Jul 14 2011
Correio do leitor – Ainda sobre os ciganos
De leitora identificada, recebi a sequinte missiva:
“Hoje li isto, através do PRAÇA DA REPUBLICA e inevitavelmente pensei: “Ninguém quer os ciganos…”
“Só prejudicam a aprendizagem e o trabalho dos professores.” “Deveriam ser todos banidos. Não são educados.” “Não cumprem as regras.” “Não os queremos aqui.”
Estas devem ser algumas das frases que povoam as cabeças dos executivos que estão à frente dos agrupamentos escolares bejenses.
Pois é, mas fazer-lhes o quê??
Eu trabalho todos os dias com ciganos e para ciganos. E muitos pensam: Coitada!. Mas não pensem.
Os ciganos têm e precisam de ser trabalhados. A forma como o nosso sistema os tenta integrar é que não é a correta.
Continuamos a dar-lhe o Rendimento Social de Inserção (R.S.I.), quando na grande maioria dos casos eles têm um “mercado paralelo” que lhes dá rendimento, e o sistema não faz nada.
Queremos que os ciganos trabalhem, mas eles têm incutido que se trabalharem não recebem o R.S.I..
Queremos tê-los na escola, integra-los, incluí-los, mas esquecemos que na cultura deles a escola só faz falta para saber ler, e para ter o Rendimento. Por isso é necessário trabalhar com as familias, perceber que devido ao seu contexto sócio-cultural, os seus ritmos de aprendizagem e a sua conceção de escola é diferente da dos miúdos “lacorrilhos” (terminologia romani para os não-ciganos). São precisos técnicos e uma(s) equipa(s), não muito numerosas, poucos mas eficientes, para trabalhar no terreno.
Onde estão os técnicos? Não há. O sistema não tem. Não há dinheiro.
Por natureza, o cigano não gosta das nossas regras, aliás, quando as percebem, a primeira coisa que fazem é pensar na melhor forma de não as cumprir sem serem sancionados.
Por natureza, o cigano tem as suas regras, as suas leis. São muito próprias, são rigorosamente cumpridas.
Aquilo que para nós é falta de educação, para eles é normal.
Mudá-los e educá-los é o que todos nós gostaríamos. Torná-los mais parecidos a nós.
Se os tornarmos parecidos a nós, eles desaparecem. E esse é o desejo de tanta gente.
Eu acredito, e perdoem-me os executivos das escolas, que podemos educar na diferença. Mas é claro que a escola precisa de ajuda. A escola precisa de técnicos a trabalhar na integração. Infelizmente temos em Portugal uma escola muito mal tratada pelo Governo.
Não faz mal se tivermos uma turma só de ciganos, se o(a) professor(a) tiver a sensibilidade para trabalhar com eles, se também houver atividades em que esses meninos são incluidos com outros meninos lacorrilhos, se trabalharmos diariamente com os pais, se conseguirmos proporcionar um espaço lúdico-pedagógico para eles extra horário escolar, mesmo que tenhamos que estudar estudo do meio em cima de uma mesa de plástico de esplanada à porta deles no Bairro das Pedreiras, ou ensinar a subtração com o rosmaninho que nasce selvagem no campo.
Os resultados, nunca se verão de um dia para o outro. Mas vão acabar por acontecer.
É preciso vontade e interação entre entidades. Não são precisos muitos técnicos, mas os que estão têm que ser bons e com vontade de ferro, porque têm que ser capazes de fazer milagres. E em Beja há técnicos capazes de fazer milagres. Eu sei que há. Provavelmente o que pode não estar bem, é a comunicação e a interação entre entidades.
O problema é muito mais profundo do que distribuir ou concentrar os meninos em Santa Maria, agrupamento muito bem ministrado até agora (infelizmente), pela Prof.ª Domingas Velez, a quem tiro o chapéu. O problema, é o que fazer com eles. Os professores estão fartos deles, os funcionários já não os podem ver, os pais dos meninos querem é distância.
Parece-me um problema social.
É preciso um plano urgente de ação face a este problema. De várias entidades concertadas entre si, com uma equipa a trabalhar. Avaliar o trabalho feito e adaptar novos métodos.
Os ciganos têm que trabalhar. Têm que ser formados com as nossas regras, as nossas leis e os nossos principios, mas com respeito máximo pelo seu modo de vida.
