Mai 10 2017
Um chapadão nas trombas da saloiada
Escreve Nanã Sousa Dias:
“Portugal no Festival da Anglovisão!!!!
Parabéns, Salvador, Luísa e restante equipa técnica! Obrigado por manterem Portugal fora da saloiada que é este Festival da Anglovisão!
Desculpem lá mas foi o maior chapadão nas trombas desta saloiada europeia, que vi nos últimos anos!!!!!
18 canções de vários países europeus, das quais, 17 foram cantadas em inglês e apenas uma na língua-mãe, a canção portuguesa!!!!! E porquê? Porque a canção/interpretação, da canção portuguesa, são tão boas que dispensam qualquer truque/facécia/falácia, para a trazer para a ribalta. Aliás, foi a única canção cantada na língua-mãe, apesar de todos sabermos que a língua portuguesa não é fácil de assimilar pelos nossos “compadres” europeus.
Não sei quem foi o responsável pela cenografia mas, dou-lhe os meus parabéns por ter percebido que a canção é de tal modo forte, de bom gosto e parcimónia, que não necessitava de truques nenhuns de luminotécnica, para sobressair! Muito obrigado por terem mantido a coisa suficientemente discreta!
Quanto ao resto, achei alguma piada ao facto de 94,4% das canções terem sido cantadas em inglês, língua que, muito provavelmente, vai deixar de ser representada na União Europeia, muito brevemente. Portugal foi o único país deste “Festival da Anglovisão” que se apresentou com uma canção cantada na sua única língua oficial, facto pelo qual quero dar, mais uma vez, os parabéns aos manos Sobral!
Outras coisas que gostaria de destacar e que, pelos vistos, passaram despercebidas aos nossos comentadores escalados para o serviço, na RTP, talvez por estarem “deslumbrados” com tanto jogo de luz, bem como tanta mamoca e pernoca ao léu:
1 – Na canção da Finlândia, vimos apenas dois artistas em palco, uma cantora e um pianista, sentado num piano de cauda e de cuja cauda saía fumo, bastante fumo! O que não saiu daquele piano de cauda foi UMA ÚNICA NOTA!!!!! Não se ouviu uma única nota a sair daquele piano, apesar do jovem lhe cascar e bem! Ora, diria eu, que não percebo nada disto….se se deram ao trabalho de lá colocar o piano, e se o homem se fartou de percutir aquelas teclas, o que é que faltou? Esqueceram-se de lá colocar um microfone? Não era suposto haver um microfone porque estavam a receber o instrumental em multipistas e esqueceram-se de abrir a via do piano? O gajo não tocava a ponta dum corno mas, como era o compositor ou arranjador da canção, fizeram-lhe a vontade de o colocar em palco com um piano de cauda, muito embora já estivesse combinado que não lhe iam abrir a via do piano para o gajo não “fecundar” toda a actuação? Muito gostava eu de ouvir uma resposta que me elucidasse!!!!
2 – Na canção da Eslovenia, composta pelo próprio cantor, que muito foi bajulado pelo apresentador, no sentido de ser um magnífico instrumentista, arranjador e compositor, além dos seus skills de cantor, o que eu ouvi foi uma cacofonia ridícula, na primeira modulação da canção. Notas completamente fora da harmonia, na primeira subida de tom!!!! Ora, há muitos anos que não ouvia uma coisa destas, num festival da Eurovisão. E pergunto eu….não há NINGUÉM atento, durante os ensaios, gravações, no próprio país? Depois, em Kiev, não há ninguém que dê uma dicazinha, discretamente?
E pronto, não me vou alongar, porque se o fizesse, iria cascar na canção da Letónia e no visual da cantora, ao melhor estilo Chewbacca e outras saloiadas que se viram por lá.
Mais uma vez, Salvador e Luísa Sobral, obrigado pelo vosso talento, bom gosto e parcimónia e parabéns a ambos e à vossa equipa técnica, por darem uma demonstração de como fazer as coisas certinhas e como deve ser. Obrigado também pelo facto (maior) da canção ser cantada em português!”
10 de Maio de 2017 às 14:38
Aqui no nosso burgo também houve quem a levasse!!!
Depois foram apagando os post`s do faceboki…belo chapadão nas trombas dos pseudointelectuais!!
E ou ganhamos ou ficamos em segundo.
13 de Maio de 2017 às 23:35
Ainda maior chapadão foram os resultados dos juris dos vários países. E o resto foi a cereja no topo do bolo!