Jun 05 2009
As questões de Domingo
– O “empate técnico” desfaz-se no Domingo. Quem tiver mais votos, ganha as eleições. PS ou PSD?
– O PCP obterá mais votos que o BE. Mas ficarão empatados no número de deputados eleitos?
– Rangel não vai para Bruxelas e fica para o combate das legislativas?
– Durão Barroso será reeleito. Quantos eurodeputados PS vão seguir o cherne socialista?
– Qual a cifra da abstenção? 60%? 70%?
– Você vai votar?
5 de Junho de 2009 às 10:01
Abstenção na casa dos 80%.
Penso eu de que!
5 de Junho de 2009 às 12:06
O não voto é uma forma de participação política
Eu não vou votar. Considero que o não voto é um direito e uma afirmação de protesto contra uma classe política que, no seu todo, é conivente na gestão do país. Seja poder ou oposição qualquer dos principais cinco partidos em disputa nestas eleições são co-responsáveis pela situação de atraso e miséria que hoje se vive em Portugal. Bem pode frei Jerónimo pregar e dizer que nem todos são iguais, e falar de chico-espertismo (e ele é o quê? Um chico-parvinho, ou quer-nos fazer?), mas a verdade é que todos representam na sociedade o mesmo papel. Se não queres ser monge não lhe vistas o hábito, diz o ditado. E todos estes partidos (talvez aquele que menos tenha a ver com o sistema vigente seja o BE) lhe vestem o hábito. Estiveram na concepção deste regime em que a classe política (seja local ou nacional) vive rodeada de benesses e de direitos, constituindo no seu todo uma casta à parte. O que os separa é que alguns têm mais poder do que outros, No governo, o PCP ou o PSD ou o PS ou o CDS, apesar de algumas diferenças de pormenor, actuariam sensivelmente da mesma forma. O que é que distingue um presidente de Câmara do PCP hoje de um qualquer outro do PS ou do PSD? Nada! Absolutamente nada, nem na forma nem no conteúdo. A função é que faz o homem ( o próprio Marx sabia-o) e o que os distingue são opções locais, estratégias que mudam de localidade para localidade e que nada querem dizer quanto ao partido que as propõe ou à natureza das diversas forças políticas. Um exemplo – em Évora o PCP critica e é contra os desfiles de moda que a Câmara PS promoveu. Em Beja é a Câmara PCP que os promove e o PS que os critica. Em Évora o PCP é contra a transformação da Praça de Touros na Arena e a forma como ela foi feita. Em Beja, numa situação idêntica, o PCP propõe uma solução igual à de Évora para a Praça de Touros privada.
O não voto é hoje uma atitude clara de protesto contra quem, na oposição ou no governo nos tem desgovernado ao longo dos anos e que tâo bem se tem governado a eles e ao seu grupo. Querem o nosso voto para legitimarem o roubo e a arrogância permanente em que têm vivido.
O não voto é o voto daqueles que querem intervir, participar, tomar conta do seu destino pelas suas próprias mãos. É uma afirmação clara de quem não quer ser o mexilhão que os politicos sempre se habituaram a ver no cidadão anónimo. Bom para votar e para legitimar quem, aos longos dos anos, se habitou a cavalgar nas nossas costas.
O não voto é uma forma de participação política
Eu não vou votar. Considero que o não voto é um direito e uma afirmação de protesto contra uma classe política que, no seu todo, é conivente na gestão do país. Seja poder ou oposição qualquer dos principais cinco partidos em disputa nestas eleições são co-responsáveis pela situação de atraso e miséria que hoje se vive em Portugal. Bem pode frei Jerónimo pregar e dizer que nem todos são iguais, e falar de chico-espertismo (e ele é o quê? Um chico-parvinho, ou quer-nos fazer?), mas a verdade é que todos representam na sociedade o mesmo papel. Se não queres ser monge não lhe vistas o hábito, diz o ditado. E todos estes partidos (talvez aquele que menos tenha a ver com o sistema vigente seja o BE) lhe vestem o hábito. Estiveram na concepção deste regime em que a classe política (seja local ou nacional) vive rodeada de benesses e de direitos, constituindo no seu todo uma casta à parte. O que os separa é que alguns têm mais poder do que outros, No governo, o PCP ou o PSD ou o PS ou o CDS, apesar de algumas diferenças de pormenor, actuariam sensivelmente da mesma forma. O que é que distingue um presidente de Câmara do PCP hoje de um qualquer outro do PS ou do PSD? Nada! Absolutamente nada, nem na forma nem no conteúdo. A função é que faz o homem ( o próprio Marx sabia-o) e o que os distingue são opções locais, estratégias que mudam de localidade para localidade e que nada querem dizer quanto ao partido que as propõe ou à natureza das diversas forças políticas. Um exemplo – em Évora o PCP critica e é contra os desfiles de moda que a Câmara PS promoveu. Em Beja é a Câmara PCP que os promove e o PS que os critica. Em Évora o PCP é contra a transformação da Praça de Touros na Arena e a forma como ela foi feita. Em Beja, numa situação idêntica, o PCP propõe uma solução igual à de Évora para a Praça de Touros privada.
