Nov 24 2010
Uma forma inteligente de fazer greve
Professores apelam aos pais para não levarem os seus educandos à escola. Os professores, como não têm alunos, não dão aulas. Fazem greve e, simultaneamente, não lhes é descontado o dia de trabalho (que não tiveram).
Espera-se que os encarregados de educação consultem se aos seus educando foi registada falta no dia de hoje.
Ah, e telefonar para uma escola a dizer que vai rebentar uma bomba também é uma boa forma de obrigar a fazer greve….
24 de Novembro de 2010 às 16:01
isso da bomba não resulta… que ao fim de umas horas estão de volta as aulas, agora experimentem meter um pouco de enxofre numa sanita e puxar o autoclismo… vão ver como durante uns dias não há aulas…porque? experimentem e depois digam…
24 de Novembro de 2010 às 16:06
Qual é a fonte desse tipo de informações? Ou está simplesmente a especular…
24 de Novembro de 2010 às 16:07
Foi exactamente isso que me ocorreu , excepto confirmar se há falta ou não!
24 de Novembro de 2010 às 16:32
@João Espinho
Que não faças greve, respeito. É um direito que te assiste.
Esse tipo de insinuações que fazes. Essas ligações de lógica distorcida que apresentas.
São uma falta de respeito á greve e aos grevistas. E um insulto á inteligência de quem lê esse post.
É suposto pensar que são os professores que lançam falsos alertas de bomba?
Só alguém muito estúpido é que pensaria que nenhum pai levaria á escola os filhos com um aviso destes.
No intuito de não ter alunos para trabalhar.
Quem emite estes avisos apenas está a ser cívico e a alertar os pais para se precaverem.
Afinal é perfeitamente natural esperar uma elevada taxa de adesão á greve, por parte dos professores e funcionários. Depois os pais que não se queixem.
Caro João, desculpa mas tenho de dizer isto….
Não nos tomes por parvos, com essas lógicas distorcidas pela tua cegueira ideológica. Ainda te descredibilizas a ti próprio.
24 de Novembro de 2010 às 17:07
@paulo – longe de mim tomar alguém por parvo. Mas não queiram que eu seja ingénuo, certo?
Sabemos as fórmulas usadas para que as greves sejam um exito, e esta até tem todos os ingredientes para ser um sucesso (em números para os sindicatos). O pior é o day-after: a ressaca é enorme pois tudo regressa ao mesmo (para os trabalhadores) e as cúpulas sindicais vão arrotar o fastio da vitória. Não me lixem; eu conheço-os.
– não te preocupes com a minha descredibilização; tenho garantido um lugar no céu 🙂
24 de Novembro de 2010 às 17:31
@João – Deves saber perfeitamente que os professores não dão apenas aulas. Preparam aulas, Testes, correcções, reuniões. muitas vezes fora do horário de trabalho e sem serem pagos pelas horas extras.
Trabalho não lhes falta.
A minha mulher é professora, e mesmo em greve, está neste momento a preparar aulas. Amanhã vai ter uma reunião que se prolongará muito para lá das aulas, e ninguém lhe vai pagar essas horas extras.
Posso garantir-te que não é a única professora nestas condições.
Infelizmente te,os sido governados por caceteiros, que usam e abusam da ignorância das pessoas para explorar os professores.
Dizer ou insinuar que os professores são malandros, ou xico-espertos, é contribuir para essa imagem. E só revela ignorância ou preconceito em relação aos professores.
24 de Novembro de 2010 às 18:47
@paulo – não metas na minha boca palavras que não proferi.
E não preciso de defender os professores, pois tenho alguns no meu círculo de amigos e eles sabem como respeito a profissão que exercem. Mas, como em todo o lado, há professores e professores.
24 de Novembro de 2010 às 19:38
Não se pode dizer que o país parou. Até porque hoje muitos funcionários públicos meteram um dia de falta a descontar nas férias – consequentemente não descontam ordenado – e ganharam una trocos a fazer um qualquer biscate. Sem recibo, claro.
24 de Novembro de 2010 às 20:49
“@João – Deves saber perfeitamente que os professores não dão apenas aulas. Preparam aulas, Testes, correcções, reuniões. muitas vezes fora do horário de trabalho e sem serem pagos pelas horas extras….”
“A minha mulher é professora, e mesmo em greve, está neste momento a preparar aulas. Amanhã vai ter uma reunião que se prolongará muito para lá das aulas, e ninguém lhe vai pagar essas horas extras….”
