Mar 13 2009
As virgens
Veio há dias o PCP – através da CDU – armar-se ingenuamente em virgem ao declarar que “não está disponível para as frequentes guerrilhas político-partidárias”.
Veio ainda o coordenador-mor afirmar que a coligação cultiva “uma pedagogia de respeito, liberdade e responsabilidade”.
Tudo isto seria muito bonito, não se desse o caso de ser o próprio PCP a alimentar as ditas guerrilhas, quer através de demagógicas declarações públicas, quer incentivando a escrita em blogs cujos editores são claramente militantes do PCP (disfarçam mal), apesar de se refugiarem cobardemente no anonimato. Não faço links desses blogs, pois quem anda por aí sabe quem eles são.
O PCP pretende, com estas declarações, alimentar a campanha do silêncio, a que se vai remeter, não se vá dar o caso de alguns tirinhos (respostas) virem a atingir os próprios comunistas.
A campanha do PCP para as autárquicas há muito que começou. Agora é só vir a terreiro quando lhes parecer que o bastião está em perigo!
Avante!
13 de Março de 2009 às 13:30
O verdadeiro “handicap” do PCP neste momento é a desmedida incongruência entre o que dizem e o que fazem, entre o que fizeram e o que dizem que não fizeram. A estrutura local do PCP vive dias dificeis, que começaram com as guerras interna antes do anúncio da lista às Autárquicas de 2009 e que após o mesmo se agudizaram. o PCP atravessa, neste momento, talvez o período mais turbulento dos últimos anos, algo que se agrava por estarem pela primeira vez que me consigo lembrar a terem de enfrentar uma oposição mais unida, mais séria e construtiva, não só da parte do aparelho do PS, mas sobretudo duma forte movimentação civil independente que apoia a candidatura de Pulido Valente (e não o PS). O silêncio é medida de cautela certamente, mas muito provavelmente um forte indício das verdadeiras batalhas que hão-de vir por aí. Cuidemo-nos todos!
13 de Março de 2009 às 13:34
Estes comportamentos e reacções são tipicamente indicadores de que o partido e a coligação, PCP e a CDU, temem e de maneira, e como nunca desde o início da democracia de 25 de Abril de 1974, o poder perder o bastião do poder autarquico da capital do distrito, em Beja, ao longo destes 35 anos.
É um facto inegável que o dr. Jorge Pulido Valente, é um homem com trabalho feito e provas dadas, recorde-se que foi ele que também na autarquia de Mértola venceu 2 vezes e convenceu os PCP(s), que dominavam ao longo dos anos e decadas..
O receio de derrota leva-os a este tipo posições de “ingénuos e de pedagogia de respeito, liberdade e responsabilidade”, alguns deles são pessoas de bem, e fazem e farão uma “luta” leal, mas os outros tenho muito dúvidas se obedecem às “ordens” agora enuciadas, porque a sua prática viciada não o prova, bem pelo contrário.
Eles sabem que nós sabemos o que eles sabem e têm temôr, da grande envolvência e da abrangência que desde a esquerda, ao centro e mesmo à direita, existe o pensamento geral da necessidade de mudança, o que vai estar em “jogo” não são os partidos mas credibilidade e a confiança nas pessoas.
Eu serei um entre muitos de independentes, em Beja, que já analisei e pensei, qual a minha posição a tomar, e amigo esclarece amigo, até à vitória final.
Olhem para Beja muribunda e a vegetar, é isto que desejam para o futuro, promessas não cumpridas ???
14 de Março de 2009 às 22:31
Gostaria simplesmente de dizer aqueles que se denominam de independentes o seguinte, ser na realidade independente é sê-lo de facto, não se escudar atrás desse estatuto de facil colagem para depois virem defender candidatos partidários com mais força ainda do que os do PS, na realidade ser verdadeiramente independente signifiica acreditar em movimentos de cidadania não sujeitos a máquinas partidárias já ha muito instituidas e viciadas onde os independentes nunca vigoram, a não ser que se inscrevam no partido, ai sim a partir desse momento já poderão ser promovidos.
