Out 28 2008
das mãos
foto: andreas heumann
De noite, apareces-me sem rosto. Ouço-te a respiração, silenciosos sussurros, e sinto as tuas mãos percorrerem-me a face, o pescoço, o torso. E detens-te para que sejam então os meus dedos a preencher-te o desejo. Continuas com o rosto oculto, mas as tuas mãos são agora parte deste jogo onde dedos e mãos se fundem entre vales e colinas. E quando os meus olhos se cerram de espasmo, do teu rosto ouço um gemido que ilumina, momentaneamente, o leito dos nossos sonhos.
2 de Novembro de 2008 às 20:16
E no silêncio se oculta um gemido.