Nov 01 2010

Liberdades

Publicado por as 11:11 em Crónicas

Crónica publicada na edição de Outubro da revista “30 dias

“E assim neste ócio profundo
Sem males vistos ou bens,
Sinto que todo este mundo
É um largo onde ladram cães.”

Fernando Pessoa

Cumpre-se agora um ano de um novo mandato autárquico na Câmara Municipal de Beja. Por muito que custe a algumas pessoas, foram as vontades, quereres e os votos das gentes que ditaram a mudança nos destinos da governação do concelho de Beja. Mais do que uma adesão ao programa eleitoral autárquico dos socialistas, os bejenses manifestaram o seu desejo em pôr termo a mais de três décadas de domínio comunista na Câmara de Beja, declararam, através do sufrágio, a sua vontade em mudar o rumo de uma cidade estagnada e resistente ao desenvolvimento.

Passado um ano sobre a tomada de posse do novo executivo, têm sido muitos os parágrafos gastos a fazer balanços e análises ao desempenho dos novos autarcas e sobre o cumprimento das promessas eleitorais. Muito se tem escrito sobre os “pilares” onde assentou um programa eleitoral ambicioso e que, para alguns, já deveria estar finalizado, como se num ano fosse possível concluir uma obra que, espera-se, esteja a ser construída de raiz. Um ano é muito pouco tempo para poder fazer avaliações sérias sobre o trabalho do actual executivo camarário. O grande balanço, e aquele que realmente interessa, será feito em 2013 quando os bejenses forem de novo chamados a votar e a dizerem de sua justiça. Obviamente que, de ano a ano, se irão tirando algumas conclusões sobre os caminhos que têm sido seguidos, sobre as soluções encontradas para cumprimento da prometida mudança. Cá estaremos para o fazer, mas, repito, um ano é pouco, muito pouco.
Não posso, porém, deixar de referir um aspecto interessante que as novas cores políticas trouxeram ao habitual cinzentismo bejense.
Na noite das eleições autárquicas, e em ambiente eufórico, o recém-eleito presidente da Câmara terá dito que a democracia (ou a liberdade, já não me recordo) chegara finalmente a Beja. Para muitos foi um excesso de linguagem. Analisando bem, Jorge Pulido Valente tinha razão:
1 – Com a sua eleição, viu a luz do dia uma denominada “organização do PCP dos trabalhadores da Câmara de Beja”, estrutura que, nos anteriores mandatos, nunca tomara uma posição, emitira um comunicado ou dera uma entrevista. Calcula-se que esta “organização”, vivendo em clandestinidade, se tenha movimentado nas catacumbas dos Paços do Concelho, quiçá construindo um túnel de acesso à Rua da Ancha onde, aí sim, poderiam dar asas à sua ânsia de Liberdade. Clandestinos no local de trabalho, mas homens livres na sede do Partido, podem agora andar e falar livremente;
2 – Durante anos a cidade de Beja cingiu-se a ter pouco mais do que uma dezena de blogs activos. Após as eleições de Outubro de 2009, e com o “regresso da Liberdade à cidade”, esta ferramenta de comunicação que são os blogs, expandiu-se, multiplicou-se e nasceram como míscaros. Alguns acabaram por morrer – comeram o seu próprio veneno – outros continuam a usufruir da liberdade que, durante as décadas precedentes, tanto almejaram. Também os seus autores deverão ter vivido em clandestinidade, pois não se lhes conheceu uma letra, um suspiro, uma reclamação. Sobreviventes da longa noite e da obscuridade a que se viram obrigados durante o anterior regime autárquico, são agora os maiores paladinos da Liberdade alcançada com a vitória de Jorge Pulido Valente.
Não sei se já lhe agradeceram. Mas deviam, pois sem esta nova Liberdade nunca saberíamos das suas existências.
João Espinho, Outubro de 2010

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40 Resposta a “Liberdades”

  1. Bejense diz:

    Se não quer publicar de novo o seu próprio texto pode colocar o link, acho que ele ilustra bem a sua evolução de análise politica.
    Crónica publicada no Correio Alentejo de 26/12/2008.

