Out 03 2008
O Colóquio sobre “A Desertificação do Interior”
Os interessados podem consultar as apresentações de:
– Renato do Carmo
– Jorge Pulido Valente
– Pinho Cardão
Notícia no Correio Alentejo
Notícia Radio Pax
Out 03 2008
Os interessados podem consultar as apresentações de:
– Renato do Carmo
– Jorge Pulido Valente
– Pinho Cardão
Notícia no Correio Alentejo
Notícia Radio Pax
3 de Outubro de 2008 às 23:04
Muitos parabéns João, pela organização, pelos intervenientes num e noutro lado da mesa e por teres alcançado objectivo de lançar o alerta.
Tudo fica por dizer e fazer mas foi um contributo importante para nos sentirmos como catalisadores do desenvolvimento da região. Todos.
4 de Outubro de 2008 às 5:22
Parabéns ao blogue Praça da República e ao seu editor João Espinho!
Depois de escutar os quatro oradores convidados, gostava de acrescentar o seguinte:
Hoje não nos faltam diagnósticos. Qualquer um dos presentes – assistência incluída – saberá identificar pormenorizadamente os motivos do atraso estrutural de Portugal, que são os mesmos da sub-região do interior.
O “Triângulo Vazio” referido pelo Prof. Renato do Carmo é a ausência de um projecto comum entre os diferentes actores territoriais, a saber: Politico; Investigação/Ensino; Tecido económico
E essa carência não ocorre apenas na aldeia estudada por esse orador. Acontece nas aldeias, nas cidades e lamentavelmente no país.
É esse “triângulo” que não pode continuar vazio.
A cobertura nacional de banda larga permite que a esmagadora maioria das actividades económicas se possam localizar onde mais lhes interessar. Já não têm, como no passado, que estar junto do seu mercado. É por esse motivo que dizemos que na Era da Economia do Conhecimento, esta não tem geografia: Pode estar no Interior de Portugal, na Índia ou onde mais lhe aprouver.
Faltam no entanto recursos humanos qualificados no interior para que este possa ambicionar ser sede profissional de serviços de alto valor acrescentado, como por exemplo, na área dos Sistemas de Informação ou na Consultoria Económica/Financeira.
Mas isso não significa que o interior não venha a captar esses talentos para o interior, principalmente se vier a criar “Centros de Trabalho Partilhado” que mais não são que espaços internet para profissionais que optem por vir viver para as suas segundas residências mas que necessitam de uma infraestrutura mínima para desenvolver aqui a sua actividade.
Outra oportunidade emergente é o NEARSHORING. Tal como ocorreu há 30 anos atrás com a implantação no interior de Portugal, temos renovadas oportunidades para instalar “industria” neste território. No entanto não podemos continuar a pensar na industria dos têxteis ou do calçado. Temos que pensar em Centros de Contacto telefónico, Centros de tratamento de dados (informação), indústria aeronáutica etc.
No entanto, se pretendemos ter um interior competitivo, e pegando no contributo do Dr. Jorge Pulido Valente, temos que pensar a uma dimensão regional e não a uma dimensão local: Faz sentido ter a cada 30 kms a repetição de todas as infra-estruturas sociais apenas porque mudamos de concelho?
É comum dizer-se que a “vida boa” pertence às grandes cidades. Foi um estigma com que crescemos e que legitimamente o Prof. António Covas contesta. Quem fizer tal afirmação esquece-se de alguns factores: Qualidade ambiental; Elevados custos de vida; Ausência de vida social; Falta de acesso à cultura, cujos custos para acesso à mesma se tornam incomportáveis com o escasso rendimento disponível.
Pergunto em que é que as metrópoles podem ser melhores que o interior e disponibilizo-me a fazer sobre isso um debate: Haja oradores para a defender.
Sobre este tema temos aqui bem perto um projecto que vale a pena conhecer: http://abrazalatierra.com
Para os interessados deixo também o endereço do projecto de que sou co-autor: http://iregions.org
Quero com este comentário referir que a nova responsabilidade de gestão do território passa em boa parte pela participação activa da população, com destaque para este fortíssimo meio de comunicação que é a blogosfera.
Obrigado
4 de Outubro de 2008 às 11:37
Bela iniciativa, esta, a do blogue Parça da República. Por motivos profissionais não consegui estar presente no colóquio, como desejava. Trata-se de um tema urgente. Li a correr as comunicações que estão em anexo. Trazem alguma novidade e, antes de tudo, muita substância. Poderei comentar melhor depois de aprofundar as leituras. Parabéns e prossiga!
4 de Outubro de 2008 às 14:26
O diagnóstico da situação está tirado há muito, muito tempo.
Faltam actores no terreno que desnvolvam as estratégias certas , mas localmente.
Uma sugestão como forma de contributo, é urgente criar uma agência em Beja, que faça a “ponte” de ligação entre Alqueva (EDIA), Aeroporto Civil de Beja (EDAB), a futura auto-estrada IP 8 de Sines a Beja com ligação a Espanha (I E), porque o número de ministérios e secretarias de estado envolvidos (as) não têm solução é só burocracia.
Parabéns Janeca, o teu dinamismo é contagiante e foi sentido na sala por todos os oradores e participantes.
Beja tem de mudar de rumo !….
4 de Outubro de 2008 às 17:04
@madalena – obrigado pelo permanente apoio.
4 de Outubro de 2008 às 17:05
@frederico – sem palavras para te agradecer. Foste incansável. Um abraço.
4 de Outubro de 2008 às 17:06
@paulo – obrigado!
4 de Outubro de 2008 às 17:07
@reinaldo – obrigado pelas tuas palavras. Beja pode mudar de rumo. É só uma questão de todos sabermos remar para o lado da mudança.
Um abraço.
5 de Outubro de 2008 às 9:19
Lamentavelmente caiu-me um parágrafo na minha contribuição.
Fica agora reposto.
Alertou o Dr. Pinho Cardão para uma questão central: A falta de união entre os deputados do interior.
Sabemos que a Madeira aprova e chumba orçamentos. Até mesmo um deputado do CDS foi suficiente para o fazer.
Porque motivo não se juntam os deputados do interior para viabilizarem um projecto, que mais do que importante para esta região, é fundamental para a competitividade do país?
Estaremos a exigir dos mesmos o suficiente?
5 de Outubro de 2008 às 18:04
Caro João,
Mais uma vez, os meus sinceros parabéns por iniciativa de altíssimo nível. Correu muito bem! Aprendi bastante e dei o meu tempo por bem empregue. Por mim até continuávamos:) Viu-se que há soluções para o futuro do interior e que há pessoas com conhecimentos e vontade de mudar para melhor.
Um abraço!