Set 18 2008
Noite
Um olhar, um interrogar. Peço-te a imagem do símbolo. Uma, única, a que tens ao peito.
Desfaço-me do que me parecia um pântano. Desejo-te o peito, o corpo, transformados em paisagem que se revela num beijo que não existe.
Captas-me a expressão, tomas-me em filme. Não resistes. Não te desejo. Possuo-te. E quando querias roubar o meu afogamento no tempo lanço-te “não és mais que uma ponte” e sais, sem que a palavra adeus signifique aquilo que a tua língua traduz.