    O ano de 2008 está a chegar ao fim e, como é hábito nestas ocasiões, somos tentados a fazer um balanço sobre o que foram estes últimos 365 dias.
    Ao longo das minhas crónicas aqui no Correio Alentejo, não tenho deixado de escrever aquilo que sinto sobre a minha cidade, sobre a minha região, sobre o partido no qual milito há quase 30 anos e sobre o estado em que está o País. Tenho feito, é verdade, deste espaço, uma espécie de livro de reclamações. Não me movem outros objectivos que não sejam a de exercer a cidadania, a de poder contribuir, com mais ou menos críticas, para que esta terra possa progredir e seja o palco onde os seus filhos possam estudar e desenvolver as suas actividades profissionais, seja um território atraente para novos empresários, em suma, que seja uma região onde apeteça viver.

    As linhas que aqui escrevo mensalmente não são diferentes daquelas que, quase diariamente, vou deixando no Praça da República, blog que edito há mais de 5 anos e que, desculpem-me a imodéstia, é ainda um dos meios de comunicação mais lidos na nossa região. Também as palavras que profiro enquanto eleito na Assembleia Municipal de Beja não são divergentes das que vou deixando escritas aqui ou no blog.

    Tenho sido um, entre muitos, dos que criticam o executivo camarário bejense, pela sua incapacidade em ser o motor de desenvolvimento desta região, pois ao longo destes anos não foi capaz de fixar os seus filhos, tem demonstrado inaptidão em atrair investimentos e incompetente em estancar a saída de muitos quadros e alguma massa cinzenta.
    As razões das minhas críticas nada têm a ver com a pessoa A, B, ou C. Apesar de alguns encararem os meus reparos e apreciações como “ataques” pessoais, certamente porque pouco habituados ao exercício da liberdade de expressão, apesar de se reclamarem como seus indefectíveis defensores, as avaliações que tenho vindo a fazer são, na sua essência, de cariz meramente político.
    Observando o ano que agora termina, seria interessante que se olhasse atentamente para o que foi a política levada a cabo pelo executivo da Câmara Municipal da cidade capital de Distrito, partindo daqui para um balanço das suas actividades.
    E, posso garantir-vos, a análise sobre o exercício camarário não é fácil, dado que o comparo com os compromissos eleitorais do PCP em 2005. Não vale a pena, julgo eu, rebater nesta tecla: o PCP vai ser incapaz de cumprir metade (sou optimista) daquilo que prometeu aos munícipes bejenses. Um facto curioso: o PCP/CDU não sentiu necessidade de convocar a comunicação social para fazer um balanço sobre as actividades da CMB ao longo deste ano de mandato.
    É sintomático de várias coisas:
    1º – A política da edilidade navega ao sabor dos acontecimentos do momento;
    2º – O executivo camarário tem os seus meios próprios de propaganda, pelo que não necessita de alguma comunicação social (aquela que não controla) para divulgar as suas actividades.

    Olhemos então para 2008 e para as grandes linhas políticas deste executivo camarário:

    1 – O princípio do ano serviu para que Francisco Santos – Presidente da Câmara – viesse a terreiro defender a solução Portela+1, sendo o aeroporto de Beja o complemento +1. Nunca se chegou a saber se esta posição foi coordenada com a Administração da EDAB ou se foi um acto de seguidismo das linhas orientadoras do Comité Central do PCP.
    Aliás, em matéria de aeroporto de Beja, Francisco Santos ainda não desvendou a sua Caixa de Pandora: turismo ou carga? Plataforma para o comércio chinês ou low cost? E, já agora, a fábrica chinesa de pilhas, que prometia 580 postos de trabalho, ficou adiada ou não passou de mais uma ilusão? Uma coisa é certa: Jerónimo de Sousa afirmou que o aeroporto de Beja tem que servir, essencialmente, “como base logística para escoar os produtos produzidos na região”. Resta saber quais e com que incentivos da autarquia.

