Fev 09 2011
Então expliquem lá isto
Foram apresentadas recentemente as conclusões referentes ao estudo elaborado pela KPMG: “Uma visão estratégica para um desenvolvimento sustentável do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA)”.
A adjudicação deste estudo terá sido precedida de um concurso público, como se pode ler neste excerto do DR 243 II Série. Certo?
Certo? Bem, parece-me que houve uma alteração ao objecto do concurso, passando a EDIA a designar-se EFMA.
Eu sei que estou proibido de ser lido na EDIA, mas haverá alguém na EFMA que justifique esta alteração? A mesma tem suporte legal?
Os leitores agradecem.
9 de Fevereiro de 2011 às 17:20
Já vale tudo. A arrogância é tão grande que eles substituem tudo: Estado, Associações de Regantes, agricultores e por aí adiante. Ainda os vamos ver a semear, colher, apanhar azeitona, etc. Têm lá pessoal para isso tudo… É fartar vilanagem!
Um bocadinho de bom senso é que fazia falta, até porque os funcionários que têm lá o seu posto de trabalho não têm culpa desta mania das grandezas: só entre administradores, directores coordenadores e directores são 30, ou seja mais de 15% dos 191 (!…) funcionários.
9 de Fevereiro de 2011 às 17:28
Pois é! Por meia dúzia de incompetentes galifões de crista pagam centenas de competentes funcionários da EDIA.
9 de Fevereiro de 2011 às 18:27
Na apresentação do ” estudo de viabilização da EDIA ” os agricultores deram uma resposta clara daquilo que querem e que pensam.
É lamentavel que dinheiros publicos sejam esbanjados a pagar estudos acerca do EFMA cujo unico objectivo é a manutenção da EDIA nos actuais moldes , provavelmente com continuação do controle do cacique do PS-ÉVORA- Capoulas Santos.
Será altura de todos os Agricultores e suas Associações se unirem e correrem com os incompetentes socialistas que controlam a EDIA.
9 de Fevereiro de 2011 às 20:20
O verdadeiramente triste e dramático em todo este “fatinho à medida” e da forma dissimulada como o têm tentado vender ao pagode é que o oportunismo de uns – poucos – lança lama (para não dizer outra coisa também castanha…) sobre toda a estrutura de recursos humanos da EDIA e denigre, aos olhos da cidade e da região, uma empresa que pode desempenhar um papel muito relevante no futuro do EFMA. A EDIA não tem que ser “administrada” à margem dos destinatários do EFMA. Haja juizinho!
9 de Fevereiro de 2011 às 22:24
@trabalhadora da EDIA — o papel da EDIA no futuro , e a sua capacidade para ser aceite como parceiro credivel pelos agricultores e associações , dependerá unicamente de ser gerido com competência e seriedade , e nunca por quaisquer boy´s de qualquer partido.
Situação que infelizmente não se verifica na actualidade.
9 de Fevereiro de 2011 às 22:38
A passagem do deserto penso eu de que, já foi, hoje existe água e Alqueva.
O Mundo pula e avança, e a EDIA é apesar da média de 1 director por cada 6 profissionais ser demasiado elevada e difícil de aceitar, pode ser que alguns destes ” chefes e administradores ” levem pela medida grande nas novas medidas do estado em Março, o polo de conhecimento na EDIA é o melhor que existe no Alentejo, falta é saber se produzem face ao número e competências.
Esta da EFMA deixa-me intranquilo e inquieto.
9 de Fevereiro de 2011 às 22:39
Fechem a EDIA em Beja. Inaugurem um empresa privada na cidade que pague a 3 funcionários o salário mínimo. Inaugurem uma nova empresa publica em Évora que faça a gestão do EFMA. Para mim é a melhor solução.
Porque razão nesta terra só se nivela por baixo?
9 de Fevereiro de 2011 às 23:21
@ Carlos – Esta história do nivelar por baixo tem que se lhe diga… A EDIA pagou, em 2009, 2.2 milhões de euros em salários. Não se trata de nivelar por cima nem por baixo; caso não tenha percebido, a EDIA de pouco interessa; o que interessa mesmo é o EFMA, pois é com o EFMA que os agricultores terão que se articular ao longo dos próximos 40 anos. E eu, se fosse regante, não quereria 2.2 milhões de euros – sem contar com outros sorvedouros de dinheiro, tais como o Museu da Luz ou o Parque de Natureza de Noudar que, só eles, geram um passivo de quase 1 milhão de euros por ano – a onerar o preço da água para regadio.
