Fev 18 2010
Beja pode desaparecer
“Algumas capitais de distrito como Bragança, Portalegre ou Beja “estão perto de situações perigosas” num país cada vez mais macrocéfalo. Dependentes dos serviços do Estado, a sua pequena dimensão não lhes permite captar investimento privado. Portugal continua a ser Lisboa, o resto é paisagem. O centralismo “quase genético” ganhou novo alento com a União Europeia e globalização.”
O princípio do deserto?
Leia aqui.
18 de Fevereiro de 2010 às 13:09
A opinião de um geógrafo :
Discordo totalmente com este tipo de afirmações !
Será possível fazer desaparecer cerca de 23.500 pessoas que habitam a cidade de Beja ?
Será possível fazer dasaparecer a EDIA ( Alqueva ), o Castelo e Torre de Menagem, o Aeroporto Civil de Beja, etc ?
Será possível deste tipo de raciocínios / opiniões, tirar conclusões de enquadramentos logísticos e empresariais instalados em Beja ?
O lado negativo de quem opina contra a vontade positiva de quem luta no dia a dia, para a cidade de Beja e o Alentejo seja cada vez maia atractivo !!!
18 de Fevereiro de 2010 às 15:51
Opinião de um simples cidadão:
Não terá estado Beja desaparecida todos estes anos?
Somos sempre os últimos no mapa, onde não se faz investimentos e os que estão em papel assim permanecem.
Cadê o tão proclamado Vivaci?
Cadê o tão desejado terminal aeroportuário de Beja que não ata nem desata?
Cadê o renovado IP8?
A missão “impossível” parece quase possível, mas por enquanto ainda não se vê nada.
As cerca de 23.500 pessoas que habitam a cidade de Beja, serão reduzidas, porque procuram emprego noutros lados.
O futuro Aeroporto Civil de Beja ainda dará muito que falar, pois as empresas não se querem instalar havendo em Faro e em Alcochete.
Os próprios empresários – JPR – são os que tiram conclusões infelizes sobre os enquadramentos logísticos e empresariais da região.
A verdade é que desaparecerão os empresários agricultores, que este ano sem subsídios irão ficar sem verba para se manter no sector.
Julgo que até os mais optimistas e defensores da região estão a ficar incrédulos, com tanta burocracia e sem meio de se resolver os problemas logisticos que há tantos anos por cá permanecem e insistem em atrasar tudo e todos!
18 de Fevereiro de 2010 às 19:53
Ora se a capital do distrito está neste estado. Imaginem como estarão os concelhos em seu redor, que ao longo dos anos sempre serviram de dormitório/residência a muitas pessoas que se deslocavam diáriamente para aí trabalharem.
Porque não ter a coragem de efectuar um estudo honesto e transparente que uma vez por todas nos diga preto no branco, o que em matéria económica e social está a ocorrer na nossa região, e sobretudo quais as repercussões no seu futuro.
E se o Instituto Politécnico de Beja não tiver competência para o efectuar, que se solicite a outro estabeleciemnto universitário que o faça. Por exemplo ao ISCTE.
19 de Fevereiro de 2010 às 20:05
Como gostaria de que o assunto fosse aqui pelo menos comentado, peço ao dono deste blog que me desculpe, mas fui atrás ao post da Reforma Agrária, e retirei uma parte do que aí escrevi e que complemento.
Este distrito e a sua capital, perderam para a cidade de Évora toda uma quantidade enorme de serviços e respectivos funcionários. Perdas essas que com a evolução tecnológica se irão acentuar ainda mais e de forma progressiva.
A que se pode juntar toda a destruição do modelo agrário clássico e de forma concomitante, salvo algumas culturas,
a própia falência do mundo rural tal como o conhecemos.
Em relação ao comércio, nem vale a pena tecer considerações, pois basta dar uma volta à nossa cidade para ficarmos totalmente esclarecidos da forma como as coisas evoluiram e tão rápidamente.
Quanto aos projectos para alterar o actual estado das coisas, os investimentos estruturantes de que se vem falando há décadas tardam de forma quase arreliante a ser finalizados, ou pelo menos a que se veja uma luz no fundo do túnel, que nos dê alguma esperança de desenvolvimento.
Antes pelo contrário, são as dúvidas e interrogações que persistem e se vão avolumando, assim como o espectro de Elefantes Brancos.
Ora com tudo o que atrás foi referido, é quase inevitável a saída de pessoas em idade fértil para irem trabalhar para outros locais, incluindo a emigração, ficando apenas por cá pouco mais do que os reformados e pensionistas. Além da cada vez maior comunidade cigana, que estimulada pelo Rendimento Mínimo, procria ainda a ritmo mais acelarado do que é habitual, e de que já é exemplo Moura.
Mas que não irá no futuro gerar a mão de obra necessária e qualificada, caso algum dia esses investimentos estruturantes tenham algum resultado efectivo. E com os baixos vencimentos que cada vez mais são apanágio nas empresas privadas e até na Função Pública, não me parece que se desloquem para cá pessoas de outras regiões, para “trabalhar só para aquecer”.
A não ser que a imigração venha ela de onde vier seja a única solução, como já acontece na construção cívil.
Como será este Alentejo dentro de duas a três décadas?
20 de Fevereiro de 2010 às 11:52
Foi o resultado de 35 anos de comunismo puro e duro que colocou bejenses contra bejense e alentejanos contra alentejanos para proveito de alguns que “andam por aí” armados em grandes senhores, quais os outros de quem tanto criticaram e insultaram nos tristes tempos do PREC e da Roubalheira Agrária. Quem ganhou? Beja? O Alentejo? O Povo Alentejano? Não! Apenas alguns indivíduos sem ética nem escrúpulos que, maioritáriamente marionetas do PCP e da extrema esquerda, são os principais responsáveis pelo estado a que isto chegou. Não vai ser nada fácil até porque esta gentalha ainda está por aí muito infiltrada em lugares de influência mas haja esperança. Será trabalho para pelo menos uma geração mas as novas gerações estão-se a c**** para os amanhãs que cantam mas, antes, querem empresas que criem riqueza e postos de trabalho.
20 de Fevereiro de 2010 às 17:43
Discordo de quem discorda totalmente deste geografo.
Até acho mesmo que ele deveria ser proposto para medalhar no dia da cidade, pois alguns há que já o foram, e não fizeram tanto por Beja como este senhor fez.
Este Senhor facultou-nos a todos e particularmente a quem decide um artigo/opinião para pensarem bem, para pensarem muito bem, pois, nem tudo o que nos acontece é culpa dos outros.
Poderemos alterar o nosso destino, mas para isso precisaremos de nos fundamentar em muita, variada e “boa” informação, e este geografo faculta-a, e, em todas as apreciações que faz (em bom alentejano) está “insado” de razão.
Tomemos em mão muita informação desta, para TODOS NÓS podermos contrariar a denominada situação dificil, e construirmos um futuro auspicioso para Beja, e esse, não pode assentar só no “pilar” liberdade.