    2 – A CMB, decididamente, não acerta com o caminho do turismo. A cidade e o concelho têm tudo para se poder vender lá fora. Porém, a autarquia não consegue fazer uma aposta clara na sua projecção para o exterior. O stand da CMB na Ovibeja foi uma montra para consumo interno e ninguém sabe dizer se ali se promoveu a gastronomia local, se os monumentos históricos ou se os aromas e paisagens da região. Para que serviu toda aquela volumetria exagerada se a mesma não tinha objectivos claros? A propósito: que roteiros históricos foram já criados pela autarquia? Onde está a ligação da cidade ao Rio Guadiana e respectivos moinhos?

    3 – No aspecto cultural, a Câmara de Beja faz, e bem, o seu papel. Expurga os que não lhe são afectos e promove os seus apaniguados, independentemente da qualidade do produto final. Poderiam coexistir vários tipos de manifestações culturais, mas a CMB prefere desviar os seus apoios financeiros e logísticos de forma a proteger quem seja da cor ou, no mínimo, que não faça estragos políticos. Refira-se, a propósito, que a autarquia bejense dá preferência ao fornecimento gratuito de transporte a manifestantes anti-governamentais a acarinhar – através de contrato de exibição de espectáculos – uma companhia de teatro local, profissional, que tem levado o nome de Beja por todo o país e estrangeiro. A cultura bejense vive da autarquia e esta não é isenta nos seus carinhos.
    4- O Congresso do Alentejo – em 14ª edição – teve o Presidente da edilidade bejense como seu principal cabeça de cartaz. Já poucos serão aqueles que se lembram do que por lá se passou e disse. Esta iniciativa, a que só o PCP dá importância, serviu, mais uma vez, para saber-se o que pensa Francisco Santos da política regional. Quando se comprometeu a discutir a “Estratégia para o desenvolvimento”, “Instrumentos para o desenvolvimento” e “Regionalização”, do edil ficaram-nos gravadas estas palavras: “a regionalização deveria avançar, em 2009, no Alentejo, como projecto-piloto”. Nunca mais lhe ouvi uma palavra sobre este assunto, mas fiquei com a impressão de haver uma vontade de transformar esta região numa coisa cada vez mais isolada, mais distante de tudo e todos.
    Não vou ser mais extenso nas minhas apreciações sobre a política autárquica bejense (ou a falta dela). Seria fastidioso relembrar algumas das infelizes atitudes de quem gere o nosso concelho. A realidade do concelho e da cidade está à vista de todos. Cada vez mais longe do desenvolvimento e sempre mais perto da desertificação, Beja precisa de olhar para 2008 como uma experiência a não repetir. Oxalá o próximo ano nos traga novos rostos, novos ares, novas políticas.
    A todos os que me lêem, votos de um Próspero Ano Novo.

  2. AVLISESTE diz:

    Retirando o nome do felizmente afastado, Dr. Francisco Santos (convenhamos: insigne médico), a análise de 2008, infelizmente é bem actual.
    Que se cuidem JPV e a sua equipa, porque 2013 é já daqui a três dias e as realizações (obras) deste executivo tardam em aparecer: As pessoas que votaram nesta equipa, começam a ficar desiludidas e a evidenciar alguma frustração pela ausência ou vislumbres de mudança.
    A dinâmica do Dr. Barriga e de outros, que operou a tão desejada mudança na autarquia, não pode perder-se e merece muito mais; é tempo de acabar com este triste marasmo!

  3. NG diz:

    Está o actual executivo camarário desobrigado de fazer qualquer coisa pela cidade. Cumpriu o que lhe e exigível! É que
    ficamos a saber pela boca de JE que o programa eleitoral autárquico dos socialistas pouco interessou a quem votou aa equipa de PV, e que o que os bejenses quiseram foi pôr fim ao domínio comunista na Câmara de Beja … Interessante, esta teoria, sim senhor.
    A propósito: os eleitores de Beja são os bejenses, ou também contam os paraquedistas e os que vieram ver a bola?

