Mai 31 2010
O Plano de Austeridade
De acordo com esta notícia, a Câmara Municipal de Beja prepara-se para aplicar um Plano de Austeridade, tendo em vista a “redução da despesa”.
Inteiramente de acordo. Em tempo de “vacas magras” é esse o caminho.
Porém, espero que este pré-anúncio não se fique por isso mesmo.
Isto é: os cortes nas despesas devem começar, antes de mais, dentro da própria casa.
Por exemplo, nas despesas de representação, onde se incluem almoços, lanches e jantares de trabalho. Nas comunicações telefónicas, fazendo uma gestão criteriosa da distribuição de telemóveis de serviço e na aplicação de plafonds de chamadas de serviço (também nas fixas). No uso comedido do tal material de escritório, cortando radicalmente na sua distribuição (canetas, esferográficas, borrachas, papel fotocopiadora/fax, lápis, etc etc…).
Também as despesas com combustíveis podem ser substancialmente reduzidas, se as viaturas de serviço forem utilizadas com parcimónia, proibindo-se a sua utilização fora das horas de serviço (onde aplicável, obviamente).
Exige-se, igualmente, moderação nos meios de propaganda: acabar com luxuosos boletins municipais, que anunciam obras já anteriormente divulgadas pelos OCS; pôr fim aos outdoors anunciando cá dentro o que toda a gente já sabe que se vai passar – isto é para consumo interno e parece propaganda eleitoral. Refiro-me obviamente às “Beja – Cidade do Vinho 2010” e Vinipax, cuja propaganda só vejo feita intramuros, não se vendo lá fora uma única referência aos eventos.
Para além destas, há outras áreas onde a despesa pode ser reduzida de forma eficiente e efectiva.
Sei que as más práticas foram herdadas de mais de três décadas de executivos comunistas, pelo que esta é uma boa oportunidade para acabar com muitos vícios e perceber as vontades do actual executivo.
Aguardemos.
31 de Maio de 2010 às 21:25
Para além das citadas existem outras, onde o volume de EUROS é mais importante.
Cito :
Despesas em concursos públicos de bens diversos, materiais e obras, mais exigente e criteriosa !
Aqui sim, porque 1/3 é em vencimentos no orçamento, e será nos outros 2/3 que existem áreas onde os cortes devem existir .
Sabe-se que a teoria e a escrita, são bem diferentes da prática, mas acredito que com vontade política e a passagem da mensagem, é possível !
31 de Maio de 2010 às 21:35
sobre o dia 29 maio nem um post? só defesa do executivo de Beja, está de rabo preso? estar incluído no lote de políticos incompetentes que nos tem governado estes anos é difícil, pode sempre pedir desculpa como fez o líder do seu amado PPD/PSD, ou então apoiar o programa de austeridade…
31 de Maio de 2010 às 22:28
@joão – sobre o dia 29 fiz um post. Você é que não sabe ler imagens. E não, não foi publicado no dia 29.
Quanto ao resto, blá blá e desculpe se o incomodo com o que escrevo.
1 de Junho de 2010 às 1:18
Joaõ Espinho então e os vicios herdados de 3 decadas de governos PS, PSD/CDS não será esta uma boa oportunidade para os corrigir??????? Ou será que estes vicios tambem foram criados pelos comunistas?????????? A tão falada crises que motivou estes e muitos outros cortes em todas as camaras municipais tambem foi criada pelos executivos comunistas??????? Afinal terão só sido os comunistas a cometer estes pecados mortais ou será apenas a sua veia de anti-comunista a falar???????
1 de Junho de 2010 às 9:49
pelos vistos eu é que o incomodei
1 de Junho de 2010 às 10:05
@joao – nem queira saber o quanto me incomodou….
1 de Junho de 2010 às 10:06
@cubano – as minhas veias não falam 🙂
1 de Junho de 2010 às 10:39
Deixo aqui mais uma ideia…
Iniciem o processo de reestruturação das freguesias do concelho, em particular das quatro freguesias urbanas.
Para que em vez das quatro actuais, São João, Santa Maria, Salvador e Santiago, apenas fiquem duas , a freguesia de Beja (ou Pax Julia), que envolva o território da cidade, e a freguesia do Penedo Gordo.
Vejam só o dinheiro que se pouparia em eleitos, funcionários, contractos e logística…..
já hoje, com a associação de freguesias no mesmo edificio, parte do trabalho já está feito.