Se para os ensinarmos a escrever temos que perceber melhor a realidade deles, então façamo-lo. Para isto é preciso vontade. É preciso haver quem queira desempenhar este papel, desembainhar a espada e travar esta luta. Não é uma luta contra os ciganos. Mas sim uma luta contra o verdadeiro problema.
Enquanto estiverem só a tratar das consequências, nunca agirão nas causas.”
14 de Julho de 2011 às 9:46
Excelente texto!
É pena os decisores políticos não terem esta visão…
14 de Julho de 2011 às 10:43
Clap, clap, clap! E só não tiro o chapéu porque não o tenho! Parabéns à lucidez e falta de preconceito da autora!
14 de Julho de 2011 às 10:45
Este Texto revela-se interessante, mas sobre ele, tenho algumas observações a fazer.
1º A possibilidade de criar turmas só de ciganos.
Tal ato significa segregação. É um sinal de desistência de integrar essa comunidade.
Devo recordar que nos últimos anos assistimos a uma entrada de imigrantes de várias origens, e de diferentes culturas. Nomeadamente, da Europa de Leste, da América Latina (Brasil), e de Países Africanos.
Todos estes cidadãos se integraram sem problemas, os seus filhos estudam entre os nossos, e não só são aceites, como são uma mais-valia cultural para as outras crianças e para a comunidade.
O problema dos ciganos não está nas diferenças. Está na desconfiança instalada entre as comunidades. Desconfiança cultivada ao longo dos séculos, e que deve ser ultrapassada.
2º apesar de bem intencionada nas ideias, esta carta apresenta uma contradiçãoes.
“Mudá-los e educá-los é o que todos nós gostaríamos. Torná-los mais parecidos a nós.
Se os tornarmos parecidos a nós, eles desaparecem.”
“Os ciganos têm que trabalhar. Têm que ser formados com as nossas regras, as nossas leis e os nossos principios, mas com respeito máximo pelo seu modo de vida.”
Afinal , o autor quer que eles aprendam as nossas regras de sociedade, ou quer umas regras especiais para os ciganos (regras segregadas)?
3º Por ultimo, Racismo não é apenas acusar, é também dar preferência injustificada, a uma comunidade.
Vejamos. A Sra Domingas, aqui elogiada nesta carta. que eu saiba era a directora ou Presidente do Concelho Executivo, quando em Santa Maria se permitiu que os familiares dos alunos ciganos pudessem comer na cantina.
Essa atitude, foi claramente discriminatória e injustificada. E os familiares de crianças desfavorecidas não ciganas? Esses estavam integrados e já podiam passar fome?
…. todos sabemos como esta história acabou.
E ainda há a história das listagens das turmas, afixadas na escola, em que á frente do nome do aluno, se discriminava a etnia do mesmo.
Se isto não é racismo, não sei o que será.
14 de Julho de 2011 às 11:14
Leitora identificada? Esta Sra merece uma estátua e…não tem nome porquê? A não identificação partiu de si?
Quando é que começamos a dar a cara, sair da toca, tratar osbois pelos nomes, separar as àguas,deixarmo-nos de paninhos quentes, de ser xoninhas, tótós, saber quem é, e quem não é?
Esta senhora É!! Dou-lhe os parabéns!
O João Espinho finalmente começa a preceber, parece-me, depois de 5 ou 6 notícias sobre ciganos, mas no registo diametralmente oposto, que a questão era e é bem mais complexa…
Louvo-lhe o post, e a abertura democrática para o postar aqui na sua xafrica.
João Pedro
14 de Julho de 2011 às 11:23
@joão pedro
1 – A leitora identificou-se. Faço referência ao facto para a distinguir das tribos anónimas que costumam obrar nas caixas de comentários. A decisão da não publicação do nome da autora é exclusivamente minha. Se a autora pretender, divulga-se o nome.
2 – Há muito que aqui (nesta xafarica) se fala de ciganos. E é verdade, tenho dificuldade em perceber alguns meandros desta questão. É que a demissão da Profª de Santa Maria baralhou-me os pensamentos. Por ser já a segunda vez que acontece e ter a percepção que não há duas sem três.
Volte sempre.
14 de Julho de 2011 às 11:24
Mas afinal eles (leia-se ciganos) querem ser inseridos na nossa sociedade? Se sim ainda não dei por nada…. alias dei! mas só para os assuntos que lhes interressam.
