Abr 26 2010
os donos da revolução
Razão tinha Aguiar-Branco quando ontem, na Assembleia da República, falou nos que se acham “donos do 25 de Abril”.
Um exemplo?
O Presidente da Junta de Freguesia de Santiago-Maior (PCP) impediu ontem que a juventude do PS distribuísse cravos no Penedo Gordo, tal como estava a fazer noutras freguesias e, saliente-se, noutros pontos da respectiva freguesia.
José Lemos quer erguer um muro à volta do Penedo Gordo?
Parece que, afinal, o 25 de Abril ainda não chegou a todos os cantos deste Alentejo.
26 de Abril de 2010 às 12:13
[…] This post was mentioned on Twitter by João Espinho. João Espinho said: os donos da revolução http://goo.gl/fb/IYJ1U #aminhacidade […]
26 de Abril de 2010 às 12:56
Imagino o que diriam se o PCP fosse para as iniciativas comemorativas do 25 de Abril distribuir cravos com a bandeirinha do PCP ou da JCP.
26 de Abril de 2010 às 13:59
Aquilo foi uma autêntica vergonha! “Enquanto eu mandar aqui…” O Presidente da Junta de Santiago Maior devia demitir-se e o PCP e CDU emitirem um comunicado a pedir desculpas pelo sucedido. Afinal parece que o 25 de Abril não é de todos mas só de alguns! Isto sim é um verdadeiro atentado à data que é o 25 de Abril e protagonizado por quem foi… é grave a triplicar!
26 de Abril de 2010 às 16:05
Para mim, o discurso de Aguiar Branco, diferente de tudo o que até aqui se tem ouvido em cerimónias semelhantes, foi soberbo. Foi uma pedrada no “charco político” e desmistificador daqueles “esquerdistas” que se consideram donos e senhores do 25 de Abril. Os risinhos e caretas que se viram nos rostos destes “esquerdistas” durante o discurso, foram sintomáticos do que lhes ía na alma. No seu radicalismo esquerdista, não admitiam que alguém fizesse citações que, no seu entender, só eles e mais ninguèm, têm o direito de fazer (será?) porque são povo. Pós a cerimónia e nas breves entrevistas dadas à saída, voltámos a ver e ouvir o mesmo tom negativamente crítico dos que se continuam a julgar donos do 25de Abril. Uma tristeza. Para além de tudo, Aguiar Branco, deixou bem caracterizado quem era e é, o POVO.
Quem não o aceita assim, de DEMOCRATA muito pouco tem.
26 de Abril de 2010 às 18:31
Pois nao so no Penedo Gordo, mas em varias outras aldeias principalmente no parque da cidade nas iniciativas que houveram, acharia muito bonito se os cravos nao tivessem a indicacao de ser do PS ou JS (vai dar ao mesmo) porque no meu ver o 25 de Abril é uma altura que as cores partidarias nao deveriam existir, apenas por a etiqueta nao aceitei o cravo e nao vi a coisa como sendo para festejar o Dia da Liberdade…..infelizmente!
Tera sido mais um toquezinho do PV? Fosse qual fosse a cor, teria tido a mesma reacção, acho muito triste a ideia de festeja-lo desta forma….é pena!
Viva o 25 de Abril, viva a Liberdade……VIVA LIBERDADE!
26 de Abril de 2010 às 18:57
@sobrevivendo – eu, que sou militante do PSD, recebi 2 cravos de bom agrado e das mãos de um amigo. Obviamente que as etiquetas foram logo ali à vida. Não perdi a virgindade, não me tornei delinquente e continuo a defender os ideais do partido onde milito. Mas sei quanto é difícil perder preconceitos, principalmente os relativos ao cravo de Abril.
Viva a Democracia!
26 de Abril de 2010 às 19:45
O sr- João Espinho e que fez alguns destes comentários não sabem o que dizem. Estiveram lá? Seguramente o sr João Alberto não esteve e, como tal, mente, direi mais MENTE. Sabe concretamente o que se passou? Ou ouviu dizer?
