Fev 24 2017

Albernôa – Perigo e ilegalidade

Publicado por as 15:55 em Geral

A Junta de Freguesia de Albernôa decidiu andar a lançar à bruta, por dispersão aérea, um herbicida (glifosato) cancerígeno.
Como se pode ver pelas imagens (da responsabilidade da referida Junta), os funcionários estão sem equipamentos individuais de protecção, o espaço público sem controlo de acesso e, calcula-se, os funcionários também sem habilitação para efectuar a aplicação do produto.
Quem é o responsável por este crime? Quem deu ordens para que isto se fizesse?
E os amigos do ambiente? Onde estão?

Adenda: Estas imagens deixaram de estar online na página da Junta no Facebook. AS pegadas digitais, essas, não se apagam. Ficam aqui para serem divulgadas e para que, quem de direito, possa confrontar os (ir)responsáveis por esta ilegalidade.

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12 Resposta a “Albernôa – Perigo e ilegalidade”

  1. Vargas Herédia diz:

    Que se lixe o ambiente. Onde estão os amigos dos trabalhadores?

  2. atento diz:

    E os Verdes de Beja onde estão?

  3. Maria diz:

    Há verdes em Beja? Só conheço os do Sporting!

  4. Américo diz:

    E ainda falta saber se o pulverizador estava inspeccionado e com licença válida, se as condições atmosféricas estavam propicias á aplicação do fito-farmacêutico( que eu duvido, dia nublado, sem solarização).
    Se fosse um agricultor não se livrava de umas visitas simpáticas e amistosas da APA( Agência Portuguesa do Ambiente), da DRA( Direcção Regional de Agricultura) e do ACT(Autoridade para as Condições do Trabalho). Há ai tanta mas tanta coisa errada que o mais certo era alguém ir preso lol.

  5. Celso Pereira diz:

    Já há algum tempo que não comento aqui nenhum post. Mas este merece. Pelas piores razões, a minha aldeia é mais uma vez notícia. Não são só situações destas que aqui acontecem. Sim, aqui, porque eu vivo cá em Albernôa. Já a presidente da junta não. Nunca viveu. Mas é aqui presidente da junta desde 2001. Claro que não é condição essencial viver na aldeia para fazer um bom trabalho, para deixar obra de relevo feita. Mas infelizmente para quem aqui vive, não é o caso. Esta situação vem dar-me mais uma vez razão. Tenho a esperança que melhores dias virão. Estes últimos 15 anos estão perdidos já que esta presidente de junta nem foi capaz de reunir consensos e completar parcerias com os empreendimentos turísticos que aqui temos na freguesia. Aliás, nem a conhecem. Vamos a ver se a esperança renasce lá para o fim deste ano.

  6. Anónimo diz:

    Sr. Celso Pereira, vejo que o Sr. é um critico muito acérrimo à sua Junta de Freguesia… Sabe, eu gosto de pessoas que para além de serem criticas, sejam elas a solução e não um problema para aqueles que dão a cara, dão a sua vida pessoal e também a sua vivência familiar para estar à frente das organizações em prol do desenvolvimento e do bem estar das gentes que lhe deram o seu voto para as representar…

    Coloco-lhe aqui e agora um repto, porque não se candidata o Sr. ao tão cobiçado lugar para a presidência da Junta de Freguesia???

    Vá candidate-se para ver qual é a sua aceitação pelo povo de Albernoa???

    Ou será que o Sr. tem medo do resultado????

    Candidate-se e faça melhor, pois se o fizer, serei eu, o primeiro a dar-lhe os parabéns e a dizer-lhe que fui eu que o incentivei a candidatar-se neste Blog.

  7. Nuno diz:

    Sr. Anónimo tem alguma coisa a dizer em relação à notícia?

  8. João Espinho diz:

    @nuno – anónimo só de nome. 🙂

  9. Celso Pereira diz:

    Já me candidatei em 2005 e a aldeia perdeu porque ganhou este executivo que tanto a têm feito perder. Pode ter a certeza que caso eu e a minha equipa tivéssemos ganho há 12 anos atrás, Albernôa era diferente. Bastante diferente.
    Mas eu sei quem é a anónima. Basta analisar o facto de considerar o cargo de presidente de junta em Albernôa um cargo cobiçado. Esse é o vosso mal. É acharem que o cargo por si só é tão importante que não precisam de se justificar perante quem vos critica. Já agora, qual desenvolvimento ?

  10. helder caseiro diz:

    O Celso Pereira, neste caso, possui toda a legitimidade para criticar abertamente o actual executivo, em razão de ter sido candidato! Posição quiçá, privilegiada, dado que naturalmente terá possuído projecto próprio, alternativo, mas que não chegou a ser posto em prática dada a derrota eleitoral!
    Os Albernoenses, só têm uma coisa a fazer, e nisto a democracia é clara, manifestar-se nas urnas, mas mais do que isso, terem quotidianamente uma posição mais activa, participativa e cívica (e não é pedir-se muito, basta intervirem com ideias próprias, visando a melhoria das condições de vida (em toda a sua extensão), da própria aldeia, sem receios, e com honestidade)…
    Albernoa é hoje uma aldeia, que ocupa uma posição geográfica importante, mas não só – terra de boa gente, activa, mas que sofre dos males transversais a todas as pequenas terras de interior- abandono, falta de emprego, envelhecimento,etc, etc…
    Mas também é terra de gente jovem, que deverá com certeza, ter ideias, sonhos e aspirações pessoais e colectivas!…Falta também mais participação nos processos de decisão em geral, desde que os governantes criem as condições necessárias, e tenham a capacidade de ouvir a população que legitimamente representam, e que são quem melhor conhece a suas origens!
    Bem hajam.