O não voto é hoje uma atitude clara de protesto contra quem, na oposição ou no governo nos tem desgovernado ao longo dos anos e que tâo bem se tem governado a eles e ao seu grupo. Querem o nosso voto para legitimarem o roubo e a arrogância permanente em que têm vivido.
O não voto é o voto daqueles que querem intervir, participar, tomar conta do seu destino pelas suas próprias mãos. É uma afirmação clara de quem não quer ser o mexilhão que os politicos sempre se habituaram a ver no cidadão anónimo. Bom para votar e para legitimar quem, aos longos dos anos, se habitou a cavalgar nas nossas costas.
Por isso, cidadão eleitoral, pensa duas vezes. Participa no protesto. Sê inteiro e não votes. Não deixes que façam de ti apenas um boletim de voto e depois te deitem para o caixote do lixo, como é hábito.
5 de Junho de 2009 às 12:56
@josé – o voto é um direito ou um dever? Não abdico dos meus direitos nem dos meus deveres. O seu comentário panfletário favorece todos aqueles que pensam que as eleições para nada servem. Já assim foi antes do 25A e nos estados totalitários. Se pudesse, votava contra si!
5 de Junho de 2009 às 12:58
@josé – já percebi donde veio o comentário. Acho que perdi tempo em responder-lhe!
5 de Junho de 2009 às 20:40
O empate técnico é admissível, mas existem diferenças …
A última sondagem da Universidade Católica ( a mais credível para muitos ) faz notar os seguintes percentagens e números :
PS – 34 % — 9 deputados
PSD – 32 % — 8 ”
CDU – 11 % — 2 ”
BE – 9 % — 2 ”
CDS – 5 % — 1 ”
Uma última mensagem eu voto sempre e apelo a este acto de cidadania, apesar de ser independente e nunca militante !!!
5 de Junho de 2009 às 20:59
Eu concordo contigo …
Votar … Sempre …!
Prognósticos, só depois do jogo …!
Um Abraço da M&M & Cª!
6 de Junho de 2009 às 10:06
Nunca deixei de votar…mas agora perdi a vontade! Porque havemos de votar só por votar? E se não gosto de nenhum? Voto em branco, dirão. Mas não sei se me apetece. Tá a chover e tásse melhor dentro de casa :p
6 de Junho de 2009 às 11:45
A verdade é essa mesmo.
Votar é um direito e um acto de cidadania.
Mas o que fazer quando não se sabe em quem votar?! O que fazer quando de cidadão já temos pouco?!
Veja-se a injustiça que reina neste país. Os ladrões, os violadores de menores e os corruptos fora das cadeias e no entanto quem faz um crime menor, uma coisinha simples que seja, só porque não tem dinheiro para pagar a um advogado, vai dentro. E depois sim, sai um verdadeiro marginal.
Ver nas noticias que os eurodeputados se aumentaram, irão receber após estas eleições, 7665 brutos. Isto sem esquecer outros subsídios.
O que é isto?! Um ordenado destes quando no País o ordenado minimo é cerca de 500€! É apenas uma vergonha!
O que fazer?!! Votar em quem?!
A alternativa, quando não se acredita neste direito, é abdicar dele e ficar em casa sossegadinho à espera que um dia algo aconteça, algo que mude este país.
Assim, não participando no acto eleitoral, não me poderei culpar por o povo ter de lhes pagar estas avultadas somas.
Finalizando, o que faz assim de tão importante um eurodeputado que justifique um salário destes?!
7 de Junho de 2009 às 13:20
Eu concordo com tudo o que o José afirma. Só um reparo: nem merecem tanta conversa.
É um desperdiçio de tempo, constatar o que toda as pessoas atentas já sabem.
Aos políticos podres gostaria ainda de juntar os comentaristas podres.
A gente dos jornais e dos pasquins, alguns dos blogs – a maior parte são políticos frustrados, que se excederam em linguagem, e foram afastados pelos seus pares- que se masturbam bastante quando chega a estes dias, armados em experts, em comentaristas avalizados, etc.
Enquanto o cidadão comum pensa, em como por exemplo, deveriam fazer umas únicas eleições uma única vez para tudo: camara, europa e governo, se fossem espertos , para poupar dinheiro, esta gente quer é pagode, nem dorme por estes dias, anda histérica com as hipoteses do Rangel ou da ilda Figueiredo, as percentagens, de vão 8 ou se são 9…. e se pudesem faziam votos todas as semanas…
Deviam poder observar a triste figura que fazem, de bobos da corte. Sempre os houve.
…
Devo dizer que já votei hoje e foi na CDU, acho pela primeira vez na vida: é o único que não ganha de certeza, que nunca se propõe ganhar, que só diz mal, para ver se os blocos de potencial poder, se acautelam e começam a apresentar medidas e propostas mais amigas do cidadão, a ver se tomam mais cuidado e medo de perderem nas Legislativas.
Nessas, não irei desperdiçar o meu voto, que será decisivo como sempre.