Jan 27 2010
Dia da Memória
A 27 de Janeiro de 1945, as tropas soviéticas libertavam o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Jan 27 2010
A 27 de Janeiro de 1945, as tropas soviéticas libertavam o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
27 de Janeiro de 2010 às 19:08
Impressionante!
Mas igualmente impressionante é que os filhos desses milhares de inocentes vítimas das atrocidades do nazismo, se tenham transformado eles próprios em assassinos de mulheres e crianças inocentes, assumindo o odiento papel dos carrascos de Auschwitz.
Vejam por exemplo: http://israelixo.jeeran.com/prepot.htm.
NG
27 de Janeiro de 2010 às 19:12
@NG – e que dizer dos “libertadores”, depois transformados em carrascos?
27 de Janeiro de 2010 às 19:40
Os números dolorosos do holocausto
Os nazis assassinaram pelo menos 7 milhões de pessoas no decorrer do programa de solução final que atingiu judeus, comunistas, polacos, prisioneiros de guerra soviéticos, pessoas de religiões diversas, resistentes anti-fascistas e muitos outros. Tinham 39 campos de concentração, trabalho e extermínio, disseminados por vários países. A solução final foi aplicada, principalmente, em Auschwitz-Birkenau, Treblinka e Sobibor, na Polónia, em Mathausen-Gusen, na Áustria, em Belsen, Buchenwald e Dachau na própria Alemanha. Entre 1941e fins de 1944 já mais de 4 milhões de pessoas tinham sido assassinadas em seis campos. Em Auschwitz, estima-se que as câmaras de gás absorviam mais de 9000 vidas, diariamente. No total, só no complexo de Auschwitz-Birkenau, teriam perecido vários milhões de inocentes, mas só na Polónia a população judaica terá sido feita liquidar em cerca de 90% (três milhões de pessoas). Adolf Hitler assumia que os polacos não passavam de uma raça sub-humana cujo destino apontava aos campos de trabalho.
Esperança da humanidade
Se fosse necessário voltar a referir a completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo o aparecimento do sargento Anatoli nas terras geladas do campo de Auschwitz, explicaria tudo. O que tinham os nazis, filhos supremos dos imperialistas, para oferecer ao mundo? As cinzas de milhões de inocentes assassinados, os crematórios, as câmaras de morte em Birkenau, a sua ‘obra’ de desumanização e extermínio, a sua revoltante orquestra sinfónica, os seus bordéis, os seus verdugos ucranianos. Pelo contrário, o Exército Vermelho, personificado pelo sargento Anatoli, que ainda está vivo e tem 80 anos, era a esperança da Humanidade.
Surgia, ali, vindo de uma longa e estrénua caminhada, a dos povos soviéticos que, inspirados pelos comunistas, tinham feito apelo aos inumeráveis recursos da História e do marxismo-leninismo, da vontade dos homens e das mulheres que não queriam ser esmagados ou despachados para campos de extermínio e se afirmaram na reconstrução de tudo o que os alemães tinham arrasado. Assim fazendo, os comunistas, aí estavam a libertar a Polónia, senhores da mais poderosa máquina de guerra jamais colocada ao serviço dos principais valores do Homem, como o próprio Guderian reconheceu ao afirmar: «Nunca se vira ao longo da História uma tal capacidade para construir e lançar nas frentes de batalha tantos aviões, tantos carros de combate, tantas peças de artilharia» – e tantos homens e mulheres, dizemos nós, que tinham, afinal, de ser alimentados, vestidos e calçados, mas prontos para o sacrifício supremo em nome de dois poderosos ideais, o da Pátria soviética e o do socialismo. E Heinz Guderian (1888-1954) que, como todos sabemos, não devia nada a ninguém em matérias do conhecimento da ciência da guerra – vencera em França, ultrapassara Orel e Tula e o seu grupo de exércitos ‘panzer’ só fora contido já muito perto de Moscovo – sabia tudo sobre Clausewitz e Moltke e lera os despachos de Schlieffen.
27 de Janeiro de 2010 às 22:07
Nunca deverá cair em esquecimento como alguns queriam, deve fazer parte da história ensinada na escola para que nunca volte a acontecer.
28 de Janeiro de 2010 às 3:47
@ João Espinho – «Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.»
Não gosto de «libertadores» nem de salvadores da Pátria! Venham eles de onde vierem! Opressores e libertadores são duas faces da mesma moeda e a Humanidade vive bem sem eles. Assim cada um de nós Homens respeite a liberdade de todos os outros (liberdade física e intelectual), a sua dignidade e todos os seus outros direitos… Não existem libertadores bons nem maus. Nascemos com dois olhos para ver igualmente por ambos. Fechamos um para apertar o gatilho…
NG
28 de Janeiro de 2010 às 22:36
*NG – em absoluto acordo- o “mal” do mundo tem sido mesmo esse: cada um se achar no direito de ser detentor da verdade! E neste tema de reflexão, a verdade é só uma: quando o homem tem nas mãos o poder de fazer o que quer, ele não olha a meios para impor a SUA vontade.