Por exemplo observe-se como agem numa fila de caixa de um hipermercado… ou no centro de saúde ou urgências de o hospital…etc. etc. Não tem mais pressa nem estão mais doentes do que os outros……
14 de Julho de 2011 às 14:08
Ao Sr. Paulo Nascimento. Não o conheço. E espero que trabalhe com ciganos ou com qualquer outro grupo minoritário.
Sabe se as escolas se preocupam com os valores culturais dos meninos vindos de outros países??
Preocupam? Queria tanto que sim.
Infelizmente, os ciganos são o grupo minoritário mais mal tratado. E não é dificil de perceber porquê. Pelo seu modo de vida. Pelas caracteristicas arreigadas da sua etnia. Que diariamente chocam com a nossa forma de ser e estar em sociedade. Por alguma razão nos damos bem com outras minorias mas dos ciganos queremos distância. A desconfiança, como diz, é deles e é nossa. Nasce de séculos e séculos em que os ciganos, como seres inteligentíssimos que são conseguiram sempre e continuam a fazê-lo viver a tirar o máximo partido das nossas leis, mas vivendo segundo as deles.
Acho que os outros grupos minoritários não fazem isso. Embora não se possa generalizar.
Já pensou o que sentem os professores quando numa turma, têm dois meninos de etnia cigana que perturbam todo o funcionamento da sala e o processo de aprendizagem, porque simplesmente não gostam de estar sentados muito tempo, dentro de uma sala fechada.
Porque gostam de rua. De ar livre. De vento.
Se reparar, os ciganos que têm casas fazem a maioria das suas tarefas na rua, alguns (muitos), têm casas de banho mas tomam banho na rua em alguidares, comem à porta de casa tendo cozinhas e salas. É deles. É cultural, Paulo.
Ter turmas só de ciganos, significa que facilitamos em muito a aprendizagem deles. E acredite. Eles preferem assim.
Não me parece haver contradição no que escrevi.
Eu acredito que uma lei que não favorece as pessoas, é uma má lei. E deve ser alterada. Os ciganos, como calculo que saiba, têm leis próprias, que não estão escritas, mas são seguidas muito mais à risca que as nossas.
Se um cigano trabalhar, não perde a identidade de cigano. Mas melhora a sua vida e evita ser olhado e discriminado por nós. Que estamos fartos de pagar impostos para estas pessoas ganharem o rendimento e não fazerem nada. Se um cigano cumprir com sucesso a escolaridade obrigatória, pode tirar a carta de condução como qualquer um de nós. Já não precisa de a comprar. Ou passar a vida em tribunais e na guarda a pagar multas e a queixar-se de discriminação. Se educarmos, evitamos que as meninas quando são menstruadas pela 1ª vez saiam da escola porque podem ser assediadas por meninos não ciganos, e porque são preparadas para casar. Muitas têm 12 anos Paulo. É a lei deles. E com isto Paulo, não concordo. Não posso concordar.
Percebe Paulo? Mudar e educar não é para que desapareçam. Porque acredite, que eu sei, sem os ciganos haveria muita coisa da cultura do nosso país que desaparecia.É melhorar a vida deles.
Quanto à Professora Domingas. Desconheço o que se passou em Santa Maria. Mas sei que nem tudo o que passa cá para fora é verdade e que a Profª Domingas sempre deu o seu melhor.
Obrigada.
14 de Julho de 2011 às 16:03
Que bom que seria viver num país onde só haja direitos e nenhuns deveres!
Penso que não adiantará produzirem-se Leis mais maleaveis à “cultura” cigana, pois a “cultura” cigana é só uma, viver à custa dos outros.
Assim, tanto dá ir por um caminho ou por outro, eles irão sempre tentar e “dar a volta” ao assunto.
Já há cerca de 33 anos os lelos frequentavam a escola, tive alguns como colegas de turma mas tanto nessa altura como agora os resultados são os mesmos, ou seja, nada.
Penso que a etnia cigana pode ter lá os seus costumes, religião, cultura, MAS, dentro da Lei que é igual para todos.
Estas tentativas de integração só servem para lhes dar mais confiança a continuar tornear a Lei.
Se tem casas e vivem na rua, para que raio querem eles casas?! Deem-lhes uma reserva e lá dentro façam o que quiserem.
É mais que sabido que eles só vão à escola por causa do bago (RSI), então, também é fácil perceber que sem bago, não há escola para ninguém.
Há séculos que assim é, e os gajos (não ciganos) ainda não aprenderam.
14 de Julho de 2011 às 16:49
@Helena Torrão
“Embora não se possa generalizar.