    P.S. Quanto á notícia do Post, não irei comentar, dado que não possuo informação suficiente que me permita um juízo claro e objectivo da mesma

  11. Anónimo diz:

    Boa noite,
    Acho que se está a ignorar a parte mais importante, e a ir pelo caminho demagogo.
    Não me identifico porque não vou fazer juízos de valor, mas acho relevante acrescentar aqui alguns factos.
    Podem escapar-me alguns factos porque não estou a ler a lei, mas utilizo produtos fitofarmacêuticos, pelo que sou obrigado a saber a lei:
    – Obrigatoriedade do uso do EPI (fato, luvas, máscara) e botas de borracha.
    – Formação de aplicador de produtos fitofarmacêuticos. Custa à volta de 150 euros por pessoa, e todas as pessoas envolvidas na aplicação e no manuseamento dos fitofármacos têm de ter essa formação e respectivo cartão de aplicador como prova.
    – O pulverizador tem de ter a inspecção feita se for anterior a 2010. Máquinas com menos de 7 anos ainda não precisam.
    – Para adquirir o produto fitofarmacêutico também tem de ter o cartão de aplicador.
    – Para aplica, tem de saber qual o alvo a atingir, e respeitar as doses no rotulo. Isso implica saber o débito da máquina (quantos litros por minuto deita), e o total da área a tratar. Sabendo isto, e fazendo algumas contas básicas, faz-se a calda, aplica-se, e todo o procedimento tem de ficar registado em papel para futura consulta (durante 3 anos).
    – Os produtos têm de ser armazenados em local próprio com regras também bastante especificas, como o estar fechado a cadeado e relativamente longe de linhas de água.
    – O produto só pode ser aplicado em determinadas condições climatéricas, como por exemplo, não estar a chover.
    – O produto não pode ser aplicado muito próximo (alguns metros) de linhas de água.
    – A responsabilidade do cumprimento destas regras, é da entidade empregadora, e não dos empregados, excepto se estes tiverem a formação feita, e assinarem um termo de responsabilidade.
    Muitas destas coisas não são possíveis de aferir pela foto. Basicamente só a falta do equipamento. O conduzir com uma mão e aplicar com a outra, também não me parece algo muito correcto.
    Não sei se há particularidades à aplicação em meio urbano, mas é abusivo dizer-se que se “está a envenenar”, e que “aquilo faz cancro”. Os produtos fitofarmacêuticos, como todos os medicamentos, fazem bem ou mal dependendo do alvo, e da concentração aplicada. Não está provado que o glifosato provoque o cancro. Ninguém terá dúvidas de que é um produto químico, e que é preferível não o utilizar, mas se for bem aplicado, e respeitando as regras de aplicação, e tiver de ser utilizado, pode ser utilizado. Tal como qualquer antibiótico para uma doença que tenhamos. Nesta caso particular, e desmistificando o que é o glifosato, é um produto que quando em doses normais, é decomposto pelo próprio solo, mas não deve ser aplicado infinitas vezes nos mesmo locais, para que as ervas não lhe ganhem resistência, nem perto de linhas de água, porque uma vez na água o tempo de decomposição é muito, mas muito superior ao do solo. Quer isto dizer, aplicado na terra, em doses corretas, é relativamente seguro. Aplicado para o ar, aumenta o risco de cair onde não se quer que caia (água, cimento, no cimento escorre, e vai parar à sarjeta que escorre para o rio), ou ser respirado. Aplicado em doses altas, o solo não tem a capacidade de o degradar e acaba por chegar aos lençóis de água subterrâneos.
    Sem mais dados mais concretos, só com essas fotos, é impossível dizer-se se o produto está a ser bem ou mal aplicado, pelo que não se pode, sem mais dados, falar em perigo da saúde pública. Podem isso sim, perguntar por esses dados à entidade que fez a aplicação, neste caso, a junta de freguesia. Essa sim, tem a obrigação de saber responder a essas perguntas.
    Seja como for, as fotos dão a entender que a aplicação é feita “à antiga”. Talvez por ignorância das “novas” (a lei julgo ser de 2013) regras.
    Facto é que, pelo menos em alguns pontos, a lei não está a ser respeitada, e isso sim, parece-me algo grave. As leis são feitas para todos, e todos as têm de cumprir. Não é justo que uns tenham de cumprir, e o estado, como sempre, não saiba dar o exemplo.
    Para os mais curiosos, a lei em causa é a Lei 26/2013.
    Espero ter ajudado a tornar a discussão mais factual.

  12. João Espinho diz:

    Fiquei mais esclarecido. Julgo que a JF poderá esclarecer todas as dúvidas e, assim, pôr termo a eventuais especulações. Porém, a JF, sem quaisquer esclarecimentos, decidiu apagar estas fotos da página que administra no Facebook, o que veio aumentar as dúvidas e criar algumas suspeitas.

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