Faz lembrar aquelas fotos de há cem anos, aquando da implantação da Républica, não tem nada a vêr com a realidade dos nossos dias.
Nesta altura ainda o PCP não sabia que só viria a ter 17% dos votos, e … foram os melhores tempos.
A terra já não é para quem a trabalha nem dos agrários, é dos espanhois.
Já não existe a Garagem Bejense, nem pinturas de foices e martelos (graças a Deus)na parede do consultório do saudoso Dr. Pinheiro.
A maioria destas pessoas agora já não ergue o braço esquerdo, ou morreu ou deixou de ser canhoto.
José, você acabou de limpar da face da terra dezenas de pessoas que teriam agora para aí 50 anos. Como não sou de Beja não conheço (ou melhor, não conheci pois que a maioria estará morta) nenhuma pessoa das fotos, No entanto parece-me que os falecidos não eram canhotos.
Carlos Gomes, não precisava dizer que não é de Beja, porque se fosse saberia que muitos dos que nesta altura faziam estas figuras, hoje (dos tais que ainda não morreram) não as voltariam a fazer. Mas isso já o senhor deveria saber mesmo não sendo de Beja, desde que fosse, um observador atento às evoluções da sociedade.
E a melhor prova de que não é bom observador é que, para se ter hoje 50 anos teria de se ter nesta altura à volta de 15 anos, o que, tirando uma criança que se vê ao colo, não me parece que se verifique.
Mas ainda lhe digo que, mesmo sem ser de Beja, poderia muito bem conhecer estas pessoas que até podem ser de sua familia ou seus vizinhos, pois nesta altura como ainda nos dias de hoje a máquina do PCP, providenciava transportes (Camarários na grande maioria das vezes) para os comunistas de Beja irem às manifestações de outros lados, e aos dos outros sítios, como por exemplo da margem sul, para virem ser solidários e fazer número a Beja. E se não acredita, digo-lhe que ainda nas ultimas eleições autarquicas aquando do jantar de apresentação da candidatura do “chico” vieram excursões da Baixa da Banheira e zonas limitrofes, e … a Radio Voz da Planicie pode dizer que jantaram à volta de 1000 apoiantes do senhor Dr.
José da minha família de certeza que não. Aliás é a única certeza que tenho acerca da matéria. Quanto às pessoas não conheço nenhuma. E se presentemente alguma tiver qualquer contacto comigo não a reconheceria nas fotos nem faria qualquer esforço para reconhecer.
Eu não tenho fantasmas do passado nem do presente. O que me levou a tentar ser irónico foi o facto do seu comentário matar a maioria das pessoas ou, em alternativa, deixarem de ser canhotos. A este propósito ainda estive para perguntar se o José cumpriu o serviço militar e se cumpriu como é que se desenrascava nos exercícios de ordem unida; é que a sua confusão entre braço esquerdo e braço direito …
Nestas datas de manifestações com multidões de massas populares, a grande parte participante era ” inculta ” politicamente e ía na ” onda ” de meia dúzia mais informados, que achavam e andam por aí alguns que continuam a achar ( poucos ), que é com este tipo de acções que produzimos e damos verdade às coisas políticas.
Um dos mais acérrimos defensor e invasor de propridades, e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhores Agricolas, está hoje na Assembleia da República como deputado do PCP e da CDU de fato gravata, em representação do distrito de Beja, e é também esta a democracia que temos plural, livre, deversificada, mas em relação às campanhas feitas no GIRP da Câmara Municipal de Beja ( Setembro / Outubro de 2009 ) e à participação ao Ministério Público, por causa das irregularidades e ilegalidades cometidas, o silêncio é a opcção, não vá o telhado cair em cima.
Carlos Gomes não faço nem nunca fiz confusão entre braço esquerdo e direito, mas “dizem” as pinturas revolucionárias que eram feitas nas paredes, que o “preceito” era com o esquerdo.
Até porque nesses tempos, tudo era relacionado entre esquerda e direita, contando-se até, que os comunistas eram mais habilidosos a fazer filhos, pois conseguiam não utilizar a matéria prima produzida no testiculo direito, a fim de conceberem verdadeiros comunistas.
De facto a Reforma Agrária foi um tempo único, memorável para quem o viveu ou presenciou, mas incapaz de alguma vez mais se voltar a repetir.
Isto porque a conjuntura social e económica e apenas passados que foram 30 anos, já não tem nada a vêr com a que se verificava na altura.
Assim toda e qualquer análise sobre o que então aconteceu, serve apenas como um exercício de revivalismo para alguns no bom sentido. Mas para outros, como momentos de grande pavor ou de iminente perseguição pessoal. Isto porque porque todo o processo de ocupação de terras não terá passado do nivel 1. Ou seja, apenas os grandes agrários foram contemplados, e estes por força do seu poder económico puderam resistir o tempo necessário até ao reviralho, e acabaram por passar tão sómente umas autenticas férias.
