Jun 26 2009

A morte de um ícone

Publicado por as 0:01 em Geral

Não gostavam dele, escreveram-se milhões de páginas sobre a sua vida.
Para mim, Michael Jackson permanece como um dos reis da música.
Para ouvir/ver aqui.
A notícia da sua morte física.

Don´t stop till you get enough!

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4 Resposta a “A morte de um ícone”

  1. Francisco diz:

    Li ontem à noite a notícia no rodapé da TV quando estava a ver a “Quadratura do Círculo” na SIC-N e depois fiquei até à uma e pouco da manhã a ouvir as reacções dos convidados numa espécie de emissão especial.

    Michael Jackson foi – e é… – muito do que a comunicação social fez dele e também muito da imagem que ele próprio quis que os media fizessem dele.
    A carreira atribulada, os escândalos, as histórias mal contadas, os distúrbios de personalidade, enfim uma série de coisas que hoje não passam de “fait-divers”, já nada interessam, porque ficou a música.

    Apesar de uma obra a que, na minha opinião, faltou alguma consistência, ficam dois marcos incontornáveis que fizeram uma carreira: um disco excelente (“Bad”, 1987) e uma obra-prima a todos os níveis excepcional, seja na produção, seja na reinvenção da soul e do funk, seja na genuina energia e excelência da execução e na qualidade das canções: “Thriller”, 1982, um álbum em que não se encontra uma única fraqueza ou ponto criticável, uma página de ouro da história da pop produzida por Quincy Jones, um disco como poucos na galeria dos “monstros”.

    Confesso que nunca fui um admirador fervoroso de MJ. Quando esteve em Portugal no ano de 1992, nem sequer o fui ver.
    Sou, digamos assim, um admirador moderado que perdeu o rasto do artista em meados da década de 90 mas que de vez em quando volta a “Bad”, “Billy Jean”, “Beat It”, “The Way You Make Me Feel”…

    Tal não me impediu que ontem, ao ouvir a notícia, me sentisse algo emocionado, não sei se por ele se pelas lembranças da minha adolescência, quando, durante um certo período, MJ me fazia companhia.

    Tenho a certeza de que ontem com a sua morte, eu – tal como milhões de pessoas na faixa etária dos 30-40 anos por esse mundo todo -, perdi uma parte da minha adolescência.

    Aqui fica, na “Praça da República”, a minha pequena homenagem àquele preto d’um raio que se calhar ainda iria lançar um disco excepcional num inesperado “comeback” (como tantas vezes acontece com artistas decadentes), e que se foi embora cedo demais.

  2. Dário Brissos diz:

    O Rei da música POP permanecerá sempre como um ídolo de diferentes gerações.
    Contudo, na minha opinião, vejo-o também como um exemplo de Racismo.
    Ele foi racista com a própria raça… nasceu preto e quis ser branco.

  3. Regina diz:

    Foi o unico idolo que tive na adolescencia. Tinha posters no quarto, com o seu rosto lindo, jovem, moreno, os cadernos cheios de imagens dele da Blitz, e o thriller foi inspiração para muitas danças… Na altura bailarina, á custa do moon walker, ainda ganhei uns prémios de breackdance :). Ele era genial, daí que logo a seguir ao album “Bad”, a minha desilusão foi grande ao ve-lo completamente desfigurado.
    Quem viu o filme da vida dele, pode imaginar os problemas interiores, sobretudo desiquilibrantes que ele tentava controlar através da musica. Tal como muitos,não resistiu à fama e ao “massacre” dos media e dos fãs. Como não controlava a vida, tentava ser Deus com o seu próprio corpo.
    A vida continua para ele, no além, agora fazendo a avaliação de uma vida mal aproveitada.

  4. Dylan diz:

    Uma criança num corpo de um adulto. Era assim Michael Jackson. A sua candura contrastava com a atitude arrebatadora que exibia em palco, uma espécie de predestinado com um talento invulgar e que enfeitiçava todas as gerações. A educação rígida traçou-lhe o futuro mas sonegou-lhe a infância, enquanto o seu direito de viver recatado era ameaçado à medida que os holofotes da fama acompanhavam o seu crescimento. Pulverizou recordes de vendas mas também era o primeiro a dizer presente às causas humanitárias onde terá doado milhões de dólares. A sua timidez, e porque não dizer a sua extravagância, originavam todos os tipos de rumores, nunca provados.
    Goste-se ou não do estilo, revolucionou o mundo do entretenimento artístico e musical impulsionando de vez o respeito e o reconhecimento pela cultura negra.

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