Dez 04 2009
Sá Carneiro
Há 29 anos, mais ou menos a esta hora (23h00), numa caserna de milicianos, onde me encontrava a cumprir o Serviço Militar Obrigatório, preguei o maior estalo na cara de que tenho memória na minha vida. Conhecido o trágico acidente que vitimou Sá Carneiro, alguém gritou: “Morreu um fascista!”. Lembro-me de lhe ter chamado filho da puta e de o ver cobardemente fugir de levar com mais um desabafo. Na manhã seguinte fomos todos (milicianos) mandados para casa, com fim de semana antecipado.
Recordo hoje, com saudade, a figura do estadista que foi Sá Carneiro e daquilo que está por fazer para cumprir os seus ideais e que me levaram a aderir ao PSD.
4 de Dezembro de 2009 às 23:51
Pois e parece que a coisa partiu mesmo do interior do PSD e daí que nunca se tenha chegado a apurar a verdade, assim ou de outra maneira a verdade é que se perdeu um politco brilhante.
5 de Dezembro de 2009 às 0:07
Foi antes do “meu tempo” mas sempre tive a sensação que, se ele ainda estivesse vivo, Portugal hoje estaria bastante diferente, para melhor, claro!
É estranho que o caso nunca tenha sido esclarecido por completo. Alguém sabe a verdade, alguém, ou muitos. Penso que se achou por bem “esconder” a verdade para não “reincendiar” velhos ódios, peeenso eu de que!
6 de Dezembro de 2009 às 0:45
Nesta mesma data e a 10 dias de me casar ( 1980 até parece que foi ” ontem ” ), estava eu num curso de formação de técnica de vendas da CATERPILLAR em Bruxelas, na Bélgica, e já a trabalhar com objectivos ( palavra hoje que incomoda muita gente ), e que originou o fecho de circulação aérea na Portela em Lisboa, e o atraso do regresso em mais 2 dias, face ao sucedido.
A dúvida da verdade dos factos ainda hoje para mim se mantém, acidente ou atentado ?
6 de Dezembro de 2009 às 13:41
Este sim, era de facto um homem com H grande. Tinha-os no sítio que é coisa que falta hoje a muitos (quase todos) !!!
Cumpts,
7 de Dezembro de 2009 às 19:53
Como disse o Marques de Pombal: que se enterrem os mortos e se tratem dos vivos. E até hoje os portugueses continuam a viver no fado e na saudade. Tratar do presente, tá quieto.
A história deste jardim à beira-mar plantado está cheia de mitos, desde o D. Sebastião à Catarina Eufémia, Humberto Delgado, etc. etc., até ao enjoo.
Aposto que os futuros serão o Mário Soares, Manuel Alegre, e quiça o Sócrates? Triste Povo este.
Já chega de Sá Carneiro, direi eu. Morreu, morreu, infelizmente. Agora continuar a idolatrar o homem é chover no molhado, penso eu.
Seria melhor que divulgassem os instigadores do atentado, segundo parece haviam sacos azuis para armamento bla bla bla…. mas divulgarem isso não querem, porquê?
8 de Dezembro de 2009 às 19:05
Essa” história”, assim como muitas outras, só começará a ser verdadeiramente contada, no dia a seguir ao funeral daquele, a quem alguns chamam o “pai da democracia”.
Este “pai”, tenta de todas as formas cobrar à “filha”, que não se esqueça dele (recandidatando-se, aparecendo quase diariamente nos telejornais, etc), a fim de evitar experiências análogas às de alguns “amigos europeus”, que foram “agarrados” depois de velhos, muito embora sejam outras Democracias.
Não é por isso possível a este “velho” (até porque o descendente, apesar de todos os esforços, já demonstrou não estar à altura para garantir a imunidade futura), gozar o seu estatuto e, ter de manter-se activo e arrastar-se como “Dinossauro”, embora já devesse estar fossilizado, conforme os Portugueses reconheceram através dos resultados das últimas eleições a que se candidatou.