  4. Celso Pereira diz:

    O que me faz confusão, é que para as diversas maiorias que foram acontecendo de 4 em 4 anos, tudo estava bem em Beja. Agora, de há um ano para cá, tudo está mal, tudo é posto em causa, e melhor, essa maioria até acha que 1 ano chegava para o JPV resolvesse todos os problemas……..que antes não existiam, mas agora parece que surgem como cogumelos. Quer dizer, a minha confusão é relativa, só diz respeito àqueles que como eu votaram na mudança, e agora ao fim de um ano estão com dúvidas, porque sobre os comunistas a esperança de vê-los a votar na pessoa e não no partido, pelos menos da minha parte é nula. Sobre aqueles que estão com dúvidas…..sinceramente não compreendo, parece-me que estas dúvidas não andam de mãos dadas com a inteligência, caso contrário elas não surgiriam. Acho que é só uma questão de ver que a alternativa (para quem está esquecido), era o chico santos e o miguel ramalho para que essas dúvidas se dissipassem todas. Mas enfim……

    Cumpts,

  5. Algarvio diz:

    Para que não fique confuso, sr Celso Pereira, explico-lhe as diferenças que existem entre este mandato (PS) e o anterior (CDU)..
    1.Antes, qualquer pessoa entrava na Câmara e falava ou com os Vereadores ou com o próprio Presidente. Agora, ninguém é recebido (a não ser os boys) e os munícepes têm de preencher um formulário.
    2. Antes, qualquer informação era dada gratuitamente. Hoje paga-se. Vá um dia à Camara e experimente, por exemplo, pedir uma informação sobre o nº de uma campa e verá que, a troco da informação, cobrar-lhe-ão 10 Euros.
    3.Antes havia um protocolo de investimento com todas as Juntas de Freguesia com qual se fizeram obras importantes em todas as aldeias. Agora, não há nada.
    4. Antes havia um protocolo de competênciaS assinado entre a Câmara e as Juntas de freguesia que era discutido anualmente. Agora, as discussões não existem.
    5. Antes, havia lisura nas relações entre a Câmara e os munícepes. Agora, há mentiras por parte dos Vereadores do ps,
    6. Antes assumiam-se os erros. Agora, não há erros e quando se detectam inverdades a culpa nunca é do presidente mas sim dos trabalhadores da Câmara.
    De repente lembro-me destas 6 questões. Mas há mais. Estaria aqui até amanhã para enumerá-las (e são muitas, pode crer)
    Mas já que fala em inteligência, já reparou nas inteligências de dois vereadores do ps? É confrangedor assistir a assembleias municipais quando estes dois falam. Uma, de contas, anda sempre enrolada, e o outro (tambem conhecido por Boby) mente com quantos dentes tem na bica.
    O jpv, esse inventa papões
    com os meus cumprimentos

  6. João Espinho diz:

    @algarvio – antigamente a CMB era uma extensão da sede do PCP. Agora já não é! Faltou-lhe esta, não foi?

  7. sapien diz:

    @joão espinho, a tua análise em 2008 era perfeitamente actual não sei porque te deste ao trabalho de escrever outra, a não ser por te estares a tornar um defensor da primeira linha do JPV, ao contrário de outros que vão começando a abandonar o barco.
    Importa ter presente que quer num caso quer noutro é de um ano de mandato e apenas isso que estavas a falar.

  8. catarina diz:

    Antigamente era tudo bom, agora esta tudo mal, porque será?
    Só faltam três anos diz o Avliseste, pois digo-lhe que se trate com um bom cardiologista porque quando chegar esse dia o seu coração não aguente.
    Que grande desilusão os camaradas tiveram, ainda a procissão vai na praça quando chegar ao altar já não existe camaradas.
    Viva J P V e todo o executivo.

  9. Algarvio diz:

    Sr. Espinho
    Aceito que as pessoas não pensem como eu. Só não aceito pessoas estúpidas

  10. João Espinho diz:

    @sapien – muitos gostariam que eu me tornasse num “defensor da primeira linha” do JPV, do Zé da Esquina, do Manel da Queijadas, etc…. Para bem deles, não sou “defensor da primeira linha” de ninguém. Quanto aos que “vão começando a abandonar o barco”, o problema é deles; é sinal que estão no barco.
    Relativamente ao ” um ano de mandato” que refiro em ambas as crónicas, só por má fé se pode equipará-los. Um era o terceiro de um mandato na continuidade de outros 30. O outro é, só, o primeiro ano de um mandato. Difícil de perceber, não é?