O que interessa mesmo – e pelas piores razões – é que a própria EDIA, nomeadamente os seus decisores, confunde(m) o que lhe(s) dá jeito com o que é do interesse do empreendimento (o tal EFMA), facto perfeita e sobejamente ilustrado com esta mudança de nome do trabalho que o pracadarepublica expôs.
Mais, se lermos o Caderno de Encargos para o dito concurso público (com o n.º 9/2009) e formos ao capítulo dos “objectivos”, vemos lá escarrapachado o seguinte “a) Elaborar um Plano Estratégico para a EDIA, redefinindo a missão e as grandes linhas de orientação para o período subsequente a 2013, que servirá de base a um diálogo da empresa com o accionista, no sentido de serem adoptadas, posteriormente, as orientações consideradas mais adequadas para o desenvolvimento da empresa;”. Portanto a questão nunca foi o EFMA, mas sim a EDIA e irrita-me – e penso que não serei o único – que me comam por parvo. As pessoas não andam a dormir e, como se diz na minha terra, “mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo”.
Mais ainda, houve para aí uma associação-de-vão-de-escada a fazer um comunicado inflamado, qual vestal ofendida, que – vá-se lá saber como e porquê – incorporou, nesse mesmo comunicado, informação que constava do dito estudo e que – mistério – só foi divulgada ao público um bom par de dias depois do referido comunicado. Portanto, mais que juizinho, tem que haver vergonha! E parem de nos comer por parvos, que já chateia.
10 de Fevereiro de 2011 às 10:02
[…] propósito do post “Então expliquem lá isto“, destaco comentário feito por […]
10 de Fevereiro de 2011 às 14:36
Amigo João
Não tem razão absolutamente nenhuma quando escreve desta forma. Existem muitas publicações suas que concordo e como deve calcular, existirão outras que acho completamente “aberrações em prosa”. Esta ultima onde fala da EDIA é uma delas. Nós bejenses andamos por aqui a queixar-nos que somos sempre esquecidos e que Beja é uma cidade onde nada se passa. Agora ainda escreve um “descabimento” destes, onde compactua com quem quer extinguir uma empresa como a EDIA? Sinceramente…
Não se esqueça que nesta cidade os postos de trabalho são MUITO POUCOS, e nem todos podem ter um ordenado 100 % garantido, venha ele de onde vier (…). As coisas estão muito más, mas concorda por exemplo que sejam as Associações de Agricultores a fazerem o trabalho de dezenas de técnicos com competências acima da média? Se concorda, estamos em desacordo. Acho que já chega de hipocrisias por parte de quem se quer apoderar do Baixo Alentejo, porque felizmente no “Alto”, estas coisas não funcionam bem assim. Como sabemos, esta é uma cidade onde andam por aí uns “gulas” que querem tudo para eles, querem mandar em tudo, querem ser donos e senhores da razão. Mas esses não precisam, porque quem realmente precisa são aqueles que andam diariamente com o “coração nas mãos”, sem saber o que lhes irá acontecer “amanhã”!. Amigo João, um grande abraço!
10 de Fevereiro de 2011 às 14:47
@strogoff – alimente-se o polvo. Mesmo que isso venha a custar a fome de muitos.
Um abraço.
10 de Fevereiro de 2011 às 14:49
@ João Espinho – O “polvo” é uma coisa, os peixinhos são outra. Um abraço
10 de Fevereiro de 2011 às 16:26
[…] A propósito de: http://www.pracadarepublicaembeja.net/2011/02/a-minha-cidade/entao-expliquem-la-isto/ […]
10 de Fevereiro de 2011 às 16:52
Meus amigos, tenham cuidado. Não sei se é influencia do nome da rua, mas parece-me que ele tinha razão…
…ELES COMEM TUDO,
ELES COMEM TUDO.
ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA
10 de Fevereiro de 2011 às 17:28
Depois há estes comentários infelizes que nem publicados deviam ser. Os chamados “poucoxinhos”! Mas pronto, também têm direito à vida! Cá para mim este Zeca Afonso deve morar é num “Beco sem saída”!
10 de Fevereiro de 2011 às 21:14
@strogoff: depois de serem gastos 2500 milhões de euros na obra, o que o preocupa são os empregos da EDIA? Como poderá ler noutra resposta que lhe deixei, não está – nem nunca esteve – em causa a extinção da EDIA, portanto pare de agitar esse espectro, porque senão não se consegue discutir a coisa seriamente.
