Abr 12 2010

Beja – O Castelo e o Posto de Turismo

Publicado por as 12:00 em A minha cidade

A propósito deste post, escreve uma técnica de turismo:

    “Pois bem, vou falar sobre o Posto de Turismo do Castelo.
    Quando lá se entra, vê-se um espaço grande e agradável à vista e as pessoas dizem: Ah, aqui está muito melhor… e eu penso imediatamente, isso dizes tu que cá não trabalhas.
    (…) Há 36 anos que trabalho no Turismo e penso que como funcionária do mesmo, teria sido a pessoa mais indicada para dar as dicas ao arquitecto, daquilo que um Posto de Turismo necessita para funcionar bem; isso não aconteceu, só vi o espaço 3 dias antes do mesmo ser aberto ao público.

    E os erros são mais que muitos, senão vejamos:
    O espaço onde se deveria pôr os folhetos turísticos ou são pequenos (e estes não cabem) ou estes ficam colocados bastante altos, que o turista não se apercebe deles.
    A mesa onde atendo os turistas é baixa demais e as cadeiras não são as apropriadas para ninguém, quanto mais para uma funcionária com artrite reumatóide e fibromialgia. Para além de que não se pensou que há uma parte administrativa para se fazer e o que acontece é que ,na mesma mesa, ora encolho papéis para atender os turistas ora estendo papéis para continuar o meu trabalho administrativo, chegando ao fim do dia cansadíssima e muitas das vezes sentir que o trabalhou não rendeu.
    Não se pensou num espaço ao lado, para esse trabalho.

    O eco é grande e se estiverem duas pessoas a atenderem público, não nos conseguimos entender, pois temos momentos que não sabemos quem é que está a falar o quê. Ou até mesmo, enquanto outros turistas esperam a vez de serem atendidos e que estão a falar entre eles é perturbador aquele eco, o que me leva muitas vezes a ter que falar bastante alto para me poderem ouvir.

    As barreiras arquitectónicas não me deixam ver quem está do outro lado, onde está o artesanato e merchandising da CMB à venda e de onde tem desaparecido algum material.
    E já não falando do ar condicionado, das janelas, dos blocos de gavetas, etc..
    Não posso pôr as culpas neste executivo, mas sim no outro que não me quis ouvir. Os Postos de Turismo devem ficar sempre nos centros das cidades. O que sempre disse é que no castelo deveria haver uma recepção com pessoal da área de Turismo que soubesse receber quem nos visita e lhes prestasse as informações solicitadas. E uma vez que está aberto todos os dias do ano, com excepção de 3 ou 4 dias, houvesse uma rotação aos fins de semana e feriados com o pessoal do Posto de Turismo principal.(…)
    Natércia Espinho

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8 Resposta a “Beja – O Castelo e o Posto de Turismo”

  1. Anónimo diz:

    Oh Dª. Natércia!

    Conheço bem esta senhora, até acho estranho que não venha descascar no Rui Mateus, uma vez fez-me a mesma conversa a mim mas com mais anexos!!!

  2. Maria Gustava diz:

    Sempre que oiço reclamações de funcionários públicos existe sempre um problema de saúde. Este pode não ser o caso e não conheço a autora do texto, no entanto, a minha profissão requer que não me possa “dar ao luxo” de ter uma “doença” qualquer que me dificulte o trabalho, visto que trabalhando por conta própria, tenho é que me “desenrascar”, caso contrário não recebo.

  3. Pina diz:

    Há 36 anos que trabalho no Turismo…

  4. JÁ AGORA diz:

    Este testemunho é a prova evidente de que ouvindo a população e as pessoas inseridas nos pequenos espaços (sejam eles edifícios, bairros ou ruas em que as autaquias intervêm) para além de um gesto puro de democracia participada por vezes pode fazer a diferença e resolver os pequenissímos pormenores que tantas vezes são esquecidos e adiados durante anos ou séculos e dificultam a vida das pessoas como seu caso.

    Car@ bloguer…participe e fça-se ouvir, por uma democracia mais participada dos nossos eleitos locais!

  5. Maria Natércia Espinho diz:

    João:
    Em 1º. lugar quero rectificar que já fui Técnica Profissional de Turismo e que actualmente sou Assistente Técnica , conforme as mudanças que as carreiras da Administração Pública e Local sofreram, não quero que digam que quero passar por aquilo que não sou.
    Quanto à Maria Gustava , gostava de lhe dizer que não tenho só artrite reumatóide nem fibromialgia, não sou hipocondríaca mas também e infelizmente para mim, 9 polípolos no estômago, 4 hérnias discais, 1 hérnia do hiato, refluxo e uma gastrite crónica de origem nervosa. No entanto, embora deformada nas mãos, nos pés, nas articulações dos maxilares não tenho muitos atestados no meu cadastro da entidade para onde trabalho, a não ser quando de facto não pôde deixar de os apresentar e muitas vezes vou trabalhar no limite das minhas forças, mas vou trabalhar…e se for preciso ir mais cedo ou sair mais tarde também o faço.
    Sabe Maria Gustava, quando nós somos responsáveis e fazemos aquilo que gostamos ultrapassamos muitas barreiras, muitas vezes com muito sofrimento , com muita dor, mas vamos à luta…orgulho-me de ter esta postura e as pessoas que me conhecem bem, sabem que é assim !

  6. @ que não vais preso diz:

    Maria Gustava, gostava muito ficasses calada!

  7. sobrevivendo_em_Beja diz:

    Só ficou em falta que a culpa de termos funcionarias neste estado de saude é por culpa do anterior executivo. de resto mantem-se o discurso corrente neste blog; falta isto…..aquilo esta a cair…..caiu o tecto…(seria alguma coisa que lá estava pendurada!!!?, claro que nao plasmas nao!) ……deu-me vontade de ir ao WC…..porquê….por causa do anterior executivo…. Ja reparei que Beja nao tem noticias novas….sera tambem porque o anterior executivo nao pode fazer nada entao e a “nova gerencia”?????

  8. Manuel da Silva diz:

    Nem vale a pena responder a gentinha desta!!! Pois devem ser daqueles que como a cassete pirata diz, são sempre a favor do trabalhador, mas o desgraçado do trabalhador se não reunir certos e determinados requisitos não vê nada….antes pelo contrário!!!!!!!!

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