Set 24 2008
Pais
Hoje, na bicha da caixa do supermercado, uma mãe cede momentaneamente o seu bébé de colo a uma senhora que se ofereceu para tal. Para que a mãe escolhesse alguns frutos expostos. Não passaram 2 minutos e o bébé fez aquele beicinho de quem não quer o colo onde está. E ouço a frase, deste colo emprestado, dizer: “Mãe é mãe. As crianças procuram sempre as mães, quando estão doentes e…..”, desliguei, respirei fundo e disse, para quem quis ouvir: “Foi assim que a senhora foi tratada e seguramente é assim que o seu marido trata os seus filhos”. Ao meu lado, um homem afirma “você tem muita razão” e a seguir uma outra senhora diz “o que seria de um filho sem o pai”.
Como em qualquer mercearia de bairro a conversa evoluiu. Os homens que ali estavam, curiosamente, tratam dos seus filhos, ficam com eles em casa quando estão doentes, cozinham, passam a ferro e fazem aquilo que, para aquele momentâneo colo, são coisas de mulheres.
Ainda há quem não perceba em que época vive. E não são só algumas mulheres.
24 de Setembro de 2008 às 22:21
Até porque se os homens são machistas a culpa só pode ser das mulheres: foram elas que os criaram. Pelo menos alguns…
25 de Setembro de 2008 às 0:48
@filipe – importa-se de repetir?
25 de Setembro de 2008 às 16:54
Felizmente ,já se vai percebendo que não é o “sexo” de um ser humano que faz a diferença na educação de uma criança.
Desde sempre se restringiu a educação a certos hábitos culturais…Mas há situações insubstituiveis, a exemplo a amamentação…Como sabemos pela psicologia, durante a amamentação a mãe estabelece laços afectivos com o bébé, que um biberón não pode dar.
Mas estamos num mundo em mudança, e sabemos hoje que existem inumeras outras formas de demonstrar amor e carinho por um filho. Pai ou mãe, homem ou mulher, o que precisam é sentir vontade de amar, o que implica dar atenção, compreender, estar presente sempre que necessário.
O resto é paisagem…