Mar 19 2009
Pai
Foi dos primeiros a partir. Novo, e eu, então, ainda muito novo nos meus 27 anos.
Há dias, no final de um dia de trabalho, aguardava-me à porta de casa um senhor com mais de oito décadas de vida. A idade que o meu pai teria hoje. Abraçou-me, primeiro sem palavras, e depois falou de si, de mim, do mundo, do que escrevo, do que conhece de mim.
E do meu pai.
Não sei quantas lágrimas derramei nessa noite. Saudades, nostalgia, ausência, recordações. Tudo em instantes se misturou.
Hoje, ao acordar, beijei as minhas filhas. Talvez com mais carinho ainda. Com um grande sorriso.
Porque me lembrei do meu pai.
E do encantamento de ser e me sentir pai!
19 de Março de 2009 às 9:30
Parabéns João, por seres pai.
A nostalgia a saudade a ausência e as recordações ficam para sempre quando já não o temos. É um vazio a que temos que nos habituar a viver.
19 de Março de 2009 às 12:59
Amen!
19 de Março de 2009 às 16:34
E do Pai Criador, alguém se lembra?
19 de Março de 2009 às 16:42
@regina – todos os dias, juro!
22 de Março de 2009 às 1:21
Há dias em que as saudades apertam com mais força… Sei o que sente. Também eu choro muitas vezes a ausencia de alguém que muito amei (um querido irmão) o que me consola é acreditar que ele está junto do Pai criador e que por ele é infinitamente amado. Abraço amigo.
Nota: “Abraço amigo”… curioso que foi isso mesmo que senti quando escrevi estas palavras, apesar de saber quem é e de nunca sequer termos dito um simples olá um ao outro… Abraço amigo. 🙂