Mas não tendo sido travado todo o seu impeto de ocupações, decerto que a seguir seriam os médios e pequenos proprietários os próximos. E aqui talvez as coisas tivessem começado a ser mais complicadas. E decerto não estaríamos agora a falar numa das principais conquistas da Revolução dos Cravos. Mas sim da mais sangrenta.
Mas enfim, o que lá vai, lá vai. Ficaram as fotografias para recordação.
Só que o futuro desta região, não só não tem nada a vêr com o seu passado, como apresenta desafios e problemas bem complexos. E esses parecem que nos estão a passar ao lado. Pois não só ninguém fala deles, como até os tenta ignorar. A saber:
Este distrito e a sua capital, perdeu para a cidade de Évora, toda uma quantidade enorme de serviços e respectivos funcionários. E que com a evolução tecnológica se irá acentuar ainda mais e de forma progressiva. Veja-se o artigo neste blog mencionado sobre a perda contínua de importância das cidades de Beja, Portalegre e Bragança.
Todos os investimentos estruturantes de que se vem falando há décadas tardam de forma quase arreliante a ser
finalizados, ou pelo menos a que se veja uma luz no fundo do túnel, que nos dê alguma esperança de desenvolvimento. Antes pelo contrário, são as dúvidas e interrogações que persistem e se vão avolumando, assim como o expecto de Elefantes Brancos.
Com a saída de pessoas em idade fértil para irem trabalhar para outros locais, incluindo a emigração, ficarão apenas por cá os reformados e pensionistas. Além da cada vez maior comunidade cigana, que estimulada pelo Rendimento Mínimo, procria ainda a ritmo mais acelarado do que é habitual, e de que já é exemplo Moura. Mas que não irá no futuro gerar a mão de obra necessária e qualificada, caso algum dia esses investimentos estruturantes tenham algum resultado efectivo.
13 de Fevereiro de 2010 às 20:52
Ocorreu-me uma memória!
Parafraseando um velho socialista da nossa urbe, digo!
DEMITA-SE PORRA!
13 de Fevereiro de 2010 às 21:45
Faz lembrar aquelas fotos de há cem anos, aquando da implantação da Républica, não tem nada a vêr com a realidade dos nossos dias.
Nesta altura ainda o PCP não sabia que só viria a ter 17% dos votos, e … foram os melhores tempos.
A terra já não é para quem a trabalha nem dos agrários, é dos espanhois.
Já não existe a Garagem Bejense, nem pinturas de foices e martelos (graças a Deus)na parede do consultório do saudoso Dr. Pinheiro.
A maioria destas pessoas agora já não ergue o braço esquerdo, ou morreu ou deixou de ser canhoto.
13 de Fevereiro de 2010 às 22:14
Lindas!
14 de Fevereiro de 2010 às 3:11
José, você acabou de limpar da face da terra dezenas de pessoas que teriam agora para aí 50 anos. Como não sou de Beja não conheço (ou melhor, não conheci pois que a maioria estará morta) nenhuma pessoa das fotos, No entanto parece-me que os falecidos não eram canhotos.
14 de Fevereiro de 2010 às 15:39
Carlos Gomes, não precisava dizer que não é de Beja, porque se fosse saberia que muitos dos que nesta altura faziam estas figuras, hoje (dos tais que ainda não morreram) não as voltariam a fazer. Mas isso já o senhor deveria saber mesmo não sendo de Beja, desde que fosse, um observador atento às evoluções da sociedade.
E a melhor prova de que não é bom observador é que, para se ter hoje 50 anos teria de se ter nesta altura à volta de 15 anos, o que, tirando uma criança que se vê ao colo, não me parece que se verifique.
Mas ainda lhe digo que, mesmo sem ser de Beja, poderia muito bem conhecer estas pessoas que até podem ser de sua familia ou seus vizinhos, pois nesta altura como ainda nos dias de hoje a máquina do PCP, providenciava transportes (Camarários na grande maioria das vezes) para os comunistas de Beja irem às manifestações de outros lados, e aos dos outros sítios, como por exemplo da margem sul, para virem ser solidários e fazer número a Beja. E se não acredita, digo-lhe que ainda nas ultimas eleições autarquicas aquando do jantar de apresentação da candidatura do “chico” vieram excursões da Baixa da Banheira e zonas limitrofes, e … a Radio Voz da Planicie pode dizer que jantaram à volta de 1000 apoiantes do senhor Dr.
14 de Fevereiro de 2010 às 19:09
José da minha família de certeza que não. Aliás é a única certeza que tenho acerca da matéria. Quanto às pessoas não conheço nenhuma. E se presentemente alguma tiver qualquer contacto comigo não a reconheceria nas fotos nem faria qualquer esforço para reconhecer.
