Out 21 2015

Depósito de água – a falácia

Publicado por as 12:48 em A minha cidade

Opinião de leitor:

“De facto, justificar o derrube do depósito invocando que se vão pôr a descoberto tesouros excepcionais é uma falácia. Desde logo, porque a própria construção do depósito destruiu, em princípio, as estruturas do que restaria do templo, isto é, os vestígios de umas paredes em pedra, que não constituirão, certamente, um grande atrativo para turistas. Já a recuperação e valorização do depósito, transformando-o num miradouro excecional para visualizar não só todo o conjunto arqueológico do museu vivo como também a cidade, seria uma mais valia para todo o projeto e uma inovação com forte capacidade atrativa. Para além disso, bem ou mal, o depósito também já é um testemunho da história da cidade e não se entende como é que um projeto patrimonial designado arqueologia das CIDADES DE BEJA, defende a destruição deste património industrial da nossa época, para deixar apenas os vestígios do período romano(quando naquele espaço já estão a descoberto as principais estruturas romanas). Alguns arqueólogos só olham e valorizam os testemunhos da época a que dedicam os seus estudos, o que é totalmente errado, como se tem vindo a reconhecer atualmente a nível mundial. É preciso preservar, em simultaneo, os testemunhos das várias épocas para se perceber a evolução dos espaços e as alterações das suas funções ao longo dos tempos. Se assim não tivesse sido sempre, hoje não teríamos vestigios a não ser da época imediatamente anterior.”

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2 Resposta a “Depósito de água – a falácia”

  1. mikefox diz:

    Chega de conversa …derrubem o depósito o mais rapidamente possível se não,ainda os meus netos vão ouvir falar disto.

  2. Joao P diz:

    Já agora gostaria de saber qual é o interesse arquitectonio, historico, cultural etc… do deposito de água. Não será mais importante debater-se a recuperação urbana por um todo? Vejamos a Rua do Touro, a Rua das Lojas, a dos Infantes e a propria Rua da Moeda.

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