Quanto às competências “acima da média”, desculpe lá, mas se andar cá pelo burgo, como eu ando, depressa constatará que – sem prejuízo da qualidade de alguns elementos – a EDIA se caracteriza por nela coexistirem vários – vários mesmo – funcionários com laços familiares, do tipo: o irmão e a irmã, o marido e a mulher, o cunhado e a cunhada. Portanto, convenhamos, a meritocracia nem sempre terá feito caminho na EDIA… Bom, mas isto não interessa nada, o que interessa mesmo é deixarmos de endeusar a EDIA e acabar com essas teorias de “ou nós ou o caos”.
E acabe lá com os fantasmas dos que “”gulas” que querem mandar em tudo e que querem ser senhores da razão”, porque o que dói mesmo é que a razão não está com a actual administração da EDIA e ainda ninguém, nem mesmo a KPMG – aliás, muito menos a KPMG – me conseguiu convencer do contrário. Se se der ao trabalho de ler o relatório integral, que é público, verá que todo aquele estudo é uma enorme construção para justificar uma conclusão, que de resto já está no Caderno de Encargos, no capítulo “Conteúdo”: “Os cenários que integram a visão estratégica a propor para a EDIA, deverão ter em conta, para além da adaptação orgânica da EDIA e do respectivo cronograma de transição para as novas áreas de negócio identificadas, os seguintes domínios de possível actuação da empresa no futuro: A) EDIA como potencial empresa gestora do sistema global de rega de Alqueva (…)”.
Como vê, ao invés de proporem a referida adaptação orgânica da empresa, a KPMG propõe que a EDIA engula o resto do empreendimento. Não sei como isso lhe parece a si, mas daqui parece que quem quer “mandar em tudo” não são os “gulas”, como lhe chama, mas sim a própria EDIA, ou melhor, os decisores da EDIA.
Vou repetir para ficar claro: não faz qualquer sentido a extinção da EDIA, até porque a EDIA tem uma missão; agora a adaptação orgânica talvez faça! e, se calhar, a administração podia explorar melhor as “novas áreas de negócio” que não colidam com toda a experiência acumulada ao longo de mais de 50 anos de regadio público em Portugal e que – seguramente – a KPMG não absorveu.
10 de Fevereiro de 2011 às 21:45
O Governador Civil veio hoje a terreiro defender a Gestão da EDIA . Os argumentos só revelam desconhecimento e ignorância de qual tem sido efectivamente o trabalho desenvolvido pela EDIA.
De facto a cultura de caserna adicionada á cultura socrática não dá para mais.
Porque não segue o conselho que os Egipcios têm oferecido a Mubarak ? GO HOME !!!
10 de Fevereiro de 2011 às 23:43
deixei comentário, não foi publicado. Porquê? Censura??????
10 de Fevereiro de 2011 às 23:46
@papoila – deixou, mas não foi aqui!
11 de Fevereiro de 2011 às 10:54
Meu caro Mete dó;
Parece-me que ficou um pouco incomodado com o meu comentário em que transcrevi um excerto da canção “VAMPIROS” do Zeca Afonso. Não foi minha intenção ofende-lo, mas pelo modo como reagiu leva-me a crer que felizmente não vive “Beco sem saída” mas sim num “CONTINENTE” ou perto dele.
Há um velho ditado popular que diz:
” NÃO MEXAS NA BARRIGA DA BESTA QUANDO ELA ESTÁ A COMER”
Penso que para bom entendedor meia palavra basta…
11 de Fevereiro de 2011 às 12:36
@ Zeca Afonso, continua abaixo dos mínimos exigidos para manter diálogo comigo. Nem de Beja sou… Em relação ao resto, faça uma coisa, nunca use papel higiénico a servir de guardanapo, principalmente quando este já é usado!
11 de Fevereiro de 2011 às 22:40
Sr. Espinho, nota-se à distancia que este post foi encomendado pelos agricultores…
11 de Fevereiro de 2011 às 23:42
@eu – pois foi. E se você soubesse quanto me pagam por cada hectare de post, morria de inveja.
13 de Fevereiro de 2011 às 19:56
Como isto é uma praça publica e como eu também por aqui passei e li, só me resta dizer que o “mete dó” mete mesmo dó.
E sigo cantando:
…ELES COMEM TUDO,
ELES COMEM TUDO.
ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA… 🙂