E (em surdina e dito de forma rapida) extingam tambem a freguesia de são brissos.
uma pipa de massa que se poupava………
1 de Junho de 2010 às 13:51
@Paulo Nascimento
Certamente que a redução de algumas freguesias e mesmo concelhos faria todo o sentido mas essa não é certamente uma competência da autarquia mas da Assembleia da República. Penso eu de que …
Até iria mais longe. Apesar da muita polémica que iria gerar possívelmente até teria vantagens para a (pouca) população residente a extinção do concelho de Barrancos que passaria, por exemplo, a ser uma freguesia do concelho de Moura. O mesmo para o concelho de Mourão em relação a Reguengos. Um estudo sério neste sentido, a nível nacional, acredite que poderia poupar muitos recursos sem as populações sairem prejudicadas. Mas, como disse, é polémico e controverso e falta coragem política para esta verdadeira reforma.
1 de Junho de 2010 às 15:44
@Anónimo
Concordo consigo quando refere que a assembleia da republica tem o poder de de criar ou extinguir freguesias e concelhos.
Mas o processo começa ao nível local, sob proposta dos órgãos autárquicos envolvidos, Assembleias de freguesia, Assembleias municipais e executivos camarários respectivos.
A Assembleia da Republica tem a ultima e definitiva palavra, mas o processo é desencadeado ao nivel local.
No caso em concreto não haveria grandes problemas em aceitar uma fusão de freguesias como as de Beja, até por que isso seria expressão dos munícipes envolvidos, extinções simples e novas freguesias é que seria mais complicado politicamente.
Quanto ás poupanças…
Uma parte seria poupança do estado e não reverteria directamente para os munícipes em questão, falo dos menores encargos com órgãos eleitos, por ex…
Mas outra parte da poupança seria directamente sentida localmente, pela simples economia de escala.
Já para não falar da simplificação administrativa que isso traria ao município, basta pensar na quantidade de casas divididas em duas freguesias no interior da cidade.
Até ao nível estético isso se notaria, uma vez que o mobiliário urbano estaria mais uniforme. por ex. os ecopontos e maloks, são cada um da sua raça, de freguesia para freguesia.
Mas isto já é fugir ao tema, e deixo aqui a proposta ao @João Espinho, abrir este assunto a discussão noutro Post.
1 de Junho de 2010 às 16:37
Daqui a propor a suspensão da democracia, como fez MFL, vai um passo… por essa razão se compreende sa frequentes referências aos maus dos comunistas, que são responsáveis por tudo o que de pior existe na Terra.
Um pouco de “austeridade” ou de “contenção” nessas apreciações talvez sejam mais necessárias do que os “planos” das ditas que outro objectivo não têm do que justificar o incumprimento de promessas.
Já ninguém se lembra do “plano estratégico e social de combate à crise” (ou qualquer outro nome, que para o efeito tanto contava) proposto pelo candidato a presidente da Câmara, que agora é?
“Mudam-se os tempos, muda-se as vontades” e “dança-se segundo a música que toca” parecem ser os guiões de alguns.
1 de Junho de 2010 às 20:34
Assim é que não vamos ver uma única obra, ou ideia posta em prática por esta edilidade.
Para quem ainda nada fez, apresenta um plano de austeridade!!
Enfim, os maus politicos trabalham assim, um mandado são apenas os últimos dois anos, porque como o zé povinho tem memórian curta, faz-se nos últimos dois anos qualquer coisa e pronto, está no papo … por enquanto vai-se amialhando para se enganar o zé de forma surpreendente.
3 de Junho de 2010 às 11:54
Agora está na moda os planos de austeridade!
Gostava de saber quanto vai poupar a Câmara por reduzir “canetas, esferográficas, borrachas, papel fotocopiadora/fax, lápis, etc etc”, deixemo-nos de demagogia!
Há cortes que fazem todo o sentido como as despesas de representação ou no corte dos salários mais altos (como já fizeram algumas outras Câmaras alentejanas). Agora querer cortar em tudo é não querer que a Câmara trabalhe!
O executivo tem é a obrigação de procurar investimentos para a região, trabalhar na recolha de financiamentos (QREN) para a execução de projectos culturais, sociais e económicos importantes para a cidade e região.
Cortar por cortar não chega e acaba-se por cair no ridículo. É preciso é trabalhar no aumento da receita e isso só se consegue com investimento, mais pessoas e maior desenvolvimento.
3 de Junho de 2010 às 22:00
Você é um pouco anti comunista, se trabalhasse mais talvez alguém o levasse a sério, nem os do seu partido votam em si
3 de Junho de 2010 às 22:07
@adriana – não sou pouco nem muito anti-comunista. Quanto ao levarem-me a sério, é coisa que me faz rir.
3 de Junho de 2010 às 22:09
(já agora: não mude de nome conforme aquilo que escreve, ok?)
3 de Junho de 2010 às 23:07
(mudar de nome???)
3 de Junho de 2010 às 23:09
Jespinho, qd me levam a sério também é cosa que me faz rir 🙂