É preciso ter cuidado com o que se afirma.
26 de Abril de 2010 às 20:15
@um eleito – e você esteve? Então conte a sua versão.
26 de Abril de 2010 às 20:23
porra façam como o cavaco, cag…-se nos cravos
26 de Abril de 2010 às 23:08
Abaixo de cão (que me desculpem os heróis do cantinho dos animais, mas é uma metáfora). Vão distribuir propaganda (leia-se cravos) em iniciativas próprias, não em camararias, ainda que organizadas pela força politica dominante… E a moralidade existe? ou é só no dicionário?
26 de Abril de 2010 às 23:28
Enquanto houve MFA, andavam todos de cravo ao peito!…
O respeitinho é muito bonito.
27 de Abril de 2010 às 0:36
@jocasipe – “abaixo de cão” é um desabafo? A distribuição de cravos foi camarária? Explica lá isso pois eu quero, durante a Ovibeja, acompanhar todas as comitivas partidárias, distribuindo sorrisos e abraços, e não quero que digam que me estou a aproveitar disto e daquilo. Percebes?
27 de Abril de 2010 às 0:41
@je – não estás a pensar em ressuscitar o MFA, pois não?
27 de Abril de 2010 às 9:15
Agora querem dizer que os cravos eram da Câmara!? Oh meus senhores, mas vocês andam bem da tola!? Minha nossa senhora nos valha! Isto da contra-informação do Partido Comunista é uma Vergonha! E sim o Dr. José Lemos portou-se MAL, MUITO MAL e de modo completamente Estalinista! Já não há paciência para este tipo de atitudes… estamos no Séc.XXI!
27 de Abril de 2010 às 9:36
Peço desculpa por “meter o bedelho” neste assunto do MFA.
Eu não pretenderia ressuscitar o MFA mas também não acho correcto “enterrarem” cada vez mais e para bem fundo o que foi o MFA.
Hoje em dia fala-se com toda a pompa do 25 de Abril de 74 mas esquecem-se dos seus verdadeiros protagonistas.
Quanto ao topico deste post, quero salientar que usaria o cravo vermelho no Penedo Gordo, na Salvada, no café da esquina, no café que não é o da esquina, enfim, em qualquer lugar que me apetecesse, o 25 de Abril foi isso mesmo, Liberdade.
Quero chamar a atenção para o facto de que hoje em dia o conceito de Liberdade é confundido por muitos pelo conceito de Libertinagem. O que é devéras lamentável.
Cumps!
27 de Abril de 2010 às 9:46
@ João – Sim, abaixo de cão, é um desabafo e uma metáfora. É a atitude que adjectivei de “abaixo de cão”.
Eu não disse que a distribuição de cravos foi camarária, disse que os cravos foram distribuídos durante um evento realizado pela Câmara Municipal, facto esse que critico. Não teria nada contra a que a distribuição fosse feita onde NÃO decorressem iniciativas da Câmara Municipal. Assim, cheirou-me a aproveitamento politico, atitude que considero “abaixo de cão”.
E, atenção que estou bem longe das ideias do PS e da CDU. Naturalmente também critico a atitude do Sr. José Lemos, a não ser que a distribuição tivesse ocorrido numa iniciativa da Junta de Freguesia, pois aí daria toda a razão ao Sr. José Lemos, mas desconheço pormenores.
27 de Abril de 2010 às 11:57
Já li de tudo um pouco hoje…
Vejamos, José Lemos impede os Jovens de distribuírem cravos numa aldeia da “sua” freguesia.