  11. João Espinho diz:

    @algarvio – eu também não, mas tenho tido muita paciência para as aturar….

  12. AVLISESTE diz:

    “Camarada” Algarvio:
    Quer você convencer-nos que o Xico Santos e sua “camarilha” é que eram os melhores da cantareira ?
    O JPV e a sua equipa pode ter muitos erros e lacunas, mas comparados com os CDU,s / PC,s que estiveram na autarquia bejense, são uns perfeitos “meninos de coro”: Infelizmente, não lhes chegam aos calcanhares!
    Olhe….. seguindo o seu raciocinio eu digo: “Amigo meu não tem defeito; inimigo… se não tiver; eu ponho ou invento!”.
    ??? Antes havia lisura com os municipes ???? Antes assumiam-se os erros ????
    Mas estamos a falar de que autarquia?: Beja do Carreira Marques ou do Francisco Santos, não é concerteza ?!
    Como há várias BEJAS, talvez seja uma outra qualquer que não esta do Alentejo.
    FORÇA……. JVP ! (Apesar de tudo ainda continuamos à sua espera e a contar consigo).

  13. Algarvio diz:

    Bem, não têm argumentos…
    De estupidificação de ideias e personalidades, de insinuações deturpadas, estou farto de ver,
    Só vejo gente em bicos de pé…

  14. zandre diz:

    Esta história de que antes, qualquer pessoa entrava na Câmara e falava ou com os Vereadores ou com o próprio Presidente é cá uma treta! Passei horas naquela porta e foi coisa que nunca consegui.

  15. João Espinho diz:

    @algarvio – desculpe, mas é capaz de traduzir a expressão “estupidificação de ideias e personalidades”? É que, realmente, deixa-me estupidificado.
    Já agora: onde é que você anda que só vê “gente em bicos de pé…”?

  16. Algarvio diz:

    Sr Espinho
    Vá ao dicionário. Consegue manuseá-lo?

  17. João Espinho diz:

    @zandre – mas há quem andasse por corredores e gabinetes por razões estranhas. Um abraço.

  18. AVLISESTE diz:

    Catarina:
    O meu ritmo cardiaco e respectivo aparelho, até agora tem sido do melhor que se fabricou na década de 50.
    Antigamente não era tudo bom, muito longe disso: Antes pelo contário, era tudo muito mau! O que se pretende é a mudança, rápida e para melhor, porque os municipes, até agora o que é que viram ? pouco + que nada !
    Não sou, nem nunca fui da outra área politica da autarquia (nem do governo), por isso estou à vontade para lhe dizer, que já se começa a falar tipo “boca pequena” e nos “bastidores” do PS e nos apoiantes de JPV, que a equipa deste é muito fraca e incapaz para uma capital de distrito. Eu não gostaria que isto se confirmasse, nem quero ser “velho do restelo”, mas que começa a faltar obra…. é uma realidade e isso é triste!

  19. João Espinho diz:

    @algarvio – o que mais tenho feito na vida é manusear dicionários. Até os estudo, veja lá você bem…
    (e vem lá a resposta sobre os “bicos dos pés”?)

  20. Algarvio diz:

    Sr Espinho
    Pois não parece que alguma vez tenha visto um dicionário à frente e muito menos manuseá-los. Ou então parou numa palavra e não conseguiu avançar porque a cegueir não o deixou ver mais nada.

  21. João Espinho diz:

    @algarvio – tá bem 🙂

  22. José Bispo diz:

    Agora, o Povo Unido, até já canta o Hino Nacional:

    Heróis do mal
    Pobre Povo
    Nação doente
    E mortal
    Expulsai os tubarões
    Exploradores de Portugal
    Entre as burlas
    Sem vergonha
    Ó Pátria
    Cala-lhe a voz
    Dessa corja tão atroz
    Que há-de levar-te à miséria
    P’ra rua, p’ra rua
    Quem te está a aniquilar
    P’ra rua, p’ra rua
    Os que só estão a chular
    Contra os burlões
    Lutar, lutar !

  23. João Espinho diz:

    @bispo – isso canta-se na rua da ancha? E não, não é o hino nacional.

