SINOPSE

Um escritor – o próprio Stig Dagerman – é assolado pelos demónios que povoam as memórias e a transfiguração criativa do processo da escrita.

Fechado no seu espaço – um labirinto onde o criador se aprisiona voluntariamente – constrói um texto poderoso sobre a consciência dos absurdos da existência – mesmo se levada ao limite da auto-destruição.

A intensidade da dor da sua tortura e a singularidade das imagens que exorciza são o reflexo dos diversos personagens que habitam o romance “A Ilha dos Condenados.

Esta versão dramatúrgica parte pois deste romance para a construção de um monólogo que aqui se cruza com o universo sonoro da música executada ao vivo – e que tece, com a voz do personagem, o casulo da lucidez insuportável.

FICHA TÉCNICA
texto
Stig Dagerman
(A Ilha dos Condenados, ed Antígona, 1991
tradução de Miguel Serras Pereira a partir da versão francesa)

dramaturgia, adaptação, encenação: Gisela Cañamero
performer: Paulo Duarte
direcção musical, sonoplastia, baixo eléctrico: José Manhita
percussão: Cláudio Roberto
trombone de varas: Lino Costa
luminotecnia: Rafael Del Rio
assistência à encenação: Luís Proença
adereços de cena: Ivan Castro, José Barbieri
relações públicas, produção: Raul Bule