Mar 26 2009
Calha a todos
“Demiti-me do PCP e passei a assumir o cargo de vereador como independente”!
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Mar 26 2009
“Demiti-me do PCP e passei a assumir o cargo de vereador como independente”!
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26 de Março de 2009 às 18:37
Esta história tem muito (muito mesmo) que se lhe diga:
a)Se esse senhor (Mariano) tivesse um nadinha de vergonha na cara nem o cargo de vereador assumia.
b)Se os responsáveis da Câmara de Aljustrel tivessem o mínimo pudor, esse senhor, enquanto funcionário da Câmara (porque também o é, para além de vereador), já tinha sido demitido há muito por via da sua conduta imprópria enquanto funcionário e ser humano.
c)Se o PCP não fosse um partido de falsos valores, esse senhor (Mariano) há muito que já teria ficado sem o cartão de militante do partido. Logo nunca teria tido a oportunidade de o entregar por despeito.
Quando os valores da política reles se sobrepõem aos valores da humanidade, da ética e da verdade acontecem coisas aberrantes como esta: Uma pessoa sem as mínimas condições psicológicas a assumir uma vereação de uma Câmara. Ainda por cima assumindo o pelouro da juventude, em nítido conflito com a sua postura enquanto cidadão.
Aconselham-se os jornalistas a explorar o caso, já que quem tinha competência e a obrigação legal e moral de o fazer se demitiu vergonhosamente do seu dever.
Deixo uma pergunta no ar: Se o Sr. Mariano era o n.º 4 do PCP de Aljustrel (com a saída de José Godinho seria naturalmente o n.º 3) porque é que, de repente, deixou de fazer parte das listas para as autarquicas 2009 e por isso (e só por isso) entregou o cartão do partido, assumindo a vereação como independente? Porquê? Terá acontecido algo de muito grave, verdade!?
E se os factos que conduziram à presente situação se produziram no desempenho das suas funções enquanto funcionário da Câmara, porque houveram apenas consequências políticas para o Sr. Mariano? Onde está o processo disciplinar correspondente? Onde?
Nota do editor do blog: este comentário, parecendo anónimo, está registado com data/hora e proveniência. Tive dúvidas em publicá-lo. E talvez tenha cometido um erro, grave, ao fazê-lo. Assumo as minhas responsabilidades.
Porém, deixo este espaço aberto a quem se ache merecedor de defesa. Dedução minha: o que aqui foi vomitado em comentário será, seguramente, voz corrente em Aljustrel. Obviamente que nenhum jornalista vai aprofundar o assunto. Os OCS regionais têm outras prioridades (conhecidas) e o que interessou foi noticiar mais uma ruptura dentro do PCP. Ideológica? Não se sabe. Dou a palavra a quem se sinta capaz de esclarecer esta notícia.
26 de Março de 2009 às 19:47
João, não quero de forma alguma contrapôr o que aqui relatas, que estará correcto sob o ponto de vista das lógicas partidárias..
Mas pelo que conhecço da pessoa aqui visada, que embora não seja muito, será contudo o suficiente para tecer estes comentários.
Tenho-a por uma pessoa de bem e honesta, dedicado aos jovens do seu concelho e incansável em relação aos seus problemas e às suas dificuldades (isto testemunhar), assim como à causa politica que abraçou já há longos anos.
Julgo pois que a sua atitude, que tu aqui condenas, terá sido mais fruto de uma questão de orgulho pessoal e de mágoa por se sentir preterido e quiçá ofendido públicamente e desvalorizado inter-pares.
Reagiu desta forma, sem dúvida de cabeça quente, e certamente acabando com a sua carreira política. Pelo menos no PCP
26 de Março de 2009 às 20:22
@mário j – eu não relato nada. Limitei-me a dar um título a uma notícia que divulguei. E não condenei ninguém!!!
28 de Março de 2009 às 1:53
Tenha sido a deserção do partido motivada por respeitáveis razões de desacordo quanto à ideologia ou quanto à práxis, ou, menos respeitavelmente por mero despeito resultante da não inclusão da lista a propor, a posição de independente e não a de se bandear para a oposição é bem diferente da situação ocorrida em Beja com José Monge.
Há meses, na Assembleia da República, Luísa Mesquita adoptou posição semelhante. Os antigos camaradas criticaram-na por não se ter demitido.Mas aceitaram Monge no seu rebanho.
Afinal, há Romas que pagam a traidores.