Out 08 2008
Ao final da tarde
foto: Vitaly Vetrov
Chegas e são os teus beijos que me despertam ao final da tarde
Onde o tempo reclama a urgência de mais uma despedida.
Também os nossos corpos pedem que o desejo se consuma
Mas sem pressas, onde as nossas línguas possam beber este fervor
Onde é já de ânsia o reencontro, sem a pressa de dizer adeus.
Deixo-te ainda ficar por um instante, breve, respirando o linho
Que há pouco serviu de leito aos gestos dos nossos jogos, dos nossos ecos.
No teu rosto percebo a súplica do carinho e da ternura.
E nesse momento devolvo-te os meus lábios
Para que os intervalos tenham o sabor do paraíso.
8 de Outubro de 2008 às 20:39
bonito poema! 😉
9 de Outubro de 2008 às 1:53
Sem pressas!