Mar 22 2010
Sessão Extraordinária
A Assembleia Municipal (AM) de Beja reúne hoje extraordinariamente para, entre outras coisas, discutir as Grandes Opções do Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Beja para 2010 bem como o Mapa de Pessoal do Município.
A aprovação do Orçamento tem sido um momento de relativa importância na actividade da AM, pois o sentido de voto das diversas bancadas raramente tem trazido novidades e também porque o PCP tem beneficiado, mercê das inerências dos presidentes de juntas de freguesia, de maiorias absolutas que lhe dão o conforto de não se ver obrigado a discutir e a justificar publicamente as suas decisões. Durante os 4 anos em que exerci as funções de eleito na AM (2005-2009) nunca vi o PCP pestanejar sobre as decisões do executivo (PCP) nem tão pouco criticar qualquer alínea de qualquer documento emanado da Câmara. Um casamento perfeito, sem atritos, pois todos se limitaram a seguir ordens e indicações dos órgãos do Partido.
Neste novo mandato, em que o PCP perdeu a Câmara mas mantém a maioria absoluta na AM, muitos se têm questionado sobre qual o sentido de voto da bancada municipal comunista. Isto é, os bejenses sentem-se “pendurados” numa decisão do partido que, por via do voto popular, foi rejeitado para governar o concelho.
Talvez percebendo isso, o PCP – ou CDU, se preferirem – convocou para esta manhã uma conferência de imprensa onde o respectivo grupo municipal tentará justificar junto do seu eleitorado as razões do voto que irá hoje à noite exercer na AM. Excluído o voto a favor, há quem faça prognósticos: abstenção ou contra.
Seja ele qual for, uma coisa é certa: nunca antes o PCP se viu obrigado a prestar publicamente conta das suas decisões municipais. Também por isso, valeu a pena a mudança de governo no município bejense.
22 de Março de 2010 às 12:07
[…] sobre este post, e de acordo com esta notícia, “a maioria CDU na Assembleia Municipal de Beja vai abster-se, […]
22 de Março de 2010 às 18:59
O PCP de Beja está guerra. E lá teve que vir o Tio Jerónimo apagar o fogo… pensavam algumas cabeças. O pior é que o que ele veio fazer foi, SEM QUERER, NEM SE APERCEBER, dar inicio ao grito do ipirango pelo que muitos comunistas suspiram. Renove-se o PCP!
22 de Março de 2010 às 19:02
@armando – conte-nos lá que grito foi esse, pois os ecos que aqui chegaram foi de uma cassete pirata (e gasta)