Já pensou o que sentem os professores quando numa turma, têm dois meninos de etnia cigana que perturbam todo o funcionamento da sala e o processo de aprendizagem, porque simplesmente não gostam de estar sentados muito tempo, dentro de uma sala fechada.”
Estas frases dizem tudo do seu pensamento.
Afirmar que dois ciganos desestabilizam uma aula, ou é ignorância ou é mentira.
O comportamento típico de um ou dois ciganos numa sala de aula, é de não se envolver, nem participar. preferem ficar na sua vida e não se metem com ninguém. Pergunte a qualquer professor.
o maior problema é que essas crianças não estão sequer interessadas na aula, e é muito difícil incentiva-las a aprender.
Admito que existam excepções, e alguns deles criem distúrbios, tal como outras crianças. mas dai a afirmar que TODOS os ciganos fazem o mesmo, É GENERALIZAR, e é racismo.
muitos dos problemas relacionados com ciganos na escola, são culpa dos pais das crianças. mas isso decorre da desconfiança natural da comunidade, e do facto de terem os filhos num meio que não sentem ser o seu. integração e dialogo é a resposta, e não a segregação.
“Porque gostam de rua. De ar livre. De vento.”
Está a insinuar que são animais selvagens ? tipo macacos ? …
Eu fui criado num monte , tinha muito ar livre e campo durante a minha infância. e isso não me impede de estar numa sala de aula, ou num escritório. ou isso, ou gosto de saltar de chaparro em chaparro.
Colocar todos os ciganos num bairro , é criar um ghetto.
Colocar todas as crianças de uma determinada raça na mesma turma, é aparteid.
Generalizar cliches para descrever uma comunidade, é racismo.
Se reparar , estas três ultimas frases descrevem o que Hitler começou por fazer aos Judeus. e no inicio ninguem imaginada como tudo iria acabar em campos de concentração.
14 de Julho de 2011 às 16:59
Anda por aí muita piedade, para com os lelitos, e muita gente a aproveitar-se para ficar bem vista á custa das sua pretensa preocupação com os meninos sujos e os pais feirantes.
Anda por aí muita gente a aproveitar para ter estatutos especiais para o órgão de ensino onde estão, para terem privilégios (colocação de professores e recursos logísticos e financeiros… etc…) e ainda ficar bem vistos como beneméritos , á custa da sua pretensa preocupação desinteressada para com os lelitos ranhosos.
Isto recorda aquelas senhoras do outro tempo, que tinham muita pena dos pretinhos africanos.
Tratem os Ciganos como gente normal, nem mais mal nem melhor, apenas como gente normal.
E as problemas específicos da comunidade, abordem-nos com objectividade, e acima de tudo respeito.
14 de Julho de 2011 às 18:20
Coitadinhos dos ciganos são tão bons,boas pessoas,honestos,trabalhadores,higiénicos,sempre prontos a ajudar o próximo…..coitadinhos dos ciganos……!!!
14 de Julho de 2011 às 19:50
Parece que há um pequeno problema nesta polémica. É que ninguém até agora perguntou aos pais das crianças ciganas a sua opinião sobre a mudança para outras escolas. Parece que é obrigatório o acordo dos pais. Ou acham bem que três irmãos possam ficar em três escolas diferentes?
14 de Julho de 2011 às 21:03
@ paulo nascimento — até concordo consigo quando defende que a colocação dos lelítos é um pretexto para negociatas de poder nas Direcções das Escolas. daí a algum tempo nunca mais se lembram da ciganada , só para o ano quando for preciso apertar com os politicos para entrarem com mais uns fundos e lugares de professores
14 de Julho de 2011 às 21:22
Se calhar este problema ficava resolvido de inicio se muitas pessoas tivessem a experiencia de ter vivido no estrangeiro.
Mas quem é que se tem de adaptar a quem? Se formos a um pais quem é que se tem de adaptar a cultura de quem?
O que o Juanito disse é a verdadeira realidade, eles estão na escola pelo RSI e o resto é conversa, tirem isso e vão ver o que lhes interessa estar na escola, não me venham com tretas de que é para aprender a ler ou a escrever… pode haver muito boa vontade, acredito que a haja de parte de muita gente, mas a realidade é que é uma batalha em vão… dão-se casas eles estragam, têm benesses que muitos sonham por metade, e eles abusam… é triste mas é a realidade.
