Dez 08 2015
Pacheco Pereira
Tem uma característica comum à maioria dos políticos do nosso país: ou se odeia ou se idolatra. Depois há os que são indiferentes ao que diz e à sua postura. Goste-se ou não, ele existe. E é militante do PSD. Foi deputado à AR, líder da bancada social-democrata e eurodeputado. É (foi) docente em diversos estabelecimentos de ensino superior.
A sua biblioteca, com cerca de 110 000 títulos, é possivelmente a maior biblioteca privada portuguesa.
Está na Quadratura do Círculo e escreve na revista Sábado,onde regularmente leio as suas crónicas.
É dono (e senhor) do Abrupto.
Recentemente escreveu-se que apoiaria a candidata do BE à presidência da República, o que já desmentiu.
Isto vem a propósito do quê?
É que há, no PSD, quem lide mal com a crítica. Não contentes com o mal-estar provocado pelos comentários de desacordo, há os que convidam Pacheco Pereira a sair do Partido.
Mal está o meu partido quando convida militantes a sair. Seria preferível que se sugerisse um verdadeiro debate interno e se discutisse se este (longo demais) guinar à direita do PSD é aquilo que na realidade queremos.
Convidar a sair (ou expulsar) quem não concorda com o actual posicionamento do PSD é reconhecer que algo vai mal neste caminho e que não há coragem para inverter.
Adenda: Há gente muito interessante – quando as críticas têm origem num Zé-ninguém dizem ah e coiso, é um zé-ninguém, não interessa; quando partem de uma figura nacional dizem ah tal e coiso, ele quer é tacho. Enfim…
8 de Dezembro de 2015 às 22:08
Esta tentativa de tentar marginalizar Pacheco Pereira não é mais do que ala ultraliberal do PSD a pretender correr com todos aqueles que defendem uma politica Social-Democrata , e não aquele liberalismo selvagem que Passos e Portas implementaram nos ultimos anos .
8 de Dezembro de 2015 às 22:13
A actual classe dirigente do PSD convive bastante mal com aqueles que têm uma opinião distinta no interior do Partido.De um
Partido de matriz Social Democrata está-se a transformar numa organização de direita , onde o direito de pensar diferente origina perseguição interna. Na ex-URSS essa purgas internas eram habituais , normalmente para manter os corruptos no poder.