Andas por linhas e sombras escondida.
A reboque de um sol alentejano, à procura de Amor.
Por vezes, sentaste-te à beirinha escondida daquela árvore que não te diz nada, mas tem tantas histórias para te contar.
Eu sei que não as queres ouvir, preferes contemplar aquele além. Despreocupado, com corpo de homem, e sorriso de criança.
Preferes a ele do que às histórias de amor daquela árvore. Das paixões assinaladas em crosta formadas, no corpo daquela árvore. Debaixo da copa daquela árvore. Histórias de paixões intensas em fumo poisadas, em pó desfeitas, que o tempo se encarregará de as levar.
Histórias, como a tua, que um dia também levará para os seus filhos alimentar.
Árvores como aquela são eternas. Por entre sombras e linhas, por entre paixões e juras de amores eternos que o homem se esquecerá, ela, se lembrará.
Estão marcadas na sua pele, incutidas no seu corpo, eternas, até um homem sem amor, sem lembranças ou paixões, a arrancar, destruir, e maltratar, tão bela árvore com tantas histórias para se escutar.
Centenária, abraçou tantas vezes, casais de enamorados na sua copa que só assim sabe receber quem por lá passa, e o rio como confidente e testemunha de tantos amores ali feitos, de tantos amores ali perdidos, de esperanças alcançadas e promessas prometidas, de promessas cumpridas.
Como ela, já não há nenhuma.
Poucas, são as que restam assim. Avós de todos nós. Mães também de algumas, mas poucas, muito poucas que nos sabem receber assim. De braços abertos, com leves brisas por entre as suas folhas como beijos ternos de quem nos quer bem ao pé de si, como aconchegos maternais.
Foi ela que acolheu tantos casamentos, com histórias com finais felizes, que “para sempre”, era o momento que contava e nada mais importava. Assim é ela.
Tantas histórias…tantas, que ainda hoje se escutares com atenção, te contará a mais bela de todas as histórias de amor, alguma vez jamais contadas, por Homens ou Natureza, que já ouviste. Só ela é que a sabe e com ela morrerá.
4 de Novembro de 2008 às 16:41
Andas por linhas e sombras escondida.
A reboque de um sol alentejano, à procura de Amor.
Por vezes, sentaste-te à beirinha escondida daquela árvore que não te diz nada, mas tem tantas histórias para te contar.
Eu sei que não as queres ouvir, preferes contemplar aquele além. Despreocupado, com corpo de homem, e sorriso de criança.
Preferes a ele do que às histórias de amor daquela árvore. Das paixões assinaladas em crosta formadas, no corpo daquela árvore. Debaixo da copa daquela árvore. Histórias de paixões intensas em fumo poisadas, em pó desfeitas, que o tempo se encarregará de as levar.
Histórias, como a tua, que um dia também levará para os seus filhos alimentar.
Árvores como aquela são eternas. Por entre sombras e linhas, por entre paixões e juras de amores eternos que o homem se esquecerá, ela, se lembrará.
Estão marcadas na sua pele, incutidas no seu corpo, eternas, até um homem sem amor, sem lembranças ou paixões, a arrancar, destruir, e maltratar, tão bela árvore com tantas histórias para se escutar.
Centenária, abraçou tantas vezes, casais de enamorados na sua copa que só assim sabe receber quem por lá passa, e o rio como confidente e testemunha de tantos amores ali feitos, de tantos amores ali perdidos, de esperanças alcançadas e promessas prometidas, de promessas cumpridas.
Como ela, já não há nenhuma.
Poucas, são as que restam assim. Avós de todos nós. Mães também de algumas, mas poucas, muito poucas que nos sabem receber assim. De braços abertos, com leves brisas por entre as suas folhas como beijos ternos de quem nos quer bem ao pé de si, como aconchegos maternais.
Foi ela que acolheu tantos casamentos, com histórias com finais felizes, que “para sempre”, era o momento que contava e nada mais importava. Assim é ela.
Tantas histórias…tantas, que ainda hoje se escutares com atenção, te contará a mais bela de todas as histórias de amor, alguma vez jamais contadas, por Homens ou Natureza, que já ouviste. Só ela é que a sabe e com ela morrerá.