Jan 16 2017
Quem vê o que não queremos ver
É fácil deparar-nos com conteúdo impróprio na Internet: imagens de sexo que não deveriam estar acessíveis a menores, insultos racistas, propaganda extremista, vídeos de crimes e atentados. Mas muito mais fica por ver porque é eliminado antes de chegar aos nossos feeds sociais ou de aparecer nos resultados das nossas pesquisas. Ao contrário do que se possa pensar, na maior parte das vezes não é um software sofisticado que detecta e apaga conteúdos impróprios. A tarefa é executada diligentemente por pessoas que trabalham para gigantes como a Google ou o Facebook. E que vêem o pior da Internet para que nós não o façamos: desde vídeos de tortura publicados por grupos terroristas até imagens de abuso, violação e morte de crianças.
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É um trabalho sujo mas alguém tem de o fazer: ver e apagar imagens de actos hediondos, incluindo pedofilia, para manter a Internet limpa. Só que os efeitos psicológicos podem ser severos. Nos Estados Unidos, dois funcionários levaram a Microsoft a tribunal.
“É horrendo. É suficientemente mau ver uma criança ser sexualmente abusada. Mas depois há assassínios. Fazem coisas indescritíveis a estas crianças”, disse ao Guardian Ben Wells, um dos advogados no processo. Soto, que sofreu um esgotamento em 2013, acusa a empresa de não ter facilitado a transferência para outro departamento, o que só terá acontecido no ano seguinte.
(leia aqui o artigo de Pedro Guerreiro)
18 de Janeiro de 2017 às 17:01
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