No entanto respeito a vossa ideia, simplesmente vejo de outra forma a questão, no entanto alimento um sonho a muito que é ver a cidade libertada de 34 de ditadura Troskiana, não apoio nenhum tachista de partido, mais um que deixa os projectos a meio para subir de categoria, e segundo parece ja leva mais do que um partido no curriculo, não me imponham essa ideia e não transformem a realidade, senão não me parecem verdadeiramente independentes, porque esses são muito “open mind”.
Quanto ao votar … bom não sei se votarei, mas se o fizer será voto util, mas já sei que vou ficar de azia pelo menos mais 4 anos, não porque tenha algo contra o candidato mais forte, mas sim pelo simples facto que o vou ver a governar em bicos de pés virado para a capital á espera de ser chamado para um cargo superior junto dos seus generais.
e depois nomeia o seu nº 2 que não foi submetido a votação pelos cidadãos, mais uma vigarice dos partidos politicos.
Se e se se me enganar, darei a mão á palmatória e reconhecerei a minha má interpretação das intenções e me retratarei na altura propria inclisivé pessoalmente se assim for necessário.
15 de Março de 2009 às 11:15
@Jose Chicharo
Permita-me que me dirija a si para discordar daquilo que vê como sendo a essência da “independência”, no entanto compreendo que haja um historial que o possa levar a configurar assim o seu pensamento. Mas, e é apenas a minha opinião, ser independente é não estar filiado em qualquer partido. Ser independente não o impede, nem é contrário, de ser sequer simpatizante. Ser independente simplesmente não o obriga a ter que seguir determinadas directivos/orientações partidárias. Um dia vamos todos perceber que um “movimento de cidadania” é um Partido Político temporário, regido pelos mesmos moldes e que alinha pelas regras definidas pela Constituição Portuguesa. São sáudáveis e de louvar, assim como os partidos e muitos dos seus actores… mas também alguns são vazios e nascem apenas da vontade de alguns partidos políticos de modo a enfraquecerem adversários. Em Beja, se neste momento aparecesse uma candidatura independente, seria apenas e só para enfraquecer aqueles que, pela qualidade da sua candidatura, mais possibilidades têm de conseguir a alternância democrática que se procura.
Não acredito que Pulido Valente esteja nesta corrida como Ponte, até porque pelo que sei está a cumprir um sonho e tem a vantagem de não ser mais um aventureiro, mas sim uma pessoa experiente, com currículo e obra feita (ao contrário daquilo que determinados agentes do PCP à sua maneira tentaram fazer passar). Mértola é para todos os que vivemos em Beja, uma agradável surpresa e que foi ganhando o seu espaço e a sua notoriedade. Pelo que sei a candidatura de Pulido Valente integra muitos independentes e inclusive alguns “notáveis” de outros Partidos… e isso é sinónimo de que é uma candidatura forte e com qualidade e capacidade para ultrapassar desafios. Mais que nunca, creio que o chamado Voto Útil será necessário, pois há pelo menos uma coisa em que quase toda a gente concorda: Beja precisa de mudar e para bem de todos nós. Mais de 30 anos no poder, seja que partido for, disso nãop haja dúvidas, cria vícios, rotinas e muitas amarras.
No entanto José, gostei bastante da sua última frase e acho que não se vai arrepender. Se for eu a arrepender-me do que escrevi também pedirei desculpa.
15 de Março de 2009 às 20:45
Obrigado pela sua resposta e pelo seu entendimento aberto, temos que saber encontrar semelhanças e pontos convergentes, dentro das diferenças e criar sinergias para interesses superiores, na realidade eu espero que o candidato do PS possa vencer, e também conheço as qualidades e valencias do Pulido Valente ,nunca isso para mim esteve ou está em causa, a unica coisa em que eu não acredito é o partido que tem por trás, basta ver o estado em que está o pais, mas qualquer das formas os interesses da região poderão não ser os mesmos do pais e o PS em Beja poderá fazer bem melhor do que esta fazendo no pais.
Espero que assim seja, Deus queira que eu me engane, será melhor para mim e para todos nós.
Obrigado e cumprimentos para si e que possamos criar mais tertulias construtivas.