Out 10 2008
Célia -57-
Dou por mim a fugir de respostas. Mariana alerta-me para o que vem a seguir “não sabes que queres o fim, que és tu que queres por um ponto final na tua infelicidade?
Olhei uma e outra vez para a mensagem. E ali quis reler tudo aquilo que menos desejava. “Não penses em traições, elas só existem na tua cabeça“, ataca Mariana, que não me poupa “o que é que quiseste dessa relação?”. Não quero olhar para trás. “Sexo!”, como uma seta Mariana derruba-me e deixa-me a equacionar tudo o que está para trás.
Olho para as paredes e desejo esvaziá-las das coisas que possam perturbar aquele momento. “Enquanto olhares para esses quadros, estarás a recordar a tua amargura“. Mariana sabia que eu tinha que rasgar aqueles pedaços de memória.
Com ternura, beija-me e diz-me agora vai e acaba com o teu sofrimento; não esperes uma única palavra de amor ou paixão, fico aqui à tua espera!
Saio e questiono-me onde vou encontrar Célia?