De acordo com esta notícia, a Câmara Municipal de Beja prepara-se para aplicar um Plano de Austeridade, tendo em vista a “redução da despesa”.
Inteiramente de acordo. Em tempo de “vacas magras” é esse o caminho.
Porém, espero que este pré-anúncio não se fique por isso mesmo.
Isto é: os cortes nas despesas devem começar, antes de mais, dentro da própria casa.
Por exemplo, nas despesas de representação, onde se incluem almoços, lanches e jantares de trabalho. Nas comunicações telefónicas, fazendo uma gestão criteriosa da distribuição de telemóveis de serviço e na aplicação de plafonds de chamadas de serviço (também nas fixas). No uso comedido do tal material de escritório, cortando radicalmente na sua distribuição (canetas, esferográficas, borrachas, papel fotocopiadora/fax, lápis, etc etc…).
Também as despesas com combustíveis podem ser substancialmente reduzidas, se as viaturas de serviço forem utilizadas com parcimónia, proibindo-se a sua utilização fora das horas de serviço (onde aplicável, obviamente).
Exige-se, igualmente, moderação nos meios de propaganda: acabar com luxuosos boletins municipais, que anunciam obras já anteriormente divulgadas pelos OCS; pôr fim aos outdoors anunciando cá dentro o que toda a gente já sabe que se vai passar – isto é para consumo interno e parece propaganda eleitoral. Refiro-me obviamente às “Beja – Cidade do Vinho 2010” e Vinipax, cuja propaganda só vejo feita intramuros, não se vendo lá fora uma única referência aos eventos.
Para além destas, há outras áreas onde a despesa pode ser reduzida de forma eficiente e efectiva.
Sei que as más práticas foram herdadas de mais de três décadas de executivos comunistas, pelo que esta é uma boa oportunidade para acabar com muitos vícios e perceber as vontades do actual executivo.
Aguardemos.