Jun 20 2009

Como foi possível

Publicado por as 15:01 em Fotografia,Intimidades


foto: joão espinho

não ter percebido que era uma despedida?
A última.
Estou sem sangue, pois sei que nenhuma das minhas lágrimas te devolverá a vida!
Encerro-me.
Fecho-me.
Até que o sol volte a brilhar e com ele regressem as papoilas que tanto amavas.
Até sempre, MM!

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Uma Resposta a “Como foi possível”

  1. Regina diz:

    Papoilas…que lindas…mas não associadas a emoções tristes…

    “A papoila tem o tom vermelho, rubro da festa em brasa.

    E, no verde manso do trigal – se aparece

    É o grito que contesta a cor certinha o ondular cadente

    ao toque do tempo – compassos do vento!…

    É a gargalhada insólita, inesperada

    que desfralda a revolta recalcada !

    E… a papoila sabe!

    Cativante! – Erótica, ao tacto macia…

    tem toque de pele – morna como um ventre …

    tem toque de seda – um mole de veludo

    – Um nada de cada – um pouco de tudo …

    Por isso, disfarça o olhar pestanudo

    de estames fartos que o ópio perturba…

    – Sabe-lhe o negrume e esconde-o bem

    na cor escaldante que as pétalas tem.

    – Bem de longe chama! – sou de sangue e lume!

    – Sou de sangue e lume!…

    – E, só se colhida – de morte já ferida

    em requebro de tango, maldosa, perdida

    sensual, pagã – confessa o ciúme

    de usar veneno em vez de perfume.

    Maria José Rijo

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