Out 04 2008
Ainda sobre o Colóquio de ontem
Não é fácil descrever a sucessão de emoções. A véspera parecia-me um castelo de cartas que, a qualquer momento, poderia desmoronar. Tudo dependia do meu estado de espírito. Conheço-me suficientemente bem para o poder afirmar.
Sem constrangimentos escrevi de uma assentada a intervenção inicial. Eu queria fazer os agradecimentos que a ocasião exigia e dizer pouco mais. Estava escrito e só a reli no momento da abertura do colóquio.
Estranhamente, o dia de ontem acordou-me com vários sorrisos. E foi com esse estado de espírito que enfrentei a missão. Quem me conhece sabe que eu deveria estar nervoso, ou por isto ou por aquilo, se estariam muitos ou poucos assistentes, se os convidados chegariam a tempo, etc….
Estranhei-me: nada daquilo me bloqueou.
E tudo aconteceu como previsto, como desejado e eu gostei.
Para os que lá não estiveram, partilho aqui o último parágrafo da minha intervenção inicial:
-
“Deixo para último lugar aquele que é o agradecimento que me vem do fundo do coração: às minhas filhas por não terem protestado e terem compreendido que o tempo de atenção que lhes é devido foi desviado para esta coisa do blog e deste colóquio. É pensando em vocês, nos vossos amigos e amigas, e em tantas outras crianças e jovens, que estamos aqui hoje. Para que o vosso futuro não seja um deserto.”
Aproveito para agradecer as palavars que me foram dirigidas, quer pelos oradores quer pelos intervenientes da assistência.
Fiz uma promessa e quero cumpri-la.
Quem lá esteve sabe do que se trata.
Obrigado!
4 de Outubro de 2008 às 19:45
João, acho que já te disse (quase) tudo. Entende as mensagens como quiseres. Mas repito: o resultado não compensa o desgaste. E gostava de estar enganada.
Beijo.
4 de Outubro de 2008 às 23:37
Eu tenho um sonho que gostaria de tornar realidade nesta cidade de Beja, que me viu nascer, crescer e viver, gosto do que gosto, sou por vezes rebelde em espírito e na prática, sou e serei sempre independente, é assim que me sinto bem comigo próprio, mas também terei sempre participação cívica, mesmo que tal incomode alguns, e mesmo que me coloquem uma marca ou uma cor ou mesmo um símbolo, não desisterei e lutarei como o já fazia antes em tempos universitários nos anos de 72 e 73.
Mas tenho agora um mecanismo ao meu alcance ( assim como todos vós ) que a democracia de Abril de 1974, me deu e que é meu, e não me abstenho e participo com o meu voto.
Sempre do mesmo em Beja, durante 34/35 anos é demais é quase o tempo da ditadura de Salazar.
É hora de mudar.
É hora de arrumar a casa autárquica.
É hora de existir união, perante a eminência de não ser, só e apenas um “sonho”!
5 de Outubro de 2008 às 1:52
@mj – agradeço-te os alertas. Todos. E espero que não ignores o que ouviste.
Outro!
5 de Outubro de 2008 às 1:54
@reinaldo – acho que já referi a forma de se poder alcançar a mudança. Tudo o resto é desgaste inglório.
5 de Outubro de 2008 às 3:14
João, os meus parabéns pela iniciativa, e pela qualidade do painel que foi apresentada.
Senti-me crescer, e a ter uma quantidade de ideias e de opiniões sobre os assuntos tratados que vieram dar luz, às dúvidas que trazia comigo e foram a maior parte delas, lá desfeitas.
O Charlie teve uma opinião que porventura, mais pessoas tiveram, àcerca do horário do Colóquio do “Prcª da Rép.”
Se o colóquio fosse mais tarde (talvez por volta das 20:30 ou 21:00) o anfiteatro do IPB estivesse mais composto… Fica a dica para um próximo colóquio!
Um abraço, Miguel Almeida