse as eleições. Valeu tudo.
Os socialistas e seus simpatizantes também se serviram do Facebook, não para defender a sua candidatura mas para atacar o outro lado da barricada. Recordam-se do nível a que desceu o debate/comentários na página do Beja Merece+? Ali não houve inocentes, mas percebeu-se como o PCP precisava daquilo como pão para boca faminta.
Passado o acto eleitoral, sabíamos ( eu previ-o aqui) que Picado iria ser o rosto da oposição ao executivo socialista de Paulo Arsénio. Vítor Picado não recolheu lições da derrota. Mas não está sozinho. Juntaram-se-lhe outros descontentes, como Vítor Paixão e um arqueólogo (não sei o nome), ambos derrotados em Outubro. Usam o Facebook como único meio de comunicação.*
Depois há os habituais e veteranos anónimos dos blogs. Wolf’s e Cª., medrosos e merdosos, não dão a cara. Deixaram de dizer que seria nas reuniões de Câmara ou na Assembleia Municipal, os locais indicados para fazer perguntas ou criticar o Presidente de Câmara.
Mudaram o discurso mas a cegueira permanece. Não percebem que algo está a mudar em Beja.
Uma última linha sobre este assunto: Paulo Arsénio também percebeu que utilizar o Facebook poderia ser uma das formas para anular ou contradizer as críticas da CDU/PCP. Duvido que seja a melhor ferramenta, mas é, seguramente, aquela que faz mais ressonância na opinião pública. Enquanto não aparece “obra feita”, é nas redes sociais que vamos tentando perceber quais as intenções do governo da cidade. E é este comportamento informacional que me leva a dizer que algo está a mudar em Beja.
Para onde vamos? Não sei. Ainda é cedo para esboçar uma resposta.

* Há mais, há mais.

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