Eu não tenho fantasmas do passado nem do presente. O que me levou a tentar ser irónico foi o facto do seu comentário matar a maioria das pessoas ou, em alternativa, deixarem de ser canhotos. A este propósito ainda estive para perguntar se o José cumpriu o serviço militar e se cumpriu como é que se desenrascava nos exercícios de ordem unida; é que a sua confusão entre braço esquerdo e braço direito …
14 de Fevereiro de 2010 às 19:41
Comunas dum cabrão… =D
14 de Fevereiro de 2010 às 20:59
Nestas datas de manifestações com multidões de massas populares, a grande parte participante era ” inculta ” politicamente e ía na ” onda ” de meia dúzia mais informados, que achavam e andam por aí alguns que continuam a achar ( poucos ), que é com este tipo de acções que produzimos e damos verdade às coisas políticas.
Um dos mais acérrimos defensor e invasor de propridades, e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhores Agricolas, está hoje na Assembleia da República como deputado do PCP e da CDU de fato gravata, em representação do distrito de Beja, e é também esta a democracia que temos plural, livre, deversificada, mas em relação às campanhas feitas no GIRP da Câmara Municipal de Beja ( Setembro / Outubro de 2009 ) e à participação ao Ministério Público, por causa das irregularidades e ilegalidades cometidas, o silêncio é a opcção, não vá o telhado cair em cima.
14 de Fevereiro de 2010 às 23:07
Triste Humanidade esta que perde inutilmente as suas vidas´
sem que se atreva a viver a Utopia
14 de Fevereiro de 2010 às 23:13
João: Embora não tenha qualquer importância, informo que a fotografia de cima é minha e foi publicada no Alvitrando no mês passado.
14 de Fevereiro de 2010 às 23:28
Carlos Gomes não faço nem nunca fiz confusão entre braço esquerdo e direito, mas “dizem” as pinturas revolucionárias que eram feitas nas paredes, que o “preceito” era com o esquerdo.
Até porque nesses tempos, tudo era relacionado entre esquerda e direita, contando-se até, que os comunistas eram mais habilidosos a fazer filhos, pois conseguiam não utilizar a matéria prima produzida no testiculo direito, a fim de conceberem verdadeiros comunistas.
14 de Fevereiro de 2010 às 23:36
@lg – créditos da fotografia atribuídos. Se não houver problema, continua aqui exposta.
16 de Fevereiro de 2010 às 15:21
Ou então caparam-lhes o testiculo direito (com a foice), não fosse dar-se o caso de alguma confusão no momento certo! 🙂
18 de Fevereiro de 2010 às 20:43
De facto a Reforma Agrária foi um tempo único, memorável para quem o viveu ou presenciou, mas incapaz de alguma vez mais se voltar a repetir.
Isto porque a conjuntura social e económica e apenas passados que foram 30 anos, já não tem nada a vêr com a que se verificava na altura.
Assim toda e qualquer análise sobre o que então aconteceu, serve apenas como um exercício de revivalismo para alguns no bom sentido. Mas para outros, como momentos de grande pavor ou de iminente perseguição pessoal. Isto porque porque todo o processo de ocupação de terras não terá passado do nivel 1. Ou seja, apenas os grandes agrários foram contemplados, e estes por força do seu poder económico puderam resistir o tempo necessário até ao reviralho, e acabaram por passar tão sómente umas autenticas férias.
Mas não tendo sido travado todo o seu impeto de ocupações, decerto que a seguir seriam os médios e pequenos proprietários os próximos. E aqui talvez as coisas tivessem começado a ser mais complicadas. E decerto não estaríamos agora a falar numa das principais conquistas da Revolução dos Cravos. Mas sim da mais sangrenta.
Mas enfim, o que lá vai, lá vai. Ficaram as fotografias para recordação.
Só que o futuro desta região, não só não tem nada a vêr com o seu passado, como apresenta desafios e problemas bem complexos. E esses parecem que nos estão a passar ao lado. Pois não só ninguém fala deles, como até os tenta ignorar. A saber:
Este distrito e a sua capital, perdeu para a cidade de Évora, toda uma quantidade enorme de serviços e respectivos funcionários. E que com a evolução tecnológica se irá acentuar ainda mais e de forma progressiva. Veja-se o artigo neste blog mencionado sobre a perda contínua de importância das cidades de Beja, Portalegre e Bragança.
Todos os investimentos estruturantes de que se vem falando há décadas tardam de forma quase arreliante a ser
finalizados, ou pelo menos a que se veja uma luz no fundo do túnel, que nos dê alguma esperança de desenvolvimento. Antes pelo contrário, são as dúvidas e interrogações que persistem e se vão avolumando, assim como o expecto de Elefantes Brancos.
Com a saída de pessoas em idade fértil para irem trabalhar para outros locais, incluindo a emigração, ficarão apenas por cá os reformados e pensionistas. Além da cada vez maior comunidade cigana, que estimulada pelo Rendimento Mínimo, procria ainda a ritmo mais acelarado do que é habitual, e de que já é exemplo Moura. Mas que não irá no futuro gerar a mão de obra necessária e qualificada, caso algum dia esses investimentos estruturantes tenham algum resultado efectivo.
E depois que fazer?