Mar 31 2017

Beja – a força destruidora da cunha

Publicado por as 7:36 em A minha cidade


foto: joão espinho

Comentário de leitor:

“Um dos maiores problemas da nossa cidade, se não o maior, é a falta de pessoas. Durante muitos anos imperou na cidade a “força destruidora” da cunha. Este mal silencioso e invisível, colocou nas mais variadas posições em instituições publicas , empresas, etc. os menos competentes. Não quer dizer que aqui ou ali a “escolha” tenha sido errada, mas este fator largamente enraizado, afastou aqueles que se esforçavam, lutavam por alguma coisa e que tinham a capacidade para fazer acontecer. Nestes lugares, foram colocadas pessoas que sem grande esforço conseguiram alguma coisa e isso faz grande diferença no dia-a-dia de qualquer organização. Os meus colegas de liceu, contam-se pela mão os que permaneceram. Os melhores fizeram as malas e partiram sem mais regressar. Ficaram os resistentes/acomodados . Como é que se inverte este estado de coisas, quando um Pai com o filho a estudar na universidade o incentiva a ficar por lá? Como é que se inverte este estado de coisas quando a verdadeira mudança não acontece porque os que por cá sobram estão de alguma forma ligados a algum tipo de “poder” e sem querer perder o pouco que julgam garantido, nem sequer se atrevem a falar o que realmente pensam? Sem um qualquer milagre, não se vê qualquer luz no fundo deste escuro túnel.”

Share

Uma Resposta a “Beja – a força destruidora da cunha”

  1. bejense diz:

    O autor deste comentário tem toda a razão. A cunha e a corrupção são os grandes males da nossa democracia. Há cunhas em todo o lado, no estado central e no poder local mas como todos os partidos têm os seus telhados de vidro ninguém fala sobre isso. No estado central há cunhas para os militantes, simpatizantes e familiares dos partidos que vão para o governo, PS, PSD e CDS. Há cunhas na saúde, na segurança social, no IEFP, na Edia, etc. Presidentes de câmara e deputados estão nesta lista, os seus empregos são nestes serviços estatais.
    Nas autarquias a situação não é diferente. Basta ir à câmara de Beja e às empresas ligadas a ela e ver os militantes do PCP ou os familiares dos antigos autarcas admitidos ao longo dos anos. É claro que têm direito a isso, mas não terá havido favorecimentos em relação a outros candidatos? Na administração da Emas e na Resialentejo essas cunhas não existiram? Ou agora com a intenção de nomear a esposa de um autarca para as Águas do Alentejo, que por acaso até esteve na direção da Arecba e está agora na Resialentejo?
    E quanto ao presidente Rocha, que dizer do famoso concurso fantasma para a sua filha que até nos jornais veio, tão grande foi o alarido?
    Por isso o comentário está certo mas como sempre os responsáveis políticos da nossa região vão assobiando para o lado como se não fosse nada com eles.

Deixe Uma Resposta