Ora se perante tudo o que se lhes dá e eles não retribuem em nada, mais não seja com um esforço de se inserir na sociedade, só têm um remédio que é ir pregar para outra freguesia (algo que não fazem pois duvido que haja alguém que lhes dê tanto de mão beijada como nós)
14 de Julho de 2011 às 22:49
Mas não há direito à diferença? Se essas pessoas querem ser diferentes porque razão não poderão ser diferentes? Ir à escola não pode ser um negócio. Não querem, não as obriguem a ir a troco do RSI. Que coisa…
14 de Julho de 2011 às 22:50
Desculpem. Afinal parece que nesta polémica não estamos a falar apenas de crianças…
14 de Julho de 2011 às 23:27
@ Paulo Nascimento
“Tratem os Ciganos como gente normal, nem mais mal nem melhor, apenas como gente normal.”
Exactamente!
Toca a acabar com os subsídios e coloca-los a trabalhar! Onde?! Não sei. Talvez num serviço/trabalho que se adapte ao seu nível.
Aqui também terá de haver um certo jogo de cintura e acolhe-los numa equipa de trabalho.
O vencimento seria o actual RSI. Claro que, se alguém merecer mais, pois que recebam mais. Mas a palavra de ordem é TRABALHAR.
Trabalhar, e ganhar o seu sustento com o seu suor e não andar a parasitar a sociedade.
Hummm!!! Não estarei a ser utópico?!
14 de Julho de 2011 às 23:35
@ Zé
“Desculpem. Afinal parece que nesta polémica não estamos a falar apenas de crianças…”
Quando se fala do povo Romani temos de ter em atenção que as crianças são para eles como que “uma moeda de troca” com a sociedade onde vivem.
Por isso quando se fala em crianças de etnia cigana temos de perceber que estamos a falar da etnia cigana em geral.
14 de Julho de 2011 às 23:44
Muitas teorias, muitos pensamentos construtivos, muitos estudos e vontades, só não entendo o porque de serem benevolentes para com estas pessoas, sim porque para mim são pessoas e como tal tem deveres e direitos como todos nós, isso da etnia e costumes fica lá para eles. Todos nós sabemos que não respeitam ninguém, gozam com a nossa cara, passam por cima de tudo e todos, ofendem policias na via publica, semeiam o terror pela ruas onde passam, sinceramente reabilitação ou integração são termos que não encaixam nesta gente……………….longe…….bem longe.
15 de Julho de 2011 às 10:10
@João Barros
Que as crianças ciganas andam na escola pelo RSI dos pais, é verdade. e qual é o mal ?
podemos até concordar com a existência de abusos no RSI , e não é só de ciganos.
Neste caso têm uma consequência boa, as crianças vão á escola. antes nem isso. as meninas por exemplo deixavam a escola quando terminavam o quarto ano. agora já vemos ciganas no 2º e 3º ciclos. já não são remetidas para ajudar as mães e os irmãos e afastadas da escola.
Por outro lado. sobre o RSI. não tenham duvidas que ele existe e é extremamente importante que exista, e que muito boa gente que o recebe não tem mesmo outra fonte de rendimento , sejam ciganos ou não. temos de ter o cuidado de não generalizar sobre os beneficiarios do RSI, e não criar estigmas e vergonha social sobre tais cidadãos. o RSI é uma conquista civilizacional , não um luxo.
Existem abusos no RSI, todos sabemos. mas aí o problema é da fiscalização.
Tambem muita gente foge ao iva na restauração, e não vemos uma onda de indignação generalizada.
quantas vezes vos dão um ticket por cada café que tomam ?
15 de Julho de 2011 às 10:26
como dizia o general Otelo
“todos no campo pequeno”
15 de Julho de 2011 às 11:12
Essa gente só serve para destruir, perto de onde vivo existe uma passagem para o guetto deles e essa gente por onde passa vai destruindo tudo, desde riscar carros, partir farois, derrubar contentores levar coisas dos quintais ameaçar pesssoas etc.. Também constato que quando há algum problema que seja necessária a intervenção policial a mesma demora vários e longos minutos para chegar, que até se compreende devido ao elevado trânsito na cidade. Não me lixem, ainda por cima andam a mexer nos nossos bolsos e eu já vi com os olhos que a terra há-de comer que chegam a levantar vales de mil e tal euros, como é possivel isto????
15 de Julho de 2011 às 11:26
Era por a senhora a morar junto a eles ou meter os filhos dela na escola de Santa Maria!!!
Ela saberia aguentar a situação