  24. Celso Pereira diz:

    Sr Algarvio……eu moro numa aldeia, se quiser vir cá visitar-me podemos falar um pouco sobre o seu ponto 3. Sobre o seu ponto 5, quando fala de mentiras dos vereadores do PS não posso deixar de lhe referir que o dr.chico quando cá esteve em campanha, prometeu a todos os idosos que se votassem nele …….deixavam de pagar àgua. Se ele se referia à àgua da chuva, estava equívocado, porque essa pelo menos na minha aldeia ainda não se paga. Sobre o seu ponto 6……..deve ser para rir. Sobre o ponto 4….não sei, mas se era discutido anualmente !! acho que ainda não se passou um ano sobre a tomada de posse., ou já ?!! Sobre os outros ……não sei, até porque nunca fui e não sou frequentador da Câmara.

    Cumpts,

  25. AVLISESTE diz:

    Senhores:
    Queremos é debate de ideias: Isto assim não é nada.
    Este camarada sulista, não entende, não percebe ou então quer passar-nos um atestado de estupidez !
    A “doutrina” que nos pregaram, impingiram durante 35 anos foi mais que suficiente para nos fartar!
    É tempo de dizer: Basta !.
    Já agora, pergunto ao camarada Algarvio, como é que ele justifica que Beja seja a autarquia, capital de distrito, + atrazada, quando outros concelhos, mesmo sendo governados por “comunas” estão à nossa frente: Só há uma justificação: tivemos azar, “cabedou-nos” aquilo que de pior havia no PC !

  26. José Bispo diz:

    Não, isto canta-se mais lá para os lados da Rua do Ulmo e vai passar a ser o novo hino nacional com a batuta de Pedro Passos Coelho acabadinho de sair do cabeleireiro da Rua das Doçuras de Portugal.

  27. João Espinho diz:

    @bispo – você não sabe o que é o hino nacional!

  28. Paulo Nascimento diz:

    @J.Bispo

    Não sou grande adepto de bandeiras nem hinos, mas a sua musica fica no ouvido. 🙂

  29. Abade Anacleto diz:

    @AVLISEST: …que já se começa a falar tipo “boca pequena” e nos “bastidores” do PS e nos apoiantes de JPV, que a equipa deste é muito fraca e incapaz para uma capital de distrito…
    Confesso que por norma gosto de ler o AVLISEST. A boca já não é assim tão pequena. Os vereadores são muito fracotes (para não usar um termo mais adequado, mas que seria grosseiro). Foram uma péssima escolha com tanta gente competente que o PS tem por aqui. Penso mesmo que são uma desgraça! Excepção honrosa é o vereador Velez, um homem competente e uma pessoa correcta e colocada no sítio certo. Se ao Miguel Góis lhe chamam o “Boby”, então deveríamos chamar ao Vereador Velez a “Âncora”, o farol que mantém as coisas no seu lugar sem devaneios ou as megalomanias do Boby. Executivo actual? Resume-se ao Jorge Pulido e ao Velez, o resto nem miragem chega a ser.

  30. AVLISESTE diz:

    Abade Anacleto:
    Transmita-se e faça-se sentir aos Dr. Jorge Pulido Valente e ao Eng. Velez, aquilo que consta na praça pública, que, pelos vistos, já não é assim à boca tão pequena quanto isso. Façam das fraquezas força e dêm + gaz à equipa, porque o perigo espreita.
    É preciso JPV encarar a realidade de frente e sem embaraços: Beja não é Mertola; não tenha medo e apresente propostas ousadas. Quem apoiou JPV e a sua equipa, não lhe renegará agora apoios para uma completa mudança na cidade.
    Há muita gente independente que está disposta a colaborar na mudança, assim seja convidada a participar.
    Para Beja mudar, a sua gestão não pode ficar confinada aos “ditames” do aparelho do PS. JPV tem descolar o mais rápidamente possivel das amarras partidárias e exercer o seu mandato de acordo com os princípios programáticos do BEJA CAPITAL, porque foram essas as linhas que o Dr. Zé Barriga “vendeu” às pessoas e aos seus amigos.
    Os principios do BEJA CAPITAL prometeram uma rotura com o passado: Onde é que ela está ? A crise do país não pode justificar tudo e muito menos a inépcia, a inércia e a ineficácia, patentes e vigentes na nossa cidade!