O sr. José Lemos, que por acaso É O PRESIDENTE DA RÁDIO VOZ DA PLANÍCIE disse à Rádio-Pax que “não fala para uma rádio que faz censura” (conforme se pode ler no final desta notícia http://www.radiopax.com/noticias.php?id=8951&pageNum_noticias=0&d=noticias&c=1)
Imagino que os Jovens tenham enviado o comunicado também para a Rádio Voz da Planície, mas estranhamente, nada aparece nas notícias da mesma. Será que a RÁDIO VOZ DA PLANÍCIE CENSURA INFORMAÇÃO QUE CHEGA À MESMA?! a pergunta é COMO PODE O PRESIDENTE DA RÁDIO VOZ DA PLANÍCIE acusar a rádio rival de Beja de CENSURA, se a rádio da qual é presidente censura noticias?! A mesma rádio que todos sabemos que recebia subsídios da Câmara Municipal de Beja durante a anterior “gestão”! Que moralidade têm este sr. José Lemos?!
disse!
27 de Abril de 2010 às 19:05
Sabem que esta mesma JS e alguns jovens distribuiram no ano passado cravos na mesma data do 25 de Abril, no parque da cidade e não só, e a gestão camarária era do PCP e da CDU e não existiram estes comportamentos inqualificáveis !?!
28 de Abril de 2010 às 0:28
Não sou eu que o digo, nem quero. Mas, certamente, não deixas de reconhecer que no tempo do MFA o País tinha mais “ripichuchi”. Pelo menos havia “mais esperança de vida pública”!…
A conjuntura internacional está “revolta”.
Já foi assim:
– há 100 anos;
– há 84 anos;
– há 37 anos (o “25” foi há 36 anos), e “vós éreis novos”!…
Entretenham-se com flores e jogos virtuais e, depois, queixem-se.
“(…) Hoje em dia os conhecimentos históricos são uma mais-valia estratégica e técnica na actividade política.”
José Medeiros Ferreira in “Cortex Frontal”, domingo, 25 de Abril de 2010, a propósito do discurso de Fernando Rosas, na A R.
Também achei graça ao discurso do Aguiar Branco, talvez por “também” se adaptar ao adaptável, que não se adaptou quando foi o tempo adaptável à adaptação.
28 de Abril de 2010 às 13:25
36 anos depois, a JÓTAESSE de Beja distribuiu cravos com a marca da casa nas FESTAs do 25 de Abril do concelho, tentando «perfumar» a data com partidarite. Nos anos que precederam, nunca a JÓTAESSE apareceu! Pelos vistos, porque não regaram os craveiros a tempo e horas… Muito melhor o Valentim, a distribuir torradeiras e passe-vites!
Entretanto, na Raposo Tavares os lampiões da terra, viraram macacos de imitação dos jagunços da Capital e reservaram a estátua do bandeirante para sacuditrem o pó dos cascóis. Muito melhores os lampiões tripeiros que fizeram da Rotunda da Boavista o espaço eleito para a dita limpesa. Só erraram porque a estátua ao centro da rotunda, simbolicamente, é encimada por um leão com a garra em cima de uma moribunda águia caída por terra… Significativo, né? Vejam aqui: http://img.olhares.com/data/big/87/879455.jpg.
Boa!
28 de Abril de 2010 às 23:10
@NG
o seu texto transparece a dimensão da sua visão democrática… pois pelo que parece (segundo as suas palavras) só aqueles que já cá existem é que têm direito a participar e a “aparecer”.
eu diria mesmo que, até à muito pouco tempo estiveram mal habituados.
ainda bem que hoje há em Beja uma JS activa, uma JP activa e não querendo aqui estragar nenhuma surpresa, uma futura JSD que se espera também activa.
a democracia faz-se de várias visões e várias opiniões!
Parabéns à JS pela iniciativa. Para o ano, sugiro que todos façam iniciativas, para que alguns não se sintam “coxos”…
Cumprimentos!
PS: Contrariamente ao que têm dito e escrito por esses blog’s fora (principalmente blog’s de quem ainda sofre de azia crónica) eu não achei que nas frases (das etiquetas… visto que recebi um cravo em Beringel) constasse teor partidário. A mim pareceram-me frases supra-partidárias.