Jan 25 2010
Livros
Uma pausa na biografia magnificamente escrita por Ian Kershaw.
E leio, sem intervalos, o livro do Coronel Sousa e Castro. Primeiro, com grande entusiasmo. Depois, com alguma perplexidade. Terminei o livro perfeitamente enjoado.
É uma tentativa de ajustar contas com algumas das figuras preponderantes do 25A e do 25N. Uma tentativa frustrada, diga-se. E é, também, uma espécie de interpretação de memórias e documentos. É um ponto de vista sobre os acontecimentos de 1974/75 (e até à extinção do Conselho da Revolução).
Nada mais.
E que nada acrescentará à História.
26 de Janeiro de 2010 às 21:10
o Sousa e Castro é um daqueles cagarolas que abandonou os seus Compatriotas em África e todos os Nativos que defenderam a Bandeira Portuguesa e foram chachinados pelos ” chamados Movimentos de Libertação “. Trocou a alma pelo conforto e mordomias do MFA.
29 de Janeiro de 2010 às 5:54
@anti MFA
Permita-me discordar dos adjectivos e esclarecer já que sou eternamente grato ao MFA, por ter acabado com a nossa presença opressora em terras onde não nascemos e ter posto fim a uma porcaria de guerra onde, com medo de morrer matei, e perdi alguns inesquecíveis amigos a troco de nada.
Confirmo, isso sim e com uma revolta que o decurso de 35 anos não ajudou a abafar, a situação de abandono em que, em Moçambique, os soldados nativos de pele negra (alguns «mistos» e todos os brancos nascidos na colónia, safaram-se, pois claro…) foram deixados pelos Chefes Militares que à época estavam à frente da «província» ultramarina (a «chicalhada da Gorongoza» como nós, milicianos, lhes chamávamos). Esses, os da bota de cano alto, foram efectivamente cagarolas. Encheram os porões dos barcos com mobílias de pau preto e dentes de marfim e entregaram ao destino (leia-se à Frelimo) os desgraçados dos «pretos» que, com a sua dedicação «à defesa da integridade nacional» foram os verdadeiros «ganhantes» dos galões e das estrelas que lhes serviam de ornamento.
NG