  31. franco diz:

    Admira-me muito a opinião do Abade Anacleto, à uns meses atrás tudo fazia quer que o executivo era o melhor, escrito por o Abade neste blogue, será que também o Abade já se virou camarada,ou esperava um tachinho e não conseguiu.

  32. fatima diz:

    @ Celso Pereira em Albernoa era a água ,Trigaches era os pavilhões com água,nas Neves era as piscinas com água em Baleizão era um lar interno sem água.
    Tanta água meteu esse camarada,água salobra.

  33. João Espinho diz:

    @franco – não me recordo de ler bajulações por parte do Abade.

  34. franco diz:

    @João Espinho tenho tudo deste blogue gravado na minha memoria ,tenho boa memoria e vai ver que tenho razão.
    Ainda disse mais e muito mais que bajulações.

  35. AVLISESTE diz:

    E se este forum servisse para apresentar propostas? Será que elas apareciam ? Será que o JPV e a sua equipa as aproveitariam? (Caso fossem exequiveis e/ou discutiveis ?). Valerá a pena tentar ?

  36. João Espinho diz:

    @franco – tem a certeza que é o Abade? Olhe que não…

  37. Celso Pereira diz:

    No próximo fds, uns rapazes de Beja vão trazer outros dos mais variados pontos do país para cantar e encantar pelas ruas da cidade, e depois à noite subirão ao palco do Pax Júlia para presentear quem lá for com um espectáculo que só se vê em Beja uma vez por ano, o FITU Terras de Cante. Resta-me dizer que eles conseguem fazer isso com meia dúzia de euros. Acho assinalável e louvável, principalmente nos tempos que correm.

    Cumpts,

  38. José Pedro diz:

    Estes comunistas são capazes de dizer que a Coreia do Norte não é uma ditadura e são capazes de pôr nos outros algo que eles fazem! Para onde foi agora o Rui Mateus? O Álvaro Nobre? O Miguel Ramalho? O Manel dos Reis? E os outros todos? Até me contorço todo de ler o que leio de gente que devia era estar calada! O que eu nunca vi nestas dezenas de anos é a incompetência de uma oposição como esta e ver o que se vê nas Assembleias Municipais até me envergonha no Partido Comunista. Aquilo parece uma bagunça e a falta de nível político é gritante. E ainda se deram ao trabalho de afastar de cena aqueles que podiam ser uma mais valia. E há lá um de bigode que nota-se mesmo que engole sapos, atrás de sapos… se ele pudesse só ele é que falava, só para não ter que ir defender uma porrada de gente que quer palco e espalha-se ao comprido.

  39. Abade Anacleto diz:

    @franco: “Admira-me muito a opinião do Abade Anacleto, à uns meses atrás tudo fazia quer que o executivo era o melhor, escrito por o Abade neste blogue, será que também o Abade já se virou camarada,ou esperava um tachinho e não conseguiu.”

    Nunca disse que o executivo era o melhor, mas sim que era melhor que os que existiram antes! O que diz não corresponde à verdade! Camarada? Bom, deve referir-se à Rua Ancha. Nunca fui e não sou comunista (aliás, se o fosse é óbvio que nunca poderia pertencer ao PCP que nem sequer o é!). Fui e sou um apoiante da mudança e de Jorge Pulido Valente, sem dúvida que o sou e , assim sendo, considero a escolha de Cristina e Miguel uma má escolha. Graças a Deus que o executivo não se confina a eles! Nunca recebi qualquer tachinho e nem o espero receber. Isso são decisões que não me pertencem e para além disso, também não sou nem camaleão nem lambe-botas. O sr. Franco deve expressar as suas opiniões sem tentar denegrir seja quem for que aqui faça comentários, ou seja, sem ter conhecimento de causa.

  40. maria diz:

    Passou um ano, é pouco tempo para o executivo mostrar o que vale, vamos esperar e no fim vamos dizer se são bons ou não.

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