Jun 24 2011
O inútil cargo de governador-civil
“A questão do anúncio da extinção dos governadores civis e a subsequente birra destes que resultou na demissão foram um verdadeiro bálsamo espiritual para o novo governo. Com efeito, os portugueses encaram o cargo de governador-civil como a concretização mais perfeita dos defeitos da política atual: lugarzinhos para os amigos e amigalhaços partidários como contrapartida de favores ou recompensas por derrotas eleitorais. E sabem que mais, caros leitores? Têm toda a razão. A saída em cena dos ferrenhos socráticos presenteados com um governo civil por esse país fora foi aplaudida pela (grande!) maioria dos portugueses.”
25 de Junho de 2011 às 15:53
Meu caro amigo alentejano, obviamente ficamos todos aliviados pela massiva debandada dos governadores civis, que reconhecendo a sua inutilidade se puseram “na alheta”, até porque não faziam falta nenhuma. Lamentável, é que esta casta já existia desde tempos remotos, mesmo no tempo da AD e outras coligações social-democratas, e nessa altura, em que os dinheiros entravam, a fundo perdido, vindos da UE que bem nos tramou com cotas e cortes, não vi a seriedade e honestidade de nenhum BOY dessas facções abdicarem da mordomia e dizerem que o cargo era inútil. Claro, os tempos são de contenção e há que mostrar uma outra face, compatível com as necessidades actuais. Ao fim e ao cabo nem só os do governo de Sócrates usufruiram dessa benesse e mordomia desnecessária, contudo há que mudar a lei, pois existem tantas leis feitas e aprovadas pela classe política que o povo desconhece e só trazem mordomias para os legisladores e seus amigos.
Não seria altura de todos os políticos que passaram, num relâmpago, por cargos políticos que deveriam ser de pura cidadania, abdicarem de certas regalias adquiridas? Que diriam se eles abdicassem duma “imoral” subvenção vitalícia que lhes aumenta a “reforma” precoce e que ninguém recebe, mesmo trabalhando para bem do País durante muito mais tempo e dedicação? Acho que a TROYCA deveria obrigá-los a retirar da sua reforma essa tal subvenção, para mais quando os funcionários públicos irão ser reduzidos até cerca de 70.000, e nunca poderão os seus descontos sustentar tamanhas benesses. Para já não falar de se criar um tecto de reformas de todos os cidadãos, em que ninguém recebesse mais de 3.000 euros mensais. Não se pense que descontaram para ter reformas elevadas, pois tal não é tão linear e bastará fazer contas e ver carreiras remuneratórias vergonhosas (quer no sentido positivo quer negativo).
E basta de paleio. Abaixo os inúteis que vivem à sombra da “boyada” e dos subsídios estatais.
25 de Junho de 2011 às 22:48
Em Beja o Governador não recebia ordenado tal como o PR.