Caro Paulo nascimento, partindo do pressuposto que é uma pessoa bem informada e que apenas se manifesta relativamente àquilo que minimamente conhece, pois pelos seus “posts” assim me parece, saberá o senhor que o horário de um professor tem uma componente lectiva e outra não lectiva, e que a sua duração (da componente lectiva) varia consoante o nivel de ensino ao qual estão afectos. Logo, admitindo que a sua esposa faz esse trabalho verdadeiramente para além das 35 horas (e não tenho razões para dúvidar do contrário) então estará a trabalhar para além do seu horário normal de trabalho, dando (eventualmente) direito ao pagamento de trabalho extraordinário, mas aqui coloco a questão: esse trabalho é realizado na escola ou fora dela? É que não sei se sabe mas o pagamento de trabalho extra, na maioria dos casos não deverá dissociar-se do local onde é prestado, caso contrário também eu trabalho não poucas vezes até às 2 ou 3 da manhã e poderia invocar esse pagamento (mas de facto ninguém me paga, o que acontece com a maioria dos trabalhadores cujo local de trabalho esteja perfeitamente identificado).
Outra questão está relacionada com o tipo de trabalho realizado; é que os Srs. professores sempre defenderam e sempre quiseram fazer a sua componente não lectiva de preferência fora da escola e quando lhes pediram para acompanhar meninos nos prolongamentos de horário (educadores e 1º ciclo) e/ou actividades extracurriculares, tá bem tá!!! Para não falar de outras situações tal como a vigilância nos exames, o que não pintaram para que fosse trabalho para além da componente lectiva quando já não tinham praticamente aulas para preparar pois estavam no final do ano lectivo e consequentemente foi pago, primeiro como trabalho extra, mais tarde com a atribuição de um valor único já na correcção de exames).
Não sei qual é a situação da sua esposa, se “quadro de nomeação definitiva”, se Quadro de Escola, se QZP, se CIT, mas garanto-lhe que enquanto existir uma multiplicidade de situações juridicas no seio da classe docente alguém continuará permanentemente a ficar mal, e esse alguém serão os “jovens professores” que querem ingressar no mercado de trabalho e vêem-se impossibilitados pois os mais velhos, os do sistema e que “comem à conta desse sistema” estão com redução da componente lectiva e a dar 10 ou 12 horas por semana, enquanto no privado e nos Centros de Emprego dão outras 10 ou 12, muito para além do que a lei permite, tapando a possibilidade aos mais jovens pois seria uma alternativa para o ingresso no mercado de trabalho (situação que sofreu uma pequena alteração a partir do ano 2002, em que os profissionalizados poderiam ganhar tempo de serviço nessas escolas e até em Centros de Emprego -o que antes não acontecia – mas que na prática quase não resultou porque os “comilões” são quase sempre os mesmos).
Para não falar dos senhores professores que proliferam nos serviços públicos, à pala de uma requisição ou destacamento que tinha o limite de 3 anos mas que se estende por 8, 10 ou 12 e até “ad eternum”, pois os senhores passado uns tempos, ou porque a escola de afectação é longe (e de certa forma, nalguns casos até se compreende a respectiva requisição) ou porque deixam de ter paciência, capacidade e aptidões para “aturar os meninos” e que simplesmente já não querem voltar à Escola.
Mais, nos bons velhos tempos (e garanto-lhe que até há pouco tempo), os Srs. professores, em função da avaliação sistemática de “Satisfaz” e uns quantos créditos decorrentes de formação, transitavam a velocidade cruzeiro, de escalão, bastando, com alguma sorte, 20 anos para chegar ao topo da carreira enquanto que um “desgraçado” de uma carreira do regime geral teria que esperar, no minimo, quase 30 anos (e na maioria dos casos não conseguiam).
Corporativismo exacerbado, numa “selva” onde se marcam e se degladiam uns aos outros, muito mais do que em outras profissões, quase sempre em prejuizo dos recém Licenciados não obstante reconheça e dê o devido mérito a todos quanto dignificam a profissão, com tradução na qualidade do ensino, preserverança e luta contra interesses instalados dentro da própria classe; esses sim, merecem todo o meu respeito e admiração.
É apenas a minha opinião e espero que não me interprete mal.
Cumprimentos
24 de Novembro de 2010 às 21:22
Pois eu foi a 1ª vez que a deixei de fazer em dia dela e as vezes que fiz foi porque achei que serviria para alguma coisa, agrora já não! Isto não quer dizer que não o venha a fazer, agora fazer porque os outros fazem ou porque há pressoes ou deixa de haver, já não tenho idade para isso!!! Já não papo de rebanhos!!
25 de Novembro de 2010 às 0:25
tanta parvoice, ou não será que só dá aulas quem não quer fazer mais nada?
sempre é melhor que caixa de hiper, não?
e esses horarios zero horas, horarios reduzidos etc, etc?
olhem ponham os ciganos a ensinar !
25 de Novembro de 2010 às 0:28
essa imformação além de ser falsa é um atentado á profissão. Fiz greve pela 1ª vez e noutras ocasiões tive na escola quase “só”, com poucos colegas e funcionários e todos os alunos. Ora a confusão/caos era muito e hoje deve ter ocorrido em muitoas escolas. Os pais estão habituados (na sua grande maioria) a “descarregar” os filhos nas escolas e hoje foi um dia péssimo para eles.
25 de Novembro de 2010 às 8:46
@Vitesse
Obviamente que está dentro do assunto. Tal como a sua extensa dissertação comprova.
Sobre os professores que exercem actividade no sector publico e sector privado em simultâneo:
Estou frontalmente contra. Eu e a minha esposa somos muito críticos sobre esse assunto.
Sobre as requisições ou destacamentos em outros serviços públicos:
Estou frontalmente contra. Eu e a minha esposa somos muito críticos sobre esse assunto.
Um professor deve dar aulas. Não é um burocrata.
O que me leva á ultima questão: Componente lectiva e não lectiva:
Um professor terá sempre trabalho administrativo de variada ordem. Planeamentos, Reuniões, testes … etc…
Mas essa carga burocrática não deve sobrepor-se á sua função primária, que é dar aulas.
Se os professores apenas realizassem trabalho na escola e dentro do horário de trabalho, nunca conseguiriam terminar tudo o que têm para fazer.
Se os alunos faltassem todos, os professores teriam sempre muito trabalho a realizar. Talvez nessa noite se deitassem ás 23:00 em vez das 02:00.
Sobre QZP, QE, Contratados.
Deveria existir apenas um único quadro nacional de professores e os professores seriam colocados de acordo com necessidades das escolas e preferências dos professores, e muitos dos contratados, muitos deles há mais de uma década deveriam integrar esses quadros.
Mas o caminho do governo é o oposto. Privatizar todas as escolas de forma encapotada.
25 de Novembro de 2010 às 13:19
@ Vitesse- Obrigad@!
25 de Novembro de 2010 às 18:29
“Se os professores apenas realizassem trabalho na escola e dentro do horário de trabalho, nunca conseguiriam terminar tudo o que têm para fazer.
Se os alunos faltassem todos, os professores teriam sempre muito trabalho a realizar. Talvez nessa noite se deitassem ás 23:00 em vez das 02:00.”
Concordo, nomeadamente aqueles que de facto (e não apenas de direito) são professores, e fazem honra e orgulho nisso, e como já disse, a minha homenagem para eles.
Porque outros há que lhes sobra tempo para isso e muito mais!!!
Mas vejo que estamos de acordo em muitas coisas e reconheço que quanto à matéria atinente aos horários a mesma é complexa e carece de discussão e aprofundamento em sede própria.
Finalmente, quanto aos concursos defendo (como sempre defendi) que os mesmos deveriam ser abertos e realizados pelas próprias escolas (entenda-se com autonomia) porquanto serem essas que efectivamente conhecem e sabem das necessidades existentes, pelo que sou contra a centralização do procedimento concursal (não obstante admita a existência de directrizes provenientes de organismos centrais – o problema é que apenas serviriam para cortar -).
Cumprimentos
25 de Novembro de 2010 às 18:59
Os professores sempre foram mais inteligentes! Agora é que descobriu? Se isso aconteceu, é o que os pais merecem e todos os que têm dito mal dos professores.
25 de Novembro de 2010 às 19:32
“Os professores sempre foram mais inteligentes! Agora é que descobriu? Se isso aconteceu, é o que os pais merecem e todos os que têm dito mal dos professores.”
???
25 de Novembro de 2010 às 19:43
@vitesse – não podemos valorizar demasiado certos comentários.
25 de Novembro de 2010 às 21:06
os professores não querem é fazer nada….
no meu tempo davam reguadas , educavam e ainda ensinavam…., agora querem é o graveto ao fim do mês
e o status de drs.
25 de Novembro de 2010 às 21:10
isto para não falar nas explicações, com respectiva fuga ao fisco como é obvio, e ainda se lamentam?
será que não são investigadas as contas bancárias de casos gritantes cá da terra?
ou fazem como os lelos